Nesta terça-feira, 8 de outubro, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense esteve na agência 0406 (Nova Iguaçu - Centro) do Bradesco, localizada na Praça Rui Barbosa, onde, também funciona a Regional Nova Iguaçu, para protestar contra as demissões que vem ocorrendo no banco.
Através de um carro de som, diretoras e diretores denunciaram a “reestruturação”, em curso no banco, que está fechando agências, cortando postos de trabalho e sobrecarregando os trabalhadores, que vem sofrendo com o adoecimento devido à sobrecarga.
Essas medidas também afetam os clientes, que enfrentam agências superlotadas, nas unidades que ainda permanecem abertas.
O Sindicato levou faixas e distribuiu panfletos informativos, além de falarem e conversarem com clientes, funcionários e usuários do banco.
Na base da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), a Baixada Fluminense é a região que mais sofre com as demissões.
LUCROS E DEMISSÕES
O Bradesco fechou o 2º trimestre (2T24) com lucro de R$ 4,7 bilhões. O lucro supera em 12% o resultado do 1º trimestre (1T24) e em 4,4% o apurado no mesmo período de 2023. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio (ROAE, na sigla em inglês) ficou em 10,8%, 0,6% acima do 1º trimestre do ano. As receitas com prestação de serviços somaram R$ 9,31 bilhões — alta de 6,4% em relação ao 2º trimestre de 2023. No 1º semestre do ano, o Bradesco obteve lucro de R$ 8,9 bilhões. O lucro pujante, no entanto, não tem impedido o banco de seguir com sua política de reestruturação, fechando postos de trabalho e agências.
Um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nos dados do Banco Central e do próprio Bradesco, apontou que no final de 2016 o banco empregava 108.793 bancárias e bancários, em dezembro de 2023 esse número caiu para 86.222. Foram desligados no período de sete anos (2016 – 2023), 22.571 funcionários, uma queda de 44,5%.
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