Maio 21, 2025
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O movimento sindical cobrou, mais uma vez, o Mercantil do Brasil sobre o reembolso de apenas R$ 50,00 para vacinação contra o vírus influenza H1N1 para os quase dois mil funcionários lotados fora da base de Belo Horizonte e que não tiveram acesso a vacinação gratuita fornecida pelo banco. Segundo várias pesquisas realizadas pelos sindicatos em laboratórios locais, o valor se mostra insuficiente, pois os preços da vacina variam entre R$ 100 e R$ 150.

Em nova comunicação interna do dia 17 de abril, sexta-feira, direcionada à sua rede de agências, o Mercantil do Brasil reafirmou que manterá o valor máximo de R$ 50,00, o que causou frustração e revolta entre os funcionários.

No mesmo comunicado, o banco justificou que continua buscando convênios com laboratórios para tentar estender a vacinação gratuita para todos os funcionários, mas ainda não há prazo estipulado.

Cobrado via contato telefônico, o setor de RH do Mercantil citou aumento de custos financeiros para o não reajuste do valor do reembolso. O banco alega que atender à reivindicação dos sindicatos pode gerar um aumento de custos na ordem de R$ 200 mil reais para a empresa.

Na contramão do discurso meramente economicista do banco, nesse momento difícil de pandemia para os trabalhadores e clientes, o Mercantil do Brasil segue como patrocinador master de lives de duplas sertanejas e cantores de pagode, conforme noticiado na mídia, sem revelar os custos decorrentes desses investimentos.

Para o coordenador nacional da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Mercantil do Brasil, Marco Aurélio Alves, há falta de sensibilidade e critério do Mercantil para o investimento social em um momento único e conturbado. “Ao insistir nesse valor insuficiente de reembolso para os funcionários e abordar o aumento dos custos, o Mercantil parece não entender que a saúde e bem-estar de seus funcionários e clientes são os melhores investimentos nesse momento. Empresas bem menores e mais modestas vacinam gratuitamente seus funcionários, pois entendem o valor imenso da imunização do seu quadro de pessoal”, afirmou.

Para Vanderci Antônio da Silva, funcionário do Mercantil e diretor do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região, não há nada de errado no marketing do banco em relação às lives de pagode e duplas sertanejas, mas investir nesse quesito e deixar os funcionários lotados fora de Belo Horizonte arcarem com a maior parte dos custos de vacinação contra o H1N1 é uma grande incoerência. “Os custos necessários para o incremento do reembolso são irrisórios perto do tamanho e lucro de uma instituição financeira como o Mercantil do Brasil. A valorização e a saúde dos funcionários trarão muito mais ibope e retorno para o banco”, destacou.

Sindicatos fora da base de Belo Horizonte já estudam medidas judiciais cautelares para garantir o direito à vacina para os trabalhadores do Mercantil do Brasil.

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região

De acordo com levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em parceria com a empresa de pesquisa Decode Pulse, no mês de março, o número de relatos de brigas de casal na rede social Twitter aumentou 431%. Em contrapartida, no mesmo período, houve uma
queda nas notificações de ocorrências de violência contra a mulher, o que mostra o impacto do isolamento social, devido à pandemia causada pelo coronavírus, na vida das mulheres.

Ao todo, foram analisadas 52.315 menções feitas por terceiros na rede social entre fevereiro e abril. Em paralelo, a organização não-governamental, a pedido do Banco Mundial, levantou as ocorrências de agressões domésticas, ameaças e estupros no Pará, Rio Grande do Sul, Acre, Ceará e Rio de Grande do Norte, e notou queda nos índices em pelo menos quatro deles.

No caso dos registros de lesão corporal dolosa, por exemplo, que demandam a presença física das vítimas, o número de ocorrências caiu de 953, em março de 2019, para 744 em março deste ano em Mato Grosso, uma queda de 21,9%. Já no Rio Grande do Sul, foram 1.744 denúncias ante 1.925 registros feitos no ano passado, redução de 9,4%. No mesmo período, houve queda também no Acre, de 28,6%, e no Ceará, 29,1%. Apenas no Rio Grande do Norte as denúncias cresceram, 34%.

Para Elaine Cutis, secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), os dados mostram o impacto do isolamento social, devido à pandemia causada pelo coronavírus, na vida das mulheres. “Normalmente as mulheres possuem grande dificuldade para denunciar os agressores e nesse contexto de pandemia essa dificuldade aumenta ainda mais. O isolamento no qual todos estão sendo impostos impede com que as mulheres escapem das situações de violência e procurem por auxílio e denunciem. Nesse contexto, as redes sociais nos ajudam”, afirmou.

Para a diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno, “as mulheres confinadas podem estar encontrando dificuldades para fazer o registro das ocorrências, uma vez que a principal porta de entrada para denunciar esses crimes são as delegacias de polícia”.

Canais de Denúncia

De acordo com Elaine Cutis, é extremamente importante que os casos de violência sejam denunciados para que os agressores possam ser punidos. “Não podemos nos calar diante da violência. Temos que denunciar as agressões sejam elas verbais, físicas ou psquícas para que os agressores sejam punidos e que possamos de fato combater a violência”, disse.
As Delegacias da Mulher continuam funcionando normalmente no período de quarentena. Os casos de violência e assédio podem também ser denunciados ao 190, que faz atendimentos diários e ininterruptos.
Para as mulheres que são bancárias agora também está disponível o Canal de Combate à Violência contra a Mulher dentro dos bancos.
Em todo o país as emergências também devem ser registradas no Disque 180 ou o Disque 100, que oferecem orientações. Os abrigos emergenciais das cidades também funcionam normalmente. É preciso procurar pelo serviço por um órgão da prefeitura mais próximo para que o encaminhamento seja feito. As Casas da Mulher Brasileira, que concentram serviços judiciais, psicológicos e assistenciais, também seguem operando normalmente na quarentena.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) lança nesta semana uma pesquisa para saber como está o funcionamento das agências bancárias por todo o Brasil. A pesquisa é também uma forma de fiscalizar se os bancos estão tomando os cuidados que se comprometeram na negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos bancos.

Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT e uma das coordenadoras do Comando Nacional, reforça que a participação da categoria é importante para que a o comando consiga ter uma análise o mais próxima possível da realidade e, assim, cobrar dos bancos ações efetivas para a melhoria da situação. “Nossa ideia é fazermos estas enquetes a cada semana ou a cada 15 dias. Fique atento ao nosso site e redes sociais e participe. Sua contribuição será sempre muito valiosa pra nós e para toda a categoria.”

Fonte: Contraf-CUT

O médico oncologista Drauzio Varella afirma que o Brasil vai viver uma “tragédia nacional” em função do número de mortes causadas pela pandemia de coronavírus.

“Agora é que nós vamos pagar o preço por essa desigualdade social com a qual nós convivemos por décadas e décadas, aceitando como uma coisa praticamente natural. Agora vem a conta a pagar”, afirmou o médico à repórter Lígia Guimarães, da BBC Brasil.

Ele lembra que a disseminação da doença ocorreu primeiramente entre pessoas que viajaram ao exterior, mas, “forçosamente” deve atingir “camadas sociais menos favorecidas”. É o que vem ocorrendo em Nova York, no Estados Unidos, onde a doença causa muito mais óbitos, proporcionalmente, na população negra.

“Nós não sabemos ainda o que vai acontecer quando esses 13 milhões de brasileiros que vivem em condições precárias de habitação e que têm condições precárias de saúde também vão se infectar. Não sabemos o que vai acontecer, vamos aprender agora a duras penas. Eu rodo muito pelo país, já gravei em periferias de quase todas as grandes cidades brasileiras. E você entra nessas casas, é uma pobreza em um nível…”, lamentou o médico.

“Lugares impróprios”

A desigualdade resulta em grande parte da população vivendo em “lugares impróprios”, em residências superpovoadas, com cômodos únicos, sem divisão entre quartos e demais áreas. Às más condições de habitação, soma-se a falta de renda, que obriga as pessoas a saírem às ruas em busca da sobrevivência.

Segundo Drauzio, “enquanto tiver gente vivendo nessas condições, se infectando e transmitindo o vírus uns para os outros, esse vírus vai atingir todo mundo, porque as pessoas se interconectam de uma forma ou de outra, ou dividem espaços comunitários de um jeito ou de outro”.

Tragédia Nacional

Ele disse que já foi “otimista”, no início da crise, quando as informações preliminares apontavam alta letalidade do coronavírus apenas em pessoas com idade avançada ou que sofriam de doenças crônicas. Mas agora acredita que “vamos ter um número muito grande de mortes, vamos ter um impacto na economia enorme, vamos ter uma duração prolongada”.

O médico também afirma que não é possível prever quando serão relaxadas as medidas de isolamento social. ” Dois meses? Três meses? Seis meses? Ninguém sabe. Ninguém arrisca dizer por ter responsabilidade. Nós não sabemos. Isso é um vírus novo, nunca existiu uma situação como essa.”

Letalidade

O médico infectologista da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) Evaldo Stanislau Afonso de Araújo também destacou que a letalidade do coronavírus é maior nas áreas periféricas, que contam com menos estrutura de atendimento em saúde. Na cidade de São Paulo, por exemplo, os três distritos mais atingidos com o maior número de casos estão nas zonas mais ricas da cidade, de acordo com boletim divulgado pela secretaria municipal de saúde na última sexta-feira (17). Mas os três distritos que tem mais mortes estão na periferia.

“É mais um componente desse momento que nos preocupa, que é essa característica da desigualdade da doença. Ela é democrática, acomete a todos, mas sobretudo as classes mais humildes, as populações das zonas periféricas vão ser mais impactadas do que as pessoas que têm uma condição social melhor”, afirmou em aos jornalistas Marilu Cabañas e Glauco Faria, para o Jornal Brasil Atual, nesta segunda-feira (20).

Isolamento

A queda no isolamento social, que na semana passada registrou as menores taxas desde o início da pandemia, chegando a apenas 46,2%, também é “absolutamente preocupante”, segundo Afonso de Araújo. Ele atribui a redução a “discursos irresponsáveis” de autoridades, como do presidente Jair Bolsonaro, que nesta domingo (19), voltou a ignorar as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e se reuniu com apoiadores em frente em quartel-general do Exército, em Brasília.

“Parece que as pessoas incorporaram esse discurso irresponsável de algumas autoridades, de que tem que abrir tudo, senão a economia vai sofrer. Não estão entendendo que, para que a economia esteja viva e cresça, a gente tem que ter pessoas vivendo. Nosso primeiro compromisso é com a vida. Primeiro a gente vence essa guerra com a covid-19, depois a gente se recupera.”

Ele disse que, com as atitudes de Bolsonaro, o Brasil se alinha ao que “há de pior” no mundo, do ponto de vista das posturas sanitárias adotadas diante da pandemia. Aglomerações como as ocorridas ontem em Brasília e algumas outras cidades trazem as condições para uma “cadeia perfeita” de transmissão do vírus, segundo o especialista.

Drauzio Varella também destacou que o “isolamento vertical”, política defendida por Bolsonaro, que prevê o resguardo apenas para os mais velhos e doentes crônicos, não foi adotado em nenhum lugar do mundo.

“Não há prova de que esse isolamento funcione, e provavelmente não vai funcionar mesmo, porque você pode ser jovem mas os brasileiros são gregários, moram muito próximos, você pode pegar o vírus na rua e trazer para a sua casa. Nesse momento o que nós sabemos fazer é isolar. Aí as pessoas dizem: vai dar uma crise econômica. A crise econômica já está estabelecida.”

Fonte: Rede Brasil Atual

A coordenação do Comando Nacional dos Bancários e a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco se reuniram, na tarde desta sexta-feira (17), com representantes da direção do banco para discutir a situação dos bancários durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

O principal ponto da pauta foi o questionamento sobre os trabalhadores que estão em casa e não estão em teletrabalho, como os do grupo de risco, cujas atividades profissionais não podem ser feitas de casa.

O banco disse que pretende usar o saldo de férias vencidas, as férias vencidas e trabalhar com períodos aquisitivos a vencer. Até a semana que vem, as diretorias regionais vão divulgar o mapeamento do quantitativo elegível às férias. Existem áreas do banco que estão inativas ou que as atividades caíram muito, como financiamento de carros, que serão envolvidas em maior número.

A COE reivindicou não utilizar todo o saldo de férias para que o trabalhador tenha saldo para descanso no pós-pandemia. O banco se comprometeu a usar, no máximo, 20 dias de férias.

O Bradesco anunciou ainda que fará o pagamento de 1/3 das férias.

Outras reivindicações

Os representantes dos trabalhadores levaram denúncias sobre o congestionamento do Lig Viva Bem, canal de contato dos bancários com o banco, principalmente, referente ao novo coronavírus. O Bradesco irá reforçar o trabalho para evitar o congestionamento e deu como alternativa o telefone para tirar dúvidas sobre o Coronavírus: 0800-941-63-61.

A COE e o Comando Nacional reforçaram a preocupação sobre o funcionamento dos PABs em hospitais e cobraram o fechamento, devido ao alto índice de profissionais de saúde e trabalhadores de hospitais contaminados. O banco tem estudado caso a caso e analisará a questão para dar um retorno à representação dos trabalhadores.

O movimento sindical ainda cobrou o reforço da orientação aos regionais e gestores para que não cobrem metas de suas áreas, agências e funcionários.

“É importante a gente manter esse canal de diálogo para fazermos o possível e o impossível em busca das melhores soluções para os trabalhadores do banco. Este é o momento de nos unirmos para enfrentarmos esse inimigo comum”, afirmou Magaly Fagundes, coordenadora da COE Bradesco.

Fonte: Contraf-CUT

Desde o início da pandemia de coronavírus, sindicatos de diferentes categorias em todo o Brasil têm buscado garantir os direitos dos trabalhadores, ameaçados por iniciativas do próprio governo, como é o caso da aprovação na Câmara da Medida Provisória (MP) 905, que institui a carteira “verde e amarela”.

Foram 38 acordos firmados, nos últimos dois meses, no setores do comércio, indústria, bancos, construção civil, saúde, transportes, teleatendimento, vestuário, hotéis e restaurantes. São acordos coletivos, emergenciais, provisórios ou que adicionam cláusulas às negociações anteriores.

Segundo levantamento realizado pelo Dieese, destacam-se medidas para preservar a saúde dos trabalhadores, como ações de prevenção e higiene no ambiente de trabalho. E também para garantir a estabilidade no emprego.

São licenças remuneradas, férias individuais ou coletivas, suspensão temporária do contrato de trabalho – o chamado lay-off –, além da redução parcial das jornadas e salários e até licenças não remuneradas, em último caso.

Esforço coletivo

Apesar dos acordos individuais previstos na MP 936 – outra medida do governo que ataca direitos – o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, destaca a importância dos sindicatos. Mesmo quando negociar sozinho, o trabalhador deve procurar orientações junto à entidade que o representa.

“Essa é a função dos sindicatos. O principal objetivo, nesse momento, é a proteção da vida e dos empregos dos trabalhadores”, afirma Fausto a Glauco Faria, para o Jornal Brasil Atual desta sexta-feira (17). Ele também destaca que as entidades sindicais têm buscado inovações, como a realização de assembleias virtuais e o estabelecimento de canais eletrônicos de informação para auxiliar os trabalhadores. Também têm adotado medidas que buscam dar mais agilidade aos acordos.

O diretor do Dieese ressalta que a participação dos sindicatos é importante não apenas para garantir a preservação dos direitos dos trabalhadores, como também oferece “segurança jurídica” às empresas. Segundo ele, a busca de entendimento entre patrões e empregados é importante para manter o funcionamento de importantes setores da economia.

Fonte: Rede Brasil Atual

A Medida Provisória (MP) 905/2019, conhecida como MP do Contrato Verde e Amarelo, foi retirada da pauta de votações desta sexta-feira (17) no Senado. O presidente da Casa, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), retirou a proposta da pauta depois que diversos líderes dos partidos se manifestaram. No Senado, a proposta tramita como PLV 06.

As manifestações se iniciaram com uma questão de ordem apresentada pelo líder da Rede, o senador Randolfe Rodrigues (AP), que destacou a falta do caráter de urgência da medida e também o artigo 3º do Ato da Comissão Diretora nº 7, que prevê que nas sessões remotas realizadas neste período de pandemia só seriam deliberados temas relacionados à pandemia.

“Essa MP é, na verdade, o aprofundamento da reforma trabalhista. É mais uma tentativa do governo retirar direitos dos trabalhadores. Isso vai na contramão do que estamos vendo no mundo inteiro, com os governos garantindo renda e a subsistência de todos aqueles que não têm como se manter neste período de pandemia e isolamento social”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. “Não é hora de fazer reforma trabalhista. É hora de combater os efeitos da Covid-19, salvar as vidas, os empregos e garantir renda, salvar as pequenas e médias empresas”, frisou.

O secretário de Relações do Trabalho da Contraf-CUT, Jeferson Meira, o Jefão, destacou a importância da atuação do movimento sindical neste processo. “Após o engajamento das entidades representativas dos trabalhadores, que apontaram a flagrante retirada de direitos em plena crise política, econômica e de saúde no Brasil, conseguimos barrar, por enquanto, a votação da famigerada MP 905, que destrói conquistas históricas dos bancários e dos trabalhadores em geral”, afirmou.

“Vamos continuar pressionando os senadores para que não entre na pauta na segunda, dia 20, e perca validade”, lembrando que, se não por votada até segunda-feira (20), vence o prazo que a MP determinado para aprovação de MPs pelo Congresso. Os trabalhadores também podem ajudar a exercer pressão. Basta acessar o site Na Pressão e pressionar o senador de seus respectivos estados.

Para Jefão, há uma coincidência de fatores políticos que podem resultar na caducidade da MP 905. “A infame retirada de direitos e a desvairada atitude fora de época, em plena pandemia do novo coronavírus, faz com que esta MP imponha ainda mais sacrifício à sociedade. Isso, se soma às afrontas do presidente ao legislativo e ao modo que as MPs chegam ao Senado, com tempo apertado para discussão e votação”, explicou.

Jornada dos bancários

•          Os bancários que operam no caixa terão a jornada de trabalho de até 6 horas diárias, com um total de 30 horas por semana. Essa regra não caberá aos demais bancários que receberem gratificação de função não inferior a 40% do salário do cargo efetivo, que remunera a 7ª e 8ª hora trabalhadas. Sendo considerada apenas hora extra, após as oito horas trabalhadas.
•          Permite que a jornada normal de trabalho dos bancários que operam exclusivamente no caixa possa ser prorrogada até 8 horas diárias, não excedendo de 40 horas semanais, observados os preceitos gerais sobre a duração do trabalho.
•          A atividade bancária é liberada aos sábados, domingos e feriados nas atividades de automação bancária; teleatendimento; telemarketing; serviço de atendimento ao consumidor; ouvidoria; áreas de tecnologia, segurança e administração patrimonial; atividades bancárias de caráter excepcional ou eventual e em feiras, exposições ou shopping centers e terminais de ônibus, trem e metrô.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) cobrou a Caixa Econômica Federal sobre o pagamento da promoção por mérito ano-base 2019. Na negociação realizada no início do mês, o banco tinha anunciado que faria o pagamento em abril. Porém, os empregados viram no comprovante de pagamento que o delta não foi lançado.

“Esta é mais uma conquista dos empregados da Caixa e que veio depois de muita luta. Garantimos no ACT e estamos cobrando o compromisso da Caixa quanto ao pagamento”, afirmou Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Cultura e representante da Contraf-CUT nas negociações com o banco.

Segundo informações da Caixa, o delta será pago ainda este mês.

Fonte: Contraf-CUT

A coordenação do Comando Nacional dos Bancários e a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco se reúnem, na tarde desta sexta-feira (17), com a direção do banco para discutir a situação dos bancários durante a pandemia do coronavírus (Covid 19).

O principal ponto da pauta são os trabalhadores que estão em casa e não estão em teletrabalho, como os do grupo de risco, cujas atividades profissionais não podem ser feitas de casa. “Precisamos manter a mesa de negociação com o banco, queremos saber como ficará a situação desses trabalhadores.”, explicou Magaly Fagundes, coordenador da COE Bradesco.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense e sindicatos dxs bancárixs de todo o país, agiram rápido nos cuidados com a saúde da categoria. No dia 11 de março, a Organização Mundial da Saúde decretou status de pandemia da Covid-19. No dia seguinte, foram feitas as primeiras reivindicações aos bancos. De lá pra cá, um mês se passou e muitas medidas foram adotadas graças aos pedidos e acompanhamento da representação dxs trabalhadorxs.

A prioridade, no momento, é acabar com as aglomerações nas agências e em seus entornos, além de tentar evitar que xs bancárixs sejam prejudicadxs pelas medidas autorizadas pelo governo e adotadas pelos bancos. #FechaComAGente?

Histórico das negociações

  • No dia 12/3, um dia depois que a OMS decretou status de pandemia da Covid-19, o Comando Nacional dos Bancários mandou um ofício para a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) com as primeiras reivindicações e o pedido de reunião de negociação.
  • No dia 16/3, quando ocorreu a primeira reunião de negociação, foi criado o comitê de crise, formado pelo Comando e pela Fenaban.
  • No dia 18/3, o Comando enviou um ofício ao Banco Central solicitando a redução do horário de atendimento dos bancos. No dia 19, o BC publicou uma resolução atendendo ao pedido.
  • No dia 20/3, o Comando enviou ofício ao BB e à Caixa solicitando medidas contra as aglomerações.
  • No dia 23/3, ocorreu a segunda reunião entre o Comando e a Fenaban, onde foram apresentadas outras 17 reivindicações, entre elas, o pedido de não haver demissão durante a pandemia.
  • No dia 24/3, os bancos Itaú e Santander informaram ao Comando Nacional dxs Bancárixs que acataram a reivindicação e que não demitirão trabalhadorxs enquanto a pandemia gerada pelo novo coronavírus (Covid-19) não for dissipada.
  • No dia 30/3, mesmo após a publicação da MP 927 e de outras medidas e declarações do presidente Bolsonaro incentivando a retomada das atividades, os bancos se comprometeram a manter trabalhadorxs em casa.
  • No dia 8/4, o Bradesco também assumiu o compromisso de não demitir funcionárixs enquanto perdurar a pandemia. Com isso, os três maiores bancos privados do país não demitirão, durante a pandemia.
  • No dia 13/4, em reunião com o Comando Nacional dxs Bancárixs, os bancos informaram que vão atender reivindicação para oferecer máscaras com frente de acetato e instalar barreiras de acrílico nos locais de atendimento das agências.

Sempre na luta!

Neste período de pandemia, ficou bem evidente a atuação do movimento sindical em defesa dxs bancárixs. Mas, você sabia que a PLR também é fruto da ação dos sindicatos? Os vales refeição e alimentação, o convênio médico e tudo aquilo que os bancos dizem ser “benefícios” são, na verdade, conquistas da luta da categoria.

Se liga na campanha #FechaComAGente e veja o que mais os sindicatos e a mobilização da categoria conquistaram.

Fonte: Contraf-CUT