Maio 22, 2025
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A pandemia do novo coronavírus segue em crescimento no Brasil, segundo boletim do Ministério da Saúde divulgado nesta quarta-feira (13). Nas últimas 24 horas, foram oficialmente registradas 749 mortes pela covid-19, doença provocada pelo vírus. Já são 13.149 óbitos desde o início do surto no país. Um mês atrás, no domingo de Páscoa, os mortos pela pandemia foram 99 e o total de vítimas era de 1.223.

Já o número acumulado de casos teve um crescimento expressivo de 11.385 novos contaminados no intervalo equivalente a um dia. Com isso, são 188.974 doentes no Brasil. Os números posicionam o país como o sexto grande polo da pandemia mundial, atrás de Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, Espanha e Itália.

A taxa de mortalidade está em 7% dos casos, acima da média global, de cerca de 2%. Esse percentual elevado pode ter relação com a falta de testes. O Brasil, proporcionalmente, realiza um número baixíssimo de testes da doença. Isso significa que, na prática, o país pode ter mais de 1 milhão de contaminados, de acordo com estudo da universidade de Johns Hopkins, nos Estados Unidos.

O Sudeste concentra a maior parte dos casos e mortes. São 78.959 doentes na região, com 6.536 mortos. O epicentro, não apenas regional, mas em âmbito nacional, é São Paulo: são 51.097 doentes e 4.118 mortos no estado. Medidas de isolamento social implementadas pelo governo paulista ainda se mostram ineficientes. Com objetivo inicial de 70% na redução da circulação de pessoas, esse índice se mantém abaixo dos 50%. Hoje, a taxa ficou em 48% na capital e em 47% no interior e litoral somados.

Na sequência vem o Nordeste, com 61.769 infectados e 3.818 mortos. A região já tem cidades em quarentena mais radical, conhecida como lockdown. Fortaleza e São Luís são os maiores exemplos, com sistema de saúde que aponta para o colapso próximo. O Norte tem 34.088 infectados e 2.352 mortes. O Sul tem 8.741 doentes e 301 mortos. O local menos afetado é o Centro-Oeste, com 5.417 casos confirmados e 142 mortos.

Os bancários do Itaú aprovaram, em assembleia virtual pelos sites dos Sindicatos de todo o Brasil, o acordo de banco de horas negativo, que garante direitos aos trabalhadores que estão afastados ou em regime de rodízio nas agências, por conta da pandemia de coronavírus (Covid-19). O acordo prevê ainda abono das horas devidas dos meses de março e abril e ainda desconto de 10% nas horas devidas a partir do mês de maio.

“A negociação com o Itaú é uma vitória, pois garantiu tranquilidade aos trabalhadores que estão afastados ou em rodízio nas agências”, afirmou Jair Alves, coordenador da Comissão Organização dos Empregados (COE) do Itaú.

Pelo acordo, a reposição das horas devidas só pode se dar no mês seguinte ao final da quarentena, por um período de 12 meses, limitado a duas horas a mais por dia e apenas nos dias úteis, de segunda a sexta-feira. Também determina que caso o bancário trabalhe em sábados, domingos e feriados, essas horas não serão consideradas como reposição, portanto, terão de ser pagas como horas extras.

O acordo prevê ainda que, caso o bancário seja demitido após a quarentena, ele terá as horas devidas perdoadas, ou seja, elas não serão descontadas em sua rescisão. É importante lembrar que em mesa negociação, o Sindicato conseguiu o compromisso do Itaú de não demitir sem justa causa durante a pandemia.

O acordo só é válido para quem se encontra em casa sem trabalhar, uma vez que os bancários que estão em regime de home office cumprem suas jornadas e não sairão devendo horas ao banco.

Ficou estabelecido também que caso os bancários não queiram ficar afastados, poderão trabalhar no call center durante a pandemia, recebendo treinamento para isso. Mesmo que a jornada desse bancário seja de 8 horas, eles cumprirão a jornada de 6 horas do call center sem sair devendo essas duas horas por dia que estarão fazendo a menos.

Fonte: Contraf-CUT

Todo bancário do Santander, sindicalizado, ou não, já pode votar para ajudar a manter seus próprios direitos. Basta clicar aqui para registrar o voto por sistema eletrônico em assembleia virtual.

O processo de votação começou às 8h de hoje (quarta-feira, 13) e segue até às 18h de amanhã (quinta-feira, 14).

Na plataforma de votação é possível ler a íntegra do acordo. Mas, resumidamente, está em pauta a manutenção do Programa Próprio de Resultados Santander (PPRS), que neste ano, além da PLR, pode colocar mais R$ 2.800 nos bolsos dos bancários. Também está em pauta a manutenção de todos os direitos previstos no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, como 2.500 bolsas de estudo (100 para MBA, 1.400 para pós-graduação e 1.000 para primeira graduação); licença de 30 dias para cuidar de parente; manutenção da estabilidade pré-aposentadoria; manutenção do compromisso com a Cabesp e Banesprev.

Votação eletrônica

A Contraf-CUT disponibilizou aos sindicatos de todo o país um sistema de votação eletrônica para permitir a deliberação pelos bancários, sindicalizados, ou não, sem que haja aglomerações de pessoas.

Ao digitar alguns dados pessoais e o registro funcional, o bancário será redirecionado para a página de votação do sindicato de sua base, onde terá acesso ao arquivo com a íntegra do acordo e, dependendo do sindicato, um vídeo explicativo do acordo. Analisado o acordo, bastará que ele faça sua escolha.

O Comando Nacional dos Bancários indica a aprovação dos acordos.

Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional dos Bancários se reuniu por videoconferência nesta terça-feira (12) com a Federação Nacional dos Bancários (Fenaban) e conquistou o compromisso de que os bancários dos cinco maiores bancos (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander) poderão realizar o teste para diagnosticar a Covid-19, após o atendimento via telemedicina.

Os testes podem, ou não, ser indicados pelo médico que fizer o atendimento via telemedicina, de acordo com a avaliação médica e os sintomas. As consultas neste sistema também podem ser realizadas pelos dependentes.

“Isso é importante, pois tem gente trabalhando com alguns sintomas acreditando que é gripe, sinusite ou outra doença. Os testes podem dar segurança para toda a equipe, porém os bancários não devem descuidar das medidas de distanciamento e sanitárias”, observou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando.

A Fenaban informou que, em um banco onde o sistema já foi implantado, o serviço de telemedicina recebeu 400 ligações e 20% destes atendimentos gerou pedido de exames (testes RT-PCR) para diagnosticar se a pessoa está, ou não, com o vírus.

Transparência

O Comando Nacional também questionou a postura dos bancos com relação à sanitização das agências, pois teve quem mudou o procedimento e outros fazem a sanitização e não informam para os bancários o motivo.

A Fenaban disse que alguns bancos passaram a utilizar os mesmos procedimentos de sanitização de hospitais e outros serviços que precisam manter o funcionamento simultaneamente aos procedimentos para a desinfecção do ambiente, que permite a reabertura da agência mais rapidamente. Disse também que alguns gestores estão realizando os procedimentos de sanitização como medida preventiva.

“O banco tem que aplicar o protocolo, que é encaminhar os trabalhadores para o médico, fazer o teste e afastar quem precisa ser afastado. Em caso de dúvida, afasta! Em caso de sanitização preventiva, o bancário precisa ser informado para não gerar apreensão entre os trabalhadores”, disse a presidenta da Contraf-CUT. A Fenaban concordou e vai transmitir aos bancos a necessidade de melhorar a comunicação e a transparência.

Santander

O Comando Nacional também questionou a mudança de protocolo de isolamento e afastamento de funcionários de locais de trabalho onde foram constatados casos confirmados e suspeitos de Covid-19, sem comunicar ao movimento sindical, principalmente no banco Santander. Alguns gestores não estão afastando os funcionários das agências onde houve casos confirmados e nem o isolamento preventivo em casos de suspeita.

“Desde o início de nossas negociações buscamos a proteção da categoria e começamos a nos preocupar com mudanças de procedimentos de sanitização de alguns bancos e de proteção aos bancários e clientes. Queremos entender o motivo de alguns bancos estarem mudando protocolos de sanitização”, disse a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ivone Silva, que coordena o Comando juntamente a presidenta da Contraf-CUT.

A Fenaban disse que cada banco adota procedimentos distintos, sempre de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde, mas levará a questão para os bancos para que seja analisada. O assunto voltará a ser tratado na próxima reunião.

Fonte: Contraf-CUT

Milhões de brasileiros vivem o descaso do governo federal frente à maior crise global vivida nos últimos tempos. Este cenário fica ainda mais claro ao observarmos as filas e aglomerações em frente a algumas agências da Caixa. Para piorar, o deputado federal Diego Andrade (PSD-MG) apresentou, nesta semana, o Projeto de Lei que fixa horário especial de funcionamento da Caixa durante a pandemia.

Pelo texto do PL 2489/20 em análise na Câmara dos Deputados, a Caixa fixa o horário de atendimento, das 6h às 22h durante a pandemia. “A medida sobrecarrega os empregados da Caixa. A pauta do movimento sindical segue ao contrário deste PL, ou seja, caso o horário de atendimento seja ampliado, deve haver a contratação de dois turnos. Por isso, nós, como representantes dos trabalhadores, repudiamos um projeto que coloca em risco ainda mais a saúde dos trabalhadores neste momento tão crítico. As filas são consequência da falta de organização e de planejamento do governo federal”, explicou o secretário de Finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sérgio Takemoto.

Para os representantes dos empregados da Caixa, o governo desconhece o seu próprio povo. “Desde o início, o movimento sindical e a Fenae vêm solicitando que o governo fizesse a descentralização destes pagamentos, pois já prevíamos um acúmulo grande de pessoas em busca deste auxílio. O país é extremamente carente e desigual e parece que o governo não conhece a realidade do seu povo, que previa o pagamento para 45 milhões de pessoas, o que já ultrapassou a casa de 50 milhões de pessoas e temos mais 20 milhões esperando receber”, disse Takemoto.

Segundo Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT, o autor deste projeto quer apenas cinco minutos de fama. “O ideal seria que o governo investisse no maior banco público do país e adotasse medidas de descentralização do pagamento para todos os bancos. Se depender desse governo, o caos nas filas irá continuar, as mortes pela pandemia e os casos de contaminação vão continuar se multiplicando, sem que haja um plano nacional de emergência para sair desta grave crise”, ressaltou.

O movimento sindical já cobrou dos bancos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), protetores acrílicos nas agências para diminuir os índices de contaminação, entre outras coisas. No início da semana, os governos municipais e estaduais começaram a atender as orientações dos representantes dos empregados da Caixa com resultados positivos. Um exemplo disso é que algumas prefeituras do país começaram a instalar toldos e cadeiras em frente às agências, entre outras medidas. De acordo com Takemoto, infelizmente, estas são iniciativas isoladas, sem uma coordenação do governo federal, que tem deixado claro que a saúde da população não é sua prioridade.

“A jornada de trabalho da categoria deve ser cumprida de segunda a sexta-feira. Sobre o trabalho aos sábados, domingos e feriados, deve ser negociado previamente com a entidade de representação sindical. O que está havendo é que o governo não tem capacidade (ou não quer) resolver o problema e está jogando tudo nas costas dos empregados da Caixa, o que é um absurdo!”, disse Juvandia.

“A própria Caixa reconheceu que não houve uma procura para estender o atendimento. Os empregados estão exaustos física e mentalmente e precisam e merecem descansar nos finais de semana. Inclusive já solicitamos que não houvesse mais os trabalhos aos sábados”, finalizou Sérgio.

Fonte: Contraf-CUT

Depois de 132 anos de uma abolição inacabada, este 13 de maio, Dia da Abolição da Escravatura, convoca a sociedade para uma reflexão profunda sobre o que esperar do Brasil após a pandemia. A exposição ainda maior das desigualdades sociais e raciais provocadas pela crise sanitária do novo coronavírus é constatada nos números oficiais que apontam que negros e negras são as maiores vítimas da expansão da Covid-19 no Brasil.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE), no Brasil o número de negros mortos por coronavírus é cinco vezes maior do que o de brancos. Em duas semanas, a quantidade de pessoas negras que morreram por Covid-19 no Brasil quintuplicou. De 11 a 26 de abril, mortes de pacientes negros – confirmadas pelo Governo Federal – foram de pouco mais de 180 para mais de 930. Além disso, a quantidade de brasileiros negros hospitalizados por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causada por coronavírus, aumentou em 5,5 vezes.

Para Almir Aguiar, secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a explosão de casos de negros que são hospitalizados ou morrem por Covid-19 só escancara a olhos vistos e confirmam as denúncias dos movimentos sociais sobre as desigualdades raciais no Brasil. “Entre negros, há uma morte a cada três hospitalizados por SRAG. Já entre brancos, há uma morte a cada 4,4 hospitalizações. Estes números são oficiais do próprio governo federal e não podem ser deixados passar sem que haja uma indignação nacional contra o racismo e a dívida histórica da sociedade brasileira com as comunidades negras. Em especial, num contexto tão dramático e violento que temos visto contra comunidades quilombolas, ribeirinhas e indígenas”, afirmou.

O Brasil, sempre com seu processo civilizatório tardio, foi o último país da América Latina a abolir a escravidão de negros e negras, mesmo com toda a campanha da Inglaterra que, após a Revolução Industrial, pressionou para que em todo o continente fosse abolida a mão-de-obra escrava para a criação de novos mercados consumidores. Porém, ainda hoje é explícito na sociedade brasileira que a visão escravocrata e o racismo predominam na burguesia, em pleno século XXI.

“Basta olhar a pirâmide social: em todos os aspectos, seja de emprego, renda, acesso à ocupações de chefia em bancos e empresas privadas, condições de moradia, saúde, saneamento básico e oportunidades e no número de mortos pela violência policial. Os negros e negras estão, em sua esmagadora maioria, na base da pirâmide social brasileira, com 78% formada por negros e pardos. A desigualdade no Brasil tem cor, e isto é fato já confirmado por todos os estudos sociológicos e pelos próprios dados oficiais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)”, afirmou o secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Almir Aguiar.

O secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT lamenta as ações, medidas e projetos do ministro banqueiro Paulo Guedes, do Governo Bolsonaro, e de Jair Bolsonaro. “Essas atitudes vão na contramão desta reflexão social e política que a dor e as mortes da pandemia estão trazendo a governos e sociedades do mundo inteiro. Por aqui, o governo só aprofunda a miséria e a desigualdade”, disse. 

Almir Aguiar afirmou que é preciso políticas afirmativas para diminuir as desigualdades sociais e de combate ao racismo. “Independentemente de posições partidárias e ideológicas, este Brasil pós-Covid-19 não está nas políticas elitistas, racistas e genocidas do atual governo. Certo também que não podemos mais admitir um país tão desigual e injusto, e que a necessidade de políticas afirmativas mais consistentes para garantir condições de vida dignas e igualdade de oportunidades para negros e negras, não pode ser apenas uma política do futuro governo e, sim, tem de ser um compromisso e uma política de estado. Basta de racismo”, finalizou o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

Acordo de banco de horas negativo abona março e abril e ainda descontará 10% nas horas devidas a partir de maio. Sindicato indica sua aprovação na assembleia virtual que começou nesta segunda-feira (11) às 8h e vai até as 18h de desta terça-feira 12. 

Após negociação, foi conquistado acordo de banco de horas negativo para os trabalhadores do Itaú que estão afastados por conta da pandemia do coronavírus, mas que não conseguem realizar suas tarefas de casa e, por isso, não estão trabalhando em regime de home office. Estão incluídos nesse acordo alguns bancários do grupo de risco, e também os trabalhadores de agências que estão em esquema de rodízio, trabalhando uma semana e folgando na seguinte.

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense indica sua APROVAÇÃO em assembleia virtual que começou nesta segunda-feira (11) e vai até esta terça-feira (12). De 8h às 18h.

A votação é pelo link: https://bancarios.votabem.com.br/

Veja as vantagens do acordo

O acordo prevê abono dos dois primeiros meses da quarentena, março e abril. Ou seja, o trabalhador afastado não terá de compensar horas relativas a estes dois meses. O banco de horas negativo só passa a contar a partir de maio.

Além disso, os trabalhadores terão desconto de 10% nas horas devidas. Por exemplo, se o bancário sair da quarentena devendo 200 horas, ele só terá de compensar 180 horas, pois 20 horas (10% das horas devidas) serão abonadas.

O acordo só vale enquanto durar a quarentena adotada por conta da pandemia do coronavírus. E a compensação iniciará no mês seguinte ao final da quarentena, limitada a duas horas por dia, e somente nos dias úteis, de segunda a sexta-feira, por 12 meses. Isso significa que o trabalhador não terá de compensar essas horas em feriados ou finais de semana; portanto, as horas trabalhadas em feriados, sábados ou domingos deverão ser pagas como horas extras. E, caso o bancário seja demitido após a pandemia, as horas devidas não serão descontadas na rescisão.

O Itaú também deu opção ao bancário afastado de trabalhar no teleatendimento, com treinamento para isso. A jornada do call center é de 6 horas, mas mesmo que a jornada desse bancário seja de 8 horas, ele não terá de compensar essas duas horas a menos quando voltar para sua jornada normal.

 

Bancários do Santander de todo o país vão realizar assembleias nos dias 13 e 14 de maio (quarta e quinta-feira) para deliberar sobre as propostas de renovações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria; do acordo de Programa Próprio de Resultados Santander (PPRS) e dos termos de compromisso Banesprev e Cabesp.

“Na atual conjuntura, é uma grande vitória a renovação dos acordos, que preveem conquistas além das que estão na CCT (Convenção Coletiva de Trabalho)”, avaliou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, que indica a aprovação dos acordos.

O sistema estará liberado para votação dos bancários do Santander a partir das 8h de quarta-feira (13). A votação será permitida até às 18h de quinta-feira (14). Basta que os bancários do Santander acessem o sistema de votação pelo link que será divulgado pelo seu sindicato.

Representante da Contraf-CUT na mesa de negociações com o banco, o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Mario Raia, explica que as reivindicações partiam da manutenção dos direitos previstos no atual acordo. “Isso nós já conseguimos, com melhorias no programa de auxílio à educação. E ainda vamos continuar a discutir no CRT (Comitê de Relações Trabalhistas) sobre outras reivindicações como, por exemplo, a isenção de tarifas para funcionários”, explicou.

Mario explicou ainda que, um dos anexos ao acordo aditivo, determina que, em até 30 dias após a assinatura da CCT, as partes voltam a se reunir para ratificar, ou alterar as condições estabelecidas, se for necessário, caso haja alguma questão tratada de forma distinta da que for estabelecida na CCT, prevalecendo o que for mais benéfico ao trabalhador.

“Ou seja, aprovando o acordo agora, os funcionários do banco garantem todos os direitos atuais, com algumas melhorias. Isso é importante, num momento em que muitos direitos dos trabalhadores estão sendo cortados. Se houver algum avanço na negociação da CCT, haverá a incorporação automática, pois prevalecerá o que for melhor para os funcionários”, completou.

Votação eletrônica

Em decorrência da pandemia causada pelo novo coronavírus, para se evitar aglomerações, as assembleias serão virtuais, com votação eletrônica. O sistema, já utilizado em assembleias de outros sindicatos, foi disponibilizado pela Contraf-CUT para permitir a deliberação de bancários sindicalizados, ou não, de toda a base sindical. Basta a confirmação da identidade por meio de dados pessoais e de registro funcional.

“É um sistema seguro, todo criptografado, que evita fraudes, garante o sigilo das informações e permitirá a votação por todos os funcionários sem que os mesmos sejam expostos ao risco de contágio pelo novo coronavírus nas aglomerações que ocorrem nas assembleias presenciais realizadas normalmente. Assegurando o direito democrático de cada um opinar sobre o acordo e respeitando a decisão da maioria”, explicou Juvandia.

No sistema, os bancários terão acesso à integra do acordo e cada sindicato pode inserir um vídeo para explicação da proposta, no intuito de auxiliar na decisão do trabalhador.

Fonte: Contraf-CUT

Funcionários do Itaú de todo o Brasil podem votar, a partir desta segunda-feira (11), na proposta de acordo de banco de horas negativo para os trabalhadores do banco que estão afastados por conta da pandemia do coronavírus, mas que não conseguem realizar suas tarefas em casa, e por isso não estão trabalhando em regime de home office. Estão incluídos nesse acordo alguns bancários do grupo de risco e também os trabalhadores de agências que estão em esquema de rodízio, trabalhando uma semana e folgando na seguinte.

“Conseguimos negociar um acordo que garante que os trabalhadores que estão em casa permaneçam para preservar a saúde. Garante salário, vales refeição e alimentação todos os auxílios, PLR etc. Sem o acordo o banco pode aplicar a MP 927 e a quantidade de horas a compensar é quase o dobro”, explicou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Para participar das assembleias virtuais, os trabalhadores devem entrar, até terça-feira (12), no site do sindicato de sua base e procurar o local de votação. “É fundamental a participação de todos trabalhadores e os trabalhadoras do Itaú. Acesse o site do seu sindicato e garanta tranquilidade aos bancários que estão em casa sem trabalhar ou em regime de rodízio”, aconselhou Juvandia.

O acordo prevê abono dos dois primeiros meses da quarentena, março e abril. Ou seja, o trabalhador afastado não terá de compensar horas relativas a estes dois meses. O banco de horas negativo só passa a contar a partir de maio.

Além disso, os trabalhadores terão desconto de 10% nas horas devidas. Por exemplo, se o bancário sair da quarentena devendo 200 horas, ele só terá de compensar 180 horas, pois 20 horas (10% das horas devidas) serão abonadas.

O acordo só vale enquanto durar a quarentena adotada por conta da pandemia do coronavírus. E a compensação iniciará no mês seguinte ao final da quarentena, limitada a duas horas por dia e somente nos dias úteis, de segunda a sexta-feira, por 12 meses. Isso significa que o trabalhador não terá de compensar essas horas em feriados ou finais de semana; portanto, as horas trabalhadas em feriados, sábados ou domingos deverão ser pagas como horas extras. E caso o bancário seja demitido após a pandemia (o Itaú se comprometeu a não demitir durante a pandemia), as horas devidas não serão descontadas na rescisão.

O Itaú também deu opção ao bancário afastado de trabalhar no teleatendimento, com treinamento para isso. A jornada do call center é de 6 horas, mas mesmo que a jornada desse bancário seja de 8 horas, ele não terá de compensar essas duas horas a menos quando voltar para sua jornada normal.

Fonte: Contraf-CUT

O Coletivo Nacional de Saúde dos Bancários se reuniu na sexta-feira (8) para atualizar o debate sobre o enfrentamento à pandemia causada pelo novo coronavírus. Os representantes da categoria bancária afirmam ser inaceitável o relaxamento das medidas protetivas, em um momento no qual os casos de Covid-19 estão em franca ascensão, e repudiam os descumprimentos dos procedimentos de proteção pelo banco Santander.

Segundo os representantes dos trabalhadores, o banco deixou de fazer a sanitização das unidades onde foram confirmados casos de Covid-19 e se prepara para romper o isolamento social e retomar as atividades normais, em um momento em que as autoridades destacam a necessidade de paralisação total das atividades em diversos locais do país.

O secretário de Saúde do Trabalhador da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mauro Salles, em nome do Coletivo Nacional de Saúde dos Trabalhadores, repudia o descomprometimento do Santander.

“O Coletivo repudia iniciativas de qualquer banco que vise o relaxamento das medidas, especialmente a postura que aparentemente o banco Santander está tomando ao descumprir os procedimentos. É preciso que as medidas sejam claras, padronizadas e abrangentes para dar tranquilidade aos bancários que estão inseguros, tensos, com medo do contágio e de seu futuro”, afirmou.

De acordo com Mauro Salles, o momento exige que a proteção seja ampliada. “O ideal seria realizar a testagem dos bancários a cada 15 dias e garantir o afastamento dos trabalhadores que tenham tido contato com colegas infectados, mesmo na suspeita. Os locais devem ser fechados, higienizados e os bancários devem passar por testes de contágio e medição de temperatura sempre antes de iniciar suas atividades”, afirmou.

Durante a reunião, os representantes da categoria também enfatizaram a importância da conscientização em relação ao uso de máscaras e outros equipamentos protetivos para bancários e clientes, e da limpeza das mãos e locais de trabalho.

Afastamento e adoecimento de trabalho

O debate também abordou a questão dos procedimentos em caso de afastamento junto ao INSS e no retorno ao trabalho.
Diante de portaria emergencial emitida pela autarquia, é concedido um benefício provisório, que posterga a necessidade de perícia médica e a regularização da situação do segurado. Para o secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, isto pode trazer prejuízos ao trabalhador com a não caracterização de acidente ou doença do trabalho, o que pode impactar nos direitos à estabilidade e recolhimento do FGTS. “Como o benefício é de apenas um salário mínimo, a nossa Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) garante aos bancários a complementação salarial pelos bancos, garantindo a manutenção da remuneração integral”, explicou Mauro Salles.

De acordo com o STF, a Covid-19 é caracterizada como doença do trabalho. Para isso, é importante guardar toda documentação (laudos médicos; testes) e providenciar a emissão da Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT).

Quanto ao retorno ao trabalho, o Coletivo Nacional de Saúde dos Trabalhadores da Contraf-CUT solicitou aos bancos que a condição seja garantida, caso o bancário não tenha condição de voltar, atestado por seu médico assistente. Situações como essas são avaliadas pelo médico do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), porém, como os exames estão suspensos, os bancos devem garantir a permanência dos bancários em afastamento do trabalho até que o exame seja realizado.

Sobrecarga

Outra preocupação do Coletivo é a sobrecarga de trabalho entre os bancários que estão no atendimento presencial e em home office. “Esses trabalhadores, muitas vezes, estão com a jornada de trabalho acima do permitido por lei e as metas estão sendo cobradas com rigor, sem tréguas diante da pandemia”, revelou Mauro Salles.

O secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT enfatizou a importância de empatia nesse momento tão delicado. “O momento é de solidariedade, democracia e paz para enfrentar a pandemia. Se preocupar com o próximo, usar máscara, ficar em casa sempre que possível, ajudar a quem precisa, assim a gente se cuida. O lucro não pode estar acima das pessoas, precisamos preservar as vidas”, exclamou.

Fonte: Contraf-CUT