Agosto 02, 2025
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O presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, fez um balanço positivo da gestão 2009-2012 que está encerrando o mandato no dia 13 de abril. Carlão, como é mais conhecido, apontou também alguns desafios para o próximo triênio, na perspectiva de avançar a história de lutas dos bancários e da classe trabalhadora.
O diagnóstico foi feito durante recente entrevista concedida para a imprensa da Federação dos Bancários do Rio de Janeiro e Espírito Santo. A Contraf-CUT fez uma edição do material, destacando as principais questões focadas.

 

Carlão, que também preside a UNI Américas Finanças, traçou um paralelo entre a gestão de uma entidade sindical e a compra de um apartamento na planta. “Você assina o contrato e, em três anos, recebe um apartamento. No movimento sindical é parecido: nós recebemos os votos e, três anos depois, temos que apresentar o resultado das nossas ações”, comparou.

 

Que conquistas foram alcançadas nos últimos três anos?Que “apartamento” está sendo entregue aos bancários ao final desta gestão da Contraf?

 

O principal neste “apartamento” que estamos entregando, acima de tudo, é a consolidação de uma direção coesa, que apostou no trabalho em equipe, e com olhar para todo o país. Hoje temos um número grande de diretores que visitaram a maioria dos sindicatos. Não foi uma Contraf presidencialista. Todos os sindicatos têm falado que um dos pontos fortes desta gestão é a participação dos dirigentes da Contraf em todos estados e das entidades em todos os espaços da Contraf.

 

Como aumentou essa participação?

Na mesa de negociação da Fenaban, por exemplo, temos sindicatos de vários estados do país. Houve também uma ampliação da participação nas comissões de empresa e nas comissões temáticas. Isto foi fundamental para as conquistas, como o aumento real de salário, a valorização do piso da categoria e avanços na igualdade de oportunidades – como a ampliação da licença maternidade e a inclusão do parceiro homoafetivo no plano de saúde.

 

Que outros avanços foram importantes?

Tivemos também avanços na segurança, por exemplo, com a obrigatoriedade dos bancos informarem semestralmente os dados sobre assaltos e ataques e, uma conquista do ano passado, a proibição do bancário transportar dinheiro. Houve avanços na saúde, com o programa de combate ao assédio moral, que prevê que os sindicatos recebam as denúncias dos bancários e encaminhem aos bancos, e que as entidades sejam informadas sobre o andamento da investigação das denúncias. Ainda na área da saúde, alcançamos outra vitória no ano passado, com o direito do bancário avaliar os exames periódicos, que são válidos como exames demissionais, e informar se foram feitos de forma adequada.

 

Na sua opinião, qual foi o grande avanço da campanha nacional de 2011?

O grande avanço que tivemos foi político. Diziam que nunca conseguiríamos aumento real porque isso contaminaria a inflação. Imagina: se os bancos não tivessem feito um acordo com aumento real, os demais setores jamais concederiam. Se com este lucro todo, o banco não der aumento real, quem é que vai dar? A grande conquista que tivemos no ano passado foi essa vitória política.

 

Que inovações foram marcantes na gestão?

Tivemos os Cadernos Contraf. A gente fala muito de igualdade de oportunidades nos bancos, mas precisamos exercitar a igualdade de oportunidades dentro dos sindicatos, das federações e da própria confederação. Começamos a fazer mais pesquisas, publicá-las nos Cadernos e cada dirigente sindical passou a receber um exemplar, etiquetado com seu nome. Esta é uma demonstração importante de que a Contraf faz pesquisas; que tem uma posição de diretoria e não mais de pessoas; e que socializa as informações e os documentos, para que os dirigentes possam ter instrumentos de negociação e mobilização.

 

Outra inovação foi a Pesquisa do Emprego Bancário, feita em parceria com o Dieese, que teve muita repercussão na sociedade, desnudando a política de rotatividade e a redução dos postos de trabalho nos bancos.

 

Nós começamos a fazer a pesquisa no início do mandato, a partir dos dados do Caged do Ministério do Trabalho e Emprego. Então, começamos a observar que a rotatividade acontece somente aqui no Brasil – nenhum outro país da América Latina ou da Europa tem a rotatividade perversa que nós temos aqui. Por isso dizemos que a rotatividade é como jabuticaba – só tem no Brasil. Isso nós descobrimos com a pesquisa. Em todos os setores da nossa economia há rotatividade, mas percebemos na pesquisa que, nos bancos, o salário médio dos novos contratados é 54 % menor que o daqueles que foram demitidos.

 

Por que os bancos usam e abusam da rotatividade?

Os bancos estão se utilizando desta rotatividade para baixar custos. Nós temos conquistado aumento real de salários, os bancos contratam, mas conseguem diminuir os custos de folha. E quando olhamos para outros setores da economia, a diferença entre os salários dos novos e dos dispensados fica em torno de 3 %. Este é um problema específico do setor bancário. A pesquisa apontou onde está o problema.

 

O que é preciso fazer para a rotatividade deixar de ser jabuticaba?

Quando nós desnudamos esta realidade, por um lado, colocamos os bancos numa situação difícil. Mas, acima de tudo, isso nos traz um desafio, que é descobrir que tipo de ação sindical – de negociação e de mobilização – temos que adotar para romper com essa violência que os bancos estão praticando. Foi depois destas pesquisas que, junto com a unidade e a força da mobilização, obtivemos avanços no BB e na Caixa e conseguimos, pela primeira vez, incluir nos acordos específicos destes bancos a contratação de mais trabalhadores. Foram 10 mil no BB, em dois anos, e mais 10 mil na Caixa. Isso foi fruto destas pesquisas. Eu não tenho dúvidas de que, se quisermos ter emprego e remuneração de qualidade, temos que continuar investindo em pesquisas e dialogando com os dirigentes para se apropriarem destas informações, buscando negociações que, de fato, possam resultar em avanços.

 

E a luta pelo emprego decente?

Nós ousamos na campanha nacional do ano passado quando colocamos no centro a questão do emprego decente, a partir da estratégia da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da CUT. Para garantir emprego decente, nós precisamos acabar com a rotatividade, conquistar estabilidade no emprego. Mais: temos de assegurar um emprego saudável, onde não haja pressão por metas abusivas e assédio moral, para acabar com o adoecimento no trabalho. Precisamos de emprego seguro, sem mortes em assaltos e com condições de segurança. E é necessário propiciar uma aposentadoria digna, sem fator previdenciário e com previdência complementar para todos os bancários.

 

O que você destaca na direção da Contraf-CUT nos últimos três anos?

Temos, de fato, uma direção formada por pessoas que priorizaram o seu tempo para serem dirigentes da Contraf-CUT. Não havia isto antes. Muitos diretores apenas davam o nome para compor a direção. Hoje temos um número grande de pessoas que estão lá no dia a dia e são dirigentes qualificados, que conseguem pensar e elaborar políticas, e também negociar. Mas isso não bastava, era preciso ter o convencimento dos sindicatos, que entenderam essa gestão e participaram muito mais.

 

Esse é o caminho para o movimento sindical?

O resultado de uma negociação coletiva é fruto de um processo, que é feito com a qualificação dos dirigentes, a unidade nacional, o convencimento dos sindicatos e, acima de tudo, a mobilização a partir dos sindicatos, na base da categoria. Não tenho dúvida: os sindicatos, hoje, estão dialogando muito mais com os bancários, ocupando os espaços na sociedade.

 

Qual é o segredo da negociação?

Antes, tínhamos boas informações, mas morríamos nas negociações porque os trabalhadores sequer sabiam que estávamos negociando alguns temas. Hoje temos os sindicatos participando da negociação, os bancários informados e mobilizados e conseguimos fazer o diálogo coma sociedade, o que é importante não só para termos o apoio da população, mas também para mostrar as mazelas que os bancos praticam. Assim, tivemos boa participação dos sindicatos, dos dirigentes da Contraf e também, muito boa, dos trabalhadores. E também, com uma exposição desses problemas na sociedade, conseguimos colocar os bancos numa situação difícil e avançamos.

 

A construção da unidade dos trabalhadores do sistema financeiro é uma prioridade?

A unidade foi uma marca nos últimos três anos. Antes, era comum haver calendários diferentes para negociações com a Fenaban, índices reivindicados diferentes, sindicatos que entravam e saiam da greve antes ou depois. Isto tudo enfraquecia muito o movimento. O esforço coordenado pela Contraf – e os sindicatos responderam de maneira positiva – foi a construção da unidade. Dialogamos, até, com sindicatos não cutistas, alguns até que estavam fora do Comando Nacional.

 

O esforço pela unidade envolveu também outras centrais sindicais?

Eu dialoguei com outras centrais e a Contec. Nos últimos dois anos, as duas confederações tiveram o mesmo índice e o mesmo calendário. Não tenho dúvidas de que os avanços que tivemos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) são fruto de um grau muito maior de unidade dos sindicatos – cutistas e não cutistas – porque enxergaram na Contraf essa capacidade de coordenação e articulação do processo. Isso foi fundamental na mesa de negociação, os bancos perceberam que essa unidade estava muito forte. Por isso que, na greve do ano passado, a cada dia aumentava o número de agências paradas, porque nós tínhamos o controle do processo.

 

E a representação de todos os trabalhadores do ramo financeiro?

Nós queremos construir uma convenção coletiva para cada uma das categorias dentro do ramo financeiro. Hoje já temos uma só para bancários, uma só para financiários e acordo coletivo para cooperativários e também um para os trabalhadores do mercado de capitais, que são os funcionários da bolsa de valores e das corretoras. Queremos também fazer uma CCT para os securitários. Nós representamos todos estes trabalhadores, isto para nós é estratégico. Por isso vimos ampliando, ainda que a passos lentos, essa representação. Inclusive porque os trabalhadores estão enxergando neste modelo de negociação um grande espaço para valorizar suas CCTs. Esse é também um reconhecimento desta nossa política acertada.

 

E o próximo “apartamento”, que deve ser prometido para ser entregue daqui a três anos?

Nós desenvolvemos um projeto de formação em que todo dirigente sindical tinha que ter acesso a uma formação básica. Saber da estrutura e da prática sindical bancária, quais os espaços de negociação, o papel de uma federação, de uma confederação, de uma central sindical. Quem vem para o sindicalismo tem que ter uma noção geral. Mas nem todo mundo que tem afinidade pelo mesmo tema.

 

Isso significa investir para qualificar o dirigente sindical?

Precisamos continuar com esse curso básico, mas também devemos fazer módulos de especialização sobre sistema financeiro, terceirização, negociação coletiva e saúde, dentre outros temas. Assim. daqui a três anos, poderíamos entregar um “apartamento” em que teríamos, por exemplo, 30 dirigentes especializados em 10 temas, o que representaria 300 especialistas no movimento. Hoje já temos dirigentes como o Miguel Pereira, que é especialista na área de terceirização e fala não só pela Contraf, mas também pela CUT Nacional. Temos o Plínio Pavão, que é especialista na área de saúde do trabalhador. Queremos pegar este modelo e, com nossa política de formação, dar condições para que os dirigentes de todo o país possam se especializar.

 

Por que a formação é tão importante?

Para que possamos transformar não só a realidade do bancário, mas a realidade da sociedade, porque pertencemos à classe dos trabalhadores. Devemos aproveitar este momento em que o Brasil é o sexto país mais rico do mundo para deixarmos de ser o 12º pior em distribuição de renda.

 

Qual deve ser o papel do movimento sindical para transformar a sociedade?

Não podemos ficar assistindo, mas sermos protagonistas e atores sociais. Precisamos nos mobilizar cada vez mais e disputar a hegemonia na sociedade. Para tanto, é fundamental debater as grandes reformas. Por exemplo, qual vai ser nosso posicionamento na reforma tributária, que vai discutir o papel do Estado? Qual vai ser nosso papel na reforma política, que vai discutir o Congresso que queremos. E, acima de tudo, na reforma do sistema financeiro, para discutir que banco e que sistema financeiro temos e o que queremos. Por isso, é importante que os dirigentes sindicais se especializem, para que os trabalhadores enxerguem no movimento sindical e nos sindicalistas as referências para uma sociedade mais justa, mais fraterna e mais igualitária.

 

Fonte: Contraf-CUT

Em todo o mundo comemora-se em 24 de março o “Dia Internacional para o Direito à Verdade sobre as Graves Violações de Direitos Humanos e para a Dignidade das Vítimas”. A data foi instituída em 2010, numa homenagem ao arcebispo de El Salvador, Dom Oscar Romero, assassinado naquele dia, em 1980, durante uma missa na capital daquele país. D. Oscar condenava e denunciava as violações aos direitos humanos e à dignidade das pessoas e por isto foi morto.

No mundo todo, são quase 50 mil desaparecidos forçados somente nos últimos 33 anos, segundo levantamento da ONU, sendo milhares desses na América Latina. No Brasil, que viveu uma ditadura militar entre 1964 e 1985, temos centenas de mortos e desaparecidos. Milhares de trabalhadores e trabalhadoras foram presos/as, torturados/as, perseguidos/as, perderam os empregos, expulsos/as das terras, o que provocou aumento da pobreza e da miséria.

Agora, depois de 50 anos, está em funcionamento a Comissão Nacional da Verdade (CNV) que tem entre seus objetivos investigar os crimes da ditadura militar. No âmbito da CNV foi criado o Grupo de Trabalho (GT) Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical. Este GT tem ativa participação da CUT por meio da sua Comissão Nacional de Memória, Verdade e Justiça, que apoia os seus trabalhos.

No próximo dia 31 de março, o golpe militar que instalou a ditadura fará 50 anos e temos que aproveitar o momento para dizer “Ditadura nunca mais”. Os trabalhadores e trabalhadoras da cidade e do campo formam a maioria da população e foram os que mais sofreram com a ditadura militar. A CUT exige que todas as violações cometidas durante a ditadura sejam apuradas.

Neste 24 de março, quando se comemora o Dia Internacional para o Direito à Verdade sobre as Graves Violações de Direitos Humanos e para a Dignidade das Vítimas, a CUT, mais uma vez, reafirma e exige Verdade, Justiça e Reparação. Seguimos e seguiremos lutando em defesa de nossa memória histórica.

Comissão Nacional da Memória, Verdade e Justiça da CUT

Fonte: CUT

Os valores das tarifas cobrados pelos bancos de seus clientes pelos mesmos serviços apresentam diferenças de até 103% atualmente. Para especialistas, além de muito discrepantes, os valores continuam salgados para o bolso do correntista. Uma pesquisa feita pelo GLOBO no Sistema de Divulgação de Tarifas de Serviços Financeiros da Febraban, a federação dos bancos, comparando os valores dos seis maiores bancos do país, mostrou que para fornecer um extrato mensal de conta corrente e de poupança, na boca do caixa, o HSBC cobra R$ 2,95, enquanto na Caixa Econômica Federal, paga-se R$ 1,45 (diferença de 103%).

 

Já o pacote básico de serviços apresenta uma diferença de 42% entre o valor máximo (R$ 13,50 cobrados pelo HSBC) e o mínimo (R$ 9,50 cobrado pela Caixa Econômica Federal). Nesse pacote, estão incluídos, a cada mês, oito saques, quatro extratos e dois do mês anterior, quatro transferências entre contas do próprio banco, além do cadastro para abertura de conta.

 

Para os especialistas, mesmo após os bancos terem anunciado, no ano passado, a redução de algumas tarifas avulsas, os valores dos pacotes básicos não caíram.

 

- Ainda temos tarifas muito elevadas, principalmente as dos pacotes de serviços, que variam entre R$ 15 e R$ 18 ao mês, nos mais econômicos. No ano passado, os bancos reduziram as tarifas avulsas, mas não a dos pacotes, que em alguns casos tiveram aumento de até 30%, com a inclusão de novos serviços, segundo pesquisa do Idec. Ninguém pode deixar de comparar tarifas e reclamar quando notar alguma cobrança diferente no extrato – afirma a economista Ione Amorim, responsável por uma pesquisa de tarifas feita pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

 

A economista do Idec lembra que das 181 milhões de contas correntes registradas no Banco Central, referentes aos seis maiores bancos do país, a grande maioria está vinculada a um pacote de serviços.

 

- Portanto, reduções dos serviços avulsos, embora sejam benéficas, têm impacto limitado para os clientes – avalia.

 

Em nota, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) afirma que não houve alta sistemática das tarifas nos últimos anos. A entidade cita um levantamento feito pelo jornal Valor Econômico, com base em números do Banco Central, que mostrou que entre 2008 e outubro de 2012, das 108 tarifas informadas pelos cinco maiores bancos do país, 33 subiram, 36 caíram e 39 ficaram estáveis.

 

- Nesse mesmo intervalo, quatro dos cinco maiores bancos reduziram o preço do pacote de serviços padronizados, enquanto um o manteve inalterado – diz a nota da Febraban.

 

Entre os serviços avulsos, há diferenças percentuais entre as instituições que saltam aos olhos. Para fazer uma transferência através de um DOC ou uma TED, por meio eletrônico, o maior valor é de R$ 7,95 no HSBC e o menor de R$ 6,50, na CEF, uma diferença de 22,30%.

 

Se a transferência for feita na boca do caixa, o cliente vai pagar R$ 14,50 no Bradesco e R$ 12,85 na CEF, uma diferença de 12,8%. A confecção de cadastro, quando o cliente abre a conta no banco, custa R$ 59,00 no HSBC e R$ 30,00 no Bradesco, no Itaú Unibanco e na CEF, uma diferença de 96%. Mas se o cliente abrir conta no Banco do Brasil ou no Santander não pagará nada pelo serviço. Uma folha de cheque extra custa R$ 1,55 no Bradesco e R$ 1,05% na CEF, uma diferença de 47%.

 

O vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira, que também faz um levantamento periódico do preço de tarifas bancárias, lembra que muitas vezes o cliente paga um valor fixo por um pacote de tarifas, mas os serviços oferecidos nem sempre são os que ele precisa.

 

- Nesse caso, vale pesquisar o pacote mais adequado ao perfil do cliente. Se ele faz muitos saques por mês, mas não tira o extrato, o pacote básico, não é o mais adequado. É melhor ter um pacote que permita mais saques – diz Miguel.

 

Ele lembra também que embora alguns valores sejam pequenos, e passem despercebidos pelo cliente na hora de conferir o extrato, podem provocar um gasto elevado num período mais longo. Um cliente que não tem um pacote de serviços e faz pelo menos dez saques mensais de sua conta. No Santander, por exemplo, esse cliente gastará R$ 22,00 por mês e, num ano, o valor chega a R$ 264,00.

 

- As pessoas precisam acompanhar seus extratos, saber quanto pagam pelas tarifas e optar pelos melhores pacotes oferecidos. Afinal, os bancos são livres para cobrar o que querem – diz Ribeiro de Oliveira.

 

Ione Amorim, do Idec, lembra que os bancos são obrigados pelo Banco Central a fornecer gratuitamente aos clientes dez folhas de cheque, quatro saques em autoatendimento, dois extratos por mês no autoatendimento e duas transferências entre contas do mesmo banco, além de um cartão de débito. Quem não precisa mais do que isso para movimentar sua conta, diz a economista do Idec, não deve ficar vinculado a um pacote de serviços. Certamente estará pagando por operações que não utiliza, diz ela.

 

- Os bancos oferecem aos clientes os pacotes mais caros. Muita gente paga pelo que não usa – diz Ione.

 

Ela lembra ainda que os bancos estão cobrando por serviços que antes não cobravam, segundo mostrou a pesquisa do Idec. Por exemplo, o envio de um SMS com informação da conta do cliente no Banco do Brasil custa agora R$ 0,12; no Bradesco R$ 0,18 e no Santander R$ 0,20.

 

- Foi mais uma forma de os bancos compensarem perdas de receitas, após baixarem os juros – diz o analista de bancos de uma corretora de São Paulo.

 

A Febraban lembra que a cobrança pela prestação de serviços bancários sofreu uma alteração a partir de 2008. A ampla liberdade de criação e cobrança de serviços pelos bancos foi substituída por uma regulamentação que buscou padronizar e aumentar os serviços obrigatórios e gratuitos. Além disso, subordinou a criação de novos serviços à autorização do Banco Central. Neste mês, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou três resoluções para aumentar a transparência das informações na contratação de serviços bancários.

 

Entre elas, os bancos terão que incluir uma cláusula dando opção ao cliente para utilizar serviços e tarifas individualizados ou por pacotes oferecidos pela instituição. O cliente não precisará mais a aderir aos pacotes se não desejar. Os bancos também terão que criar três novos pacotes padronizados, com serviços prioritários, além do pacote já existente com serviços de cadastro, cheque, saque, extrato e transferência de recursos.

 

- A regulamentação de 2008 permitiu que os bancos montassem pacotes específicos para atender seu público, de acordo com suas estratégias de marketing e demanda dos seus clientes. Isso também ocorre na prestação de serviços variados. A definição de preços dos serviços obedece a estratégias de relacionamento do banco com o cliente – diz a nota da Febraban.

 

Fonte: O Globo Online

Após contato da Contraf-CUT, através do coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, William Mendes, com a direção do BB, ficou marcada com a Diref uma mesa de discussão emergencial entre o Sindicato dos Bancários de São Paulo e o banco para o dia 1º de abril para tratar dos problemas enfrentados pelos trabalhadores do Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC).

Essa agenda é fruto da forte mobilização no setor e é uma importante vitória para os trabalhadores do BB, pois serve de exemplo para todos os funcionários sobre a importância de estarem organizados junto ao seu sindicato.

O diretor do Sindicato e um dos responsáveis pelo setor, João Fukunaga, afirmou que serão levadas para a direção do BB as demandas dos funcionários sobre as péssimas condições de trabalho a que estão submetidos atualmente no SAC.

Além da sobrecarga já existente em todos os departamentos do BB, no SAC a situação foi agravada quando foi passado ao setor o gerenciamento de reclamações abertas, através do site do banco e mídias sociais, sem aumento de pessoal. Como se não bastasse, houve ainda funcionários que mudaram de função, reduzindo mais ainda o contingente de quem lida com as operações.

Vale ressaltar que o SAC foi criado pelo decreto nº 6523/2008, que regulamenta o atendimento via canal 0800 de cada empresa. “A gestão local do SAC passou a desviar o foco das reclamações via telefone para outros meios como mídias sociais, Portal do BB e site Reclame Aqui, tirando dezenas de assistentes do atendimento das demandas regulamentadas (0800). Agora está todo mundo no maior sufoco fazendo o triplo de operações que faziam antes”, critica William, que também é secretário de formação da Contraf-CUT.

A Contraf-CUT e o Sindicato esperam que a direção do banco encontre soluções para que o atendimento no SAC volte a ter uma dotação de funcionários adequada, conforme havia sido dimensionado para o atendimento de reclamações pelo sistema regulamento em lei. “E este caos com a falta de assistentes para as demandas atuais tende a piorar porque o SAC não incorporou a região Sudeste em relação às reclamações de internet, o que vai agravar mais ainda a situação já absurda”, finaliza William.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

O valor mínimo para a realização de uma Transferência Eletrônica Disponível (TED) cai de R$ 2 mil para R$ 1 mil, anunciou nesta quinta-feira (21) a Febraban. A medida entra em vigor a partir desta sexta-feira (22). No entanto, os bancos seguirão cobrando dos clientes a tarifa que custa, em média, R$ 14 nas agências e R$ 8 pela internet.

 

“Há quase dois anos, defendemos junto à Fenaban a isenção de tarifas de transferência (TED, DOC), como forma de reduzir a circulação de dinheiro na praça, já que muitos clientes preferem sacar valores nas agências para não pagar as altas tarifas dos bancos e acabam virando alvos de assaltantes que praticam o crime da ‘saidinha de banco’”, afirma Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária.

 

Para o dirigente sindical, “apesar da redução do valor mínimo de TED, muitos clientes vão continuar sacando o dinheiro nas agências para não pagar tarifas e, assim, a medida será ineficaz para combater a ‘saidinha de banco’, que tem sido o crime que mais atinge os usuários dos bancos”.

 

Pesquisa nacional feita pela Contraf-CUT e Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), com apoio do Dieese, mostra que 57 pessoas foram assassinadas em assaltos envolvendo bancos em 2012, o que representa aumentos de 16,3% em relação a 2011, quando foram registradas 49 mortes, e de 147,8% em comparação com 2010, com 23 mortes. A principal ocorrência (53%) foi a “saidinha de banco”, que provocou 30 mortes.

 

“A ‘saidinha de banco’ começa dentro dos bancos e, para combatê-la, é preciso também evitar a ação dos olheiros na hora do saque de clientes nos bancos, através de medidas como a instalação de biombos entre a fila de espera e os caixas, e de divisórias individualizadas entre os caixas, inclusive os eletrônicos, além de portas giratórias antes do autoatendimento, câmeras internas e externas com monitoramento em tempo real e vidros blindados nas fachadas”, acrescenta Ademir.

 

 

TED

 

A TED faz com que o crédito entre na conta do destinatário no mesmo dia em que a transferência é solicitada. Em outras formas de movimentação financeira, como o Documento de Crédito (DOC), é preciso aguardar pelo menos um dia para a conclusão da operação. Para transferências interbancárias abaixo de R$ 1 mil, os clientes podem recorrer aos DOCs, que têm valor limitado a R$ 5 mil por transação.

 

 

Valores cobrados por sete grandes bancos:

 

 

Instituição

Presencial ou pessoal, em R$

Meios eletrônicos, em R$

Bradesco 14,50 7,80
Citibank 14,50 9,00
Banco do Brasil 13,20 7,40
Santander 13,40 7,90
Caixa Econômica Federal 12,85 6,50
HSBC 14,40 7,95
Itaú Unibanco 13,30 7,40

 

 

Fonte: Instituições financeiras, Febraban

 

 
Fonte: Contraf-CUT com Agência Brasil

Em solenidade ocorrida na manhã desta sexta-feira (21), a UNI Sindicato Global assinou o Acordo Marco Global com o Itaú, na sede do banco, em São Paulo. O documento foi subscrito pelo secretário-geral da UNI, Philip Jennings, que saiu de Nyon, na Suíça, e veio ao Brasil para firmar o primeiro acordo marco com um banco privado brasileiro. O Banco do Brasil foi o primeiro banco público do país a assinar esse instrumento.

Também estiveram presentes o chefe mundial da UNI Finanças, Márcio Monzane, a secretária regional da UNI Américas, Adriana Rosenzvaig, o presidente da Contraf-CUT e da UNI Américas, Carlos Cordeiro, e o diretor regional da UNI Américas Finanças, André Rodrigues.

Participaram ainda a secretária-geral da Contraf-CUT, Ivone Silva, o secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Mário Raia, além de outros dirigentes sindicais do Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile.

Pelo Itaú, compareceram o diretor Marcelo Orticelli, a diretora Renata Tubini e o superintendente de relações de trabalho Marco Aurélio Oliveira.

Acordo na democracia

O presidente da Contraf-CUT agradeceu o esforço dos dirigentes da UNI e das entidades sindicais de vários países da América Latina, bem como dos representantes do banco. “É um momento importante na história do Brasil, quando o país lembra 50 anos do golpe de 1964, que causou também impactos nos demais países das Américas, que igualmente sofreram com as ditaduras”, afirmou.

“Por isso, assinar este acordo na democracia tem um sabor especial”, disse Cordeiro arrancando aplausos dos presentes, sobretudo dos dirigentes sindicais da Argentina, Uruguai, Chile e Paraguai, cujos regimes militares também deixaram rastros de mortes, torturas e desaparecimentos.

O acordo marco garante direitos fundamentais para os bancários do Itaú em todos os países onde o banco atua, como o direito à organização sindical, o direito de sindicalização, o direito à negociação coletiva e o direito à contratação.

“Assinamos hoje o primeiro acordo com o Itaú, fruto das reuniões das redes sindicais dos bancos internacionais, que agora também negociam com as instituições financeiras, buscando firmar instrumentos para melhorar as condições de trabalho dos bancários no continente”, destacou Cordeiro.

Para ele, “o acordo é muito importante para o trabalhador e ajudará a resolver problemas, como os que tivemos no Paraguai”. O presidente da Contraf-CUT disse ainda que “é um bom sinal para o sistema financeiro como um todo, reforçando a importância do diálogo e da negociação entre empresas e trabalhadores”.

O secretário de relações internacionais da Contraf-CUT também comemora a assinatura do acordo marco com o Itaú. “É o segundo acordo firmado com bancos brasileiros, refletindo a inserção do Brasil na economia global com valorização do trabalho e do diálogo com o movimento sindical”, salientou Mário Raia.

Fonte: Contraf-CUT

Parece não ter limites a ganância da diretoria do Banco do Brasil. Não bastassem as demissões imotivadas de bancários, agora resolveu cortar custos partindo para a segurança, colocando em risco funcionários, clientes e usuários. Somente em Brasília, mais de 90 vigilantes já foram demitidos.

 

O planejamento divulgado nesta quarta-feira (20) prevê que esse número passe de 200 só no DF. As demissões devem atingir todo o país, reduzindo as despesas do banco com segurança em até 12%.

 

A diretoria do BB já enxugou os quadros de vigilantes nos prédios administrativos e agora está partindo para as agências. Onde trabalhavam 5, agora estão apenas 3; onde ficavam 3, o número caiu para 2.

 

Trabalhadoras e trabalhadores, mães e pais de família, alguns faltando apenas um ano para se aposentar, estão sendo empurrados para o desemprego por uma diretoria do banco que, ao mesmo tempo em que demite, coloca vidas em risco.

 

“A ordem do presidente do banco é reduzir custos para disputar lucros com os bancos privados”, denunciou o secretário de Finanças do Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal (Sindesv-DF), José Maria de Oliveira.

 

Segundo o secretário-geral do Sindesv-DF, Moisés Alves da Consolação, apesar das constantes denúncias, nada tem sido feito. “A Polícia Federal não tem se importado com os planos de segurança dentro das agências. Já denunciamos à PF, à Delegacia de Controle de Segurança Privada (Delesp), ao Ministério da Justiça, à Presidência da República e até agora nada foi feito”, disse Moisés. “A segurança do Banco do Brasil está às traças”, denunciou.

 

 

“Demissão é uma política equivocada”

 

Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), José Boaventura, a política de demissões adotada pelo BB é completamente equivocada. “O banco está agindo em contrariedade com seu papel social, demitindo para atingir lucros cada vez mais altos. O Banco do Brasil tem responsabilidade social e essa diretoria está indo na contramão”, apontou.

 

Boaventura afirma ainda que o banco está tomando atitudes contrárias às diretrizes do governo Dilma. “O que temos visto até agora é a geração de empregos como base da pirâmide do governo da presidenta Dilma. O Banco do Brasil está na contramão dessa política também”, afirmou.

 

Para o secretário de Imprensa da Contraf-CUT e coordenador da Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Widerkehr, ao reduzir gastos com segurança o banco mostra que encara isso como custo, quando na verdade é investimento, proteção da vida das pessoas. “O que o banco está fazendo é um absurdo!. Estão demitindo trabalhadores deliberadamente, precarizando a segurança e nada disso foi discutido com o movimento sindical”, criticou.

 

“O BB deveria abrir processo de negociações não só para o plano de funções, mas também para a segurança. É um dos maiores bancos do país e é referência no sistema financeiro, por isso precisa investir cada vez mais em segurança, e não cortar gastos com itens de fundamental importância como a segurança”, destacou Ademir.

 

O diretor e presidente eleito do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo, ponderou sobre o clima organizacional na empresa, agora que a segurança está reduzida.

 

“O clima no BB já está muito ruim com as metas inatingíveis e as mudanças na remuneração sem negociação. Agora, com a retirada de vigilantes, os bancários estão com medo do que pode acontecer com suas vidas e com os clientes. Esse tipo de economia não é bom para ninguém. O banco deveria abrir negociação sobre esse assunto e modificar sua postura”, cobrou Eduardo.

 

 

BB investe pouco em segurança

 

Estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), da subseção Contraf-CUT, com base no balanço, mostrou que o Banco do Brasil investiu, em 2012, R$ 840 milhões em despesas de segurança, o que significa apenas 6,9% do seu lucro líquido de mais de R$ 12 bilhões.

 

O banco fica atrás da Caixa Econômica Federal, que investiu 11,3%; do Santander, com 8,8%; e do HSBC, que direcionou 8,5% de seu lucro líquido para a segurança. “Nada justifica essas demissões!”, afirmou Boaventura.

 

O Sindicato dos Vigilantes do DF já procurou o banco para discutir o assunto, mas ainda não obteve resposta.

 

 

Mortes

 

Somente em 2012, 57 pessoas morreram vítimas de assaltos envolvendo bancos no Brasil, conforme pesquisa nacional feita pela Contraf-CUT e CNTV com base em notícias da imprensa e apoio técnico do Dieese. Foram funcionários, clientes, usuários, vigilantes e policiais que pagaram com suas vidas em função de um sistema falho de segurança bancária.

 

“Essa ganância do banco, essa vontade de obter lucros a qualquer custo, tem trazido consequências para todos”, concluiu Moisés.

 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Brasília

No mês do Dia Internacional de Combate à Discriminação Racial, celebrado nesta sexta-feira (21), o ministro das relações exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, agradeceu o protagonismo da CUT nas ações de enfrentamento à discriminação.

O ofício foi enviado para a Central após troca de correspondência entre o presidente da CUT, Vagner Freitas, e o ministro, onde o presidente manifesta apoio à adesão do País à “Convenção Interamericana Contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância” e à “Convenção Interamericana Contra Toda Forma de Discriminação e Intolerância” e pede sua ratificação no Congresso Nacional. Os documentos só tem validade na Organização dos Estados Americanos (OEA) após a ratificação após a ratificação dos países membros.

Em carta ao ministro, Vagner lembra que, “ao assinar essas duas Convenções, o Estado Brasileiro reafirma seu respeito e compromisso com a superação do racismo, da xenofobia e todas as formas de discriminação e intolerância. Só assim o povo pode exercer plenamente os seus direitos como construtores e construtoras históricos do país.”.

A secretária nacional de Combate ao Racismo da CUT, Maria Julia Reis Nogueira também destaca a importância dos documentos. “São políticas de enfrentamento à desigualdade, à discriminação em geral, à violência simbólica exercida cotidianamente contra os negros e negras. E tudo em âmbito internacional, estruturando ações interligadas em defesa dos Direitos Humanos”, destaca.

Década dos afrodescendentes

Segundo a dirigente, a pauta de enfrentamento ao racismo vem tomando espaço na sociedade internacional. Os relatórios de Doudou Diène, relator especial das Nações Unidas sobre as Formas Contemporâneas de Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Formas Conexas de Intolerância, indicam a preocupação da Organização das Nações Unidas (ONU) com a questão. “Os avanços são muitos, mas ainda há muito a avançar”, complementa.

Os documentos para os quais a CUT pede a ratificação pelo Brasil se somam às Conferências Internacionais contra o Racismo (Durban) e à Década Internacional dos Afrodescendentes, aprovada pela Assembleia Geral da ONU em 2013. O decênio tem início em 2015, ano destinado a discutir internacionalmente a questão racial.

Nesta sexta, Maria Júlia se reúne, com outros movimentos sociais, com o Ministério das Relações Exteriores, com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e com a ONU para discutir ações conjuntas na América Latina no período de 2015 a 2024.

“Queremos, neste seminário, pensar conjuntamente uma forma de combate ao racismo em todo o mundo. Os relatos dos diferentes países da América presentes constatam que, infelizmente, a desigualdade tendo a cor da pele como motivação acontece não apenas no Brasil, mas em todo o planeta.”, afirma. “Estratégias conjuntas tem maior sucesso”.

“A década dos afrodescendentes tem importância para o mundo todo, com ações fundamentais para estimular a discussão de políticas públicas que ajudem a construir um mundo igualitário.”, lembra a secretária. As organizações pretendem incluir o tema em discussões oficiais de organismos internacionais como a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e o Mercosul.

Copa e racismo internacional

Recentemente, fatos racistas por todo o mundo se espalharam pela imprensa. Os incidentes abarcam desde a ministra da Justiça francesa, Christiane Taubira, e a ministra de Integração da Itália, Cécile Kyenge; até jogadores e árbitros de futebol. “O Estado tem obrigação de prevenir e punir casos de racismo”, afirma Júlia.

A presidenta Dilma, em reunião com o movimento negro, decidiu colocar a questão do racismo como central na Copa do Mundo, em junho. A mandatária pediu mensagens de grandes lideranças religiosas mundiais para manifestar aversão ao preconceito.

Para Maria Júlia, essa é uma iniciativa importante, principalmente pelo número de pessoas que virão ao Brasil e a transmissão internacional do evento. A ação pode significar uma internacionalização ainda maior da luta de negros e negras contra a discriminação. “É interessante lembrar da campanha brasileira que acontecerá em junho. É uma época em que o mundo inteiro estará voltado para a Copa no Brasil”, lembra.

Para a dirigente, os desafios no País são vários, como a equiparação salarial, os programas de cotas em serviços públicos e Universidades, o ensino de história e cultura brasileira nas escolas (Lei 10.639/03). “No Brasil, nós não somos minoria. Somos maioria, e essa maioria não se expressa quando analisamos a proporção de negros e brancos nas profissões mais abastadas, nos cargos públicos, nas melhores faixas salariais. É sabido que os negros recebem salários menores, mesmo quando tem a mesma formação que os brancos. São discussões e ações urgentes para o Brasil”.

Dia Internacional de Combate à Discriminação Racial

O Dia Internacional de Combate à Discriminação Racial foi instituído em homenagem às 69 pessoas mortas e 186 feridas no dia 21 de março de 1960, na cidade de Joanesburgo, capital da África do Sul. Uma manifestação de negros foi cruelmente massacrada pelo exército do Apartheid, sendo o episódio conhecido internacionalmente como Massacre de Shaperville (nome do bairro da capital).

Fonte: Henri Chevalier – CUT

Após a cobrança feita pela Contraf-CUT, Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e associações dos funcionários, durante audiência ocorrida na terça-feira (18) com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, o banco anunciou a retomada das negociações, marcando uma nova rodada sobre o GEP Carreira para a próxima quarta-feira (26), às 10h30, na capital fluminense.

“Espero que finalmente o banco apresente respostas a todas as questões pendentes, e que venham ao encontro dos anseios do funcionalismo”, afirma Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.

“Concluída a etapa da apresentação do banco, vamos analisar e ver o que temos acordo. Se estiver tudo ok, vamos buscar agilizar os trâmites junto ao governo. Caso contrário, vamos insistir no processo negocial”, finaliza Miguel.

Fonte: Contraf-CUT