Maio 20, 2025
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O Grupo de Trabalho (GT) de Saúde do Itaú voltou a se reunir na tarde desta sexta-feira (9), depois de um longo período de inatividade, por conta da pandemia do coronavírus (Covid-19). A videoconferência começou com a apresentação de denúncias do movimento sindical de que muitas pessoas estão recebendo apenas um salário mínimo, desde março, pois não está havendo complementação ou adiantamento de salários, nem pagamento dos vales, abonos ou PLR, previstos nas cláusulas 29 e 68 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), para os trabalhadores afastados.

O banco disse que não deve haver tratamentos diferenciados, mas que pode existir pessoas com recursos administrativos ou judiciais, os quais o banco espera o julgamento para efetuar qualquer pagamento. Ou ainda casos de trabalhadores que voltaram de licença e, em menos de 60 dias, se licenciaram novamente. Além de pessoas que tiveram encerrado esse benefício em meio a pandemia.

“Nós entendemos que este valor de um salário mínimo é um benefício e que cabe sim a complementação, prevista na cláusula 29. É um absurdo o bancário que tem seus compromissos receber apenas um salário mínimo, o que aumenta o seu endividamento pessoal”, explicou Luciana Duarte coordenadora do GT.

Grupo de risco

Os representantes dos trabalhadores apresentaram casos de que alguns funcionários, até mesmo do grupo de risco, que estão recebendo pressão para voltar ao trabalho ou que estão com equipamentos sem configurações adequadas para o trabalho remoto e também há trabalhadores que pediram equipamentos para trabalhar em casa, mas não receberam mesmo depois de 90 dias.

“Os trabalhadores que estão enquadrados no grupo de risco precisam avaliar junto aos seus médicos a possibilidade de retorno. Alguns gestores estão utilizando a portaria número 20 para pressionar os funcionários a voltarem trabalhar presencialmente. É uma temeridade que pessoas do grupo de risco voltem aos locais neste momento, em que a pandemia ainda vitimiza milhares de pessoas semanalmente”, afirmou Carlos Damarindo, membro do GT de Saúde.

O banco disse que só informou a possibilidade de retorno para quem puder e quiser e não pressionou ninguém a voltar, mas irá reforçar esta postura junto a seus gestores. O Itaú disse ainda que houve problema de entrega de equipamentos até maio. Neste processo de distribuição de equipamentos foram estabelecidos alguns critérios, por isso alguns trabalhadores demoraram mais para recebe-los. Mas, que tudo já foi resolvido em caráter geral.

Retorno ao trabalho

Os trabalhadores reivindicam ainda a volta do debate do programa de retorno ao trabalho e a retomada da discussão do parcelamento da dívida do INSS, que já estava praticamente acertada na última reunião. O banco sugeriu que fosse marcada uma nova reunião, ainda neste mês, para encerrar as discussões sobre os dois temas.

“Cobramos urgência do banco na definição do parcelamento, haja visto que todo o debate já foi concretizado. Basta o banco trazer a redação do acordo para que as federações e os sindicatos façam a aprovação junto a categoria. Os bancários não podem sofrer com a demora do banco”, disse Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização de Empregados (COE) Itaú.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), sindicatos e federações de bancários lançam na próxima terça-feira (13) a campanha nacional “O bom do BB é…” para mostrar a importância do Banco do Brasil e denunciar os ataques que o banco vem sofrendo, com o objetivo de privatizá-lo.

“Queremos destacar a importância do Banco do Brasil enquanto banco público para a inclusão social, para o atendimento bancário da população e para o desenvolvimento econômico do país”, explicou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

“O BB é o primeiro banco do país. Completa 212 anos no dia 12. E sua história se mistura com o desenvolvimento do país, com a criação da Petrobras, da Vale (do Rio do Doce), enfim, com o processo de industrialização e de desenvolvimento regional, da educação, e das políticas públicas de cunho socioeconômico. O BB foi importante para o crescimento do país e é importante para que a gente consiga superar o difícil momento que estamos vivendo”, completou.

A campanha

A campanha será lançada na terça-feira (13), no primeiro dia do Seminário “O Bom do BB é construir o Brasil, com você – Banco do Brasil, há 212 anos de parabéns”, que será transmitido ao vivo (live) pelas redes sociais (Facebook e Youtube) da Contraf-CUT e retransmitido por outras entidades que fazem parte da campanha.

“Até sexta-feira (16) a campanha se desenvolverá de forma mais intensa e após isso as entidades sindicais e associações de funcionários darão continuidade às ações, sob orientação e coordenação da Contraf-CUT, por meio da CEBB. Nossa intenção é buscar a interação da sociedade e o apoio de personalidades de nossa sociedade, seja no meio político, seja artístico e social”, explicou o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília e Região, Kleytton Morais, que é funcionário do Banco do Brasil e faz parte da equipe de coordenação da campanha.

Kleytton disse, ainda, que após a primeira semana, a campanha se ampliará e ganhará em caráter de defesa permanente do Banco do Brasil e de sua importância para as micros e pequenas empresas, para a agropecuária, para a educação, enfim para o desenvolvimento do país, principalmente nas regiões para as quais os bancos privados não dão tanta importância.

Cronograma de atividades

8/10 – Divulgação da campanha

12/10 – Aniversário de 212 anos do banco (sindicatos podem fazer contato com a imprensa e divulgar vídeos de personalidades em defesa do BB)
13 e 14/10 – Seminário “O Bom do BB é construir o Brasil, com você – Banco do Brasil 212 anos”
13/10, às 19h – Banco do Brasil, há 212 anos um instrumento de
inclusão, desenvolvimento econômico e soberania nacional
14/10, às 19h – Denúncia e atuação contra a agenda de desmonte e
privatização do Governo Bolsonaro contra o BB
15/10, às 11h – Tuitaço em defesa do banco
16/10, às 19h – Show-live com Zélia Duncan
A partir de 17/10, disseminar a campanha nas bases e articular apoio social

Fonte: Contraf-CUT

Pensando na segurança dos bancários, bancárias e colaboradores, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense instalou totens de álcool gel nas entradas de sua sede, em Duque de Caxias, e na sub-sede de Nova Iguaçu.
 
Essa é mais uma das ações no combate à disseminação da covid-19.
 
Os totens disponibilizam álcool em gel sem a necessidade de acionamento pelas mãos e, sim, com o pé. Diminuindo a possibilidade de transmissão do vírus a partir do uso do equipamento.

Em um mercado historicamente desestruturado, a “reforma” trabalhista de 2017 agravou os problemas, aumentou a insegurança e restringiu a ação do Judiciário. A análise é do professor José Dari Krein, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que na manhã desta quinta-feira (8) participou de painel do 20ª Congresso Nacional de Direito do Trabalho e Processual do Trabalho, promovido pelo Tribunal (TRT) da 15ª Região, no interior paulista. O tema do evento, que vai até amanhã, é a “Humanização nas Relações do Trabalho”. Confira aqui o link para inscrição e informações.

Na apresentação, o diretor do Centro de Estudos Sindicais e do Trabalho (o Cesit, do Instituto de Economia da Unicamp), Denis Maracci Gimenez, lembrou que o Brasil tem quatro décadas de “péssimos resultados”. Um percurso parcialmente interrompido no período 2004-2012, com reflexos positivos até 2014.

‘Ajuste’ e austeridade

Depois disso, acrescentou, a crise e políticas de “ajuste” e austeridade fiscal não só atingiram a competitividade, como agravaram “brutalmente” a situação. Essas políticas tiveram “resultados desastrosos”, afirmou o professor. E se mostraram  incapazes de apresentar qualquer resultado mais significativo do ponto de vista dos objetivos anunciados (retomada da atividade).

Antes da pandemia, a economia já mostrava desaceleração e um “mercado de trabalho em péssimas condições”. O que se traduziu em empregos de baixa qualidade, sem capacidade de proteção.

Dari Krein lembrou que o mercado de trabalho brasileiro nunca chegou a ser estruturado. “A agenda da reforma está presente desde os anos 90”, observou , para acrescentar que a atual reforma, implementada ainda no governo Temer, veio “consolidar dinâmicas já presentes”.

Nenhuma promessa se cumpriu

As afirmações da época, de que as mudanças seriam necessárias para dinamizar a economia e, assim, abrir vagas, não se sustentaram. “Essas promessas não encontram respaldo na realidade empírica”, afirmou o professor Dari. “Nenhuma das promessas de que a reforma seria capaz de ativar a economia se concretiza. Antes da pandemia, os indicadores econômicos mostram que o país não estava em recuperação”, completou, citando, entre outros, dados como balança comercial, crédito e produtividade. Além do próprio desemprego e as crescentes informalidade e subutilização de mão de obra.

O que aconteceu, na verdade – e continua a ocorrer no atual governo –, foi a “consolidação do padrão de regulação mais flexível, mais conveniente para as empresas”. As mudanças não valorizaram a negociação coletiva (outro argumento dos defensores da flexibilização), mas fortaleceram a flexibilização.

Nova agenda, menos proteção

“A reforma vai sendo feita em ondas. Agora, (há uma) nova agenda de reformas sendo proposta pelo governo, como forma de resolver os problemas do mercado de trabalho”, observou o pesquisador. Para ele, trata-se de um novo processo de diminuição da proteção social. “O que impressiona é que essas mudanças são sempre desfavoráveis aos trabalhadores e favoráveis às empresas.” Além disso, apontou, a reforma “veio para enquadrar a Justiça do Trabalho”. As alterações também limitaram o acesso ao Judiciário.

O professor da Unicamp concluiu afirmando que a pandemia está mostrando que esse tema da regulação terá de ser repensado, como já ocorre em outros países. “É preciso ter algum grau de proteção para quem trabalha.” Assim, o crescimento não é uma questão de regulação, observou. Passa pelo “modelo de desenvolvimento, a organização mais geral da economia”.

Fonte: Rede Brasil Atual

A “economia verde” como forma de frear a emergência climática está longe de ser um modelo promissor e nem mesmo iniciativas contempladas pelo chamado Green New Deal teriam como realizar uma efetiva preservação ambiental diante do atual cenário. É o que alerta a economista Esther Bemerguy, em entrevista a Glauco Faria, no Jornal Brasil Atual

Em comum, esses modelos repetem fórmulas dentro do que deveria ser de fato superado para se reverter o quadro de devastação ambiental: o sistema capitalista. Ex-secretária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República, entre 2004 e 2011, e ex-secretária de Planejamento e Investimentos, Esther explica que a ideia de uma “economia verde” vem, desde a década de 1970, sendo vendida como alternativa pelos próprios agentes da crise ambiental. Ao longo do tempo, ela se mostrou insuficiente para reverter ou mesmo conter esse processo. 

“Todos esses modelos acreditam na racionalidade do próprio sistema. Como se o sistema capitalista, por meio de novas tecnologias, pudesse resolver o processo de emergência climática. Não pode, não tem como. Estão inseridos nos princípios do capitalismo, utilizam os mesmos conceitos e tecnologias”, destaca. 

Outros modelos

Autora do artigo Elementos para um Programa de Transição Ecológica, publicado no livro Brasil: Estado social contra a barbárie, da Fundação Perseu Abramo (2020), a economista vem se dedicando a pesquisar soluções que atinjam a raiz do problema, que considera ser o modo como a sociedade se organiza hoje, desde sua produção até o consumo. A palavra de ordem para estancar a emergência climática, de acordo com ela, seria, portanto, lutar pelo fim do modelo capitalista. 

Conceitualmente, a proposta de ecologia integral do Papa Francisco, assim como o “Bem Viver” dos indígenas e a agroecologia poderiam ser um norte para essa mudança. “São movimentos que trazem princípios e práticas que contribuem com a transição para um outro sistema”, ressalta Esther. 

Desde a década de 1960, quando o meio ambiente se tornou uma questão central no debate público, a insustentabilidade do modelo capitalista tem se mostrado evidente, comenta a economista. Por isso, a ideia de transição ecológica como um novo modelo de produção e consumo, que impeça processos de cercamento da terra e dos bens comuns como serviços públicos de saúde e educação, ganha cada vez mais adeptos. A transição também se soma ao conceito de ecossocialismo, que tem como expoente o cientista social brasileiro radicado na França Michael Löwy, um conhecido crítico do “capitalismo verde”. 

“O ecossocialismo vai justamente na origem da contradição, que é o sistema capitalista, recupera aquilo que (Karl) Marx já dizia, que o sistema capitalista, no limite, é destruidor da vida”, explica Esther. 

A esquerda e a transição ecológica

Mas, de acordo com a pesquisadora, para além do ecossocialismo, a ideia de uma transição ecológica precisa principalmente ser integrada ao entendimento que “de que tudo é natureza”. Uma relação desenvolvida principalmente pelos saberes indígenas de povos do Paraguai, Bolívia e do Brasil. 

O Brasil, inclusive, segundo a economista, poderia “ser a saída do mundo”, observa. O que não falta, segundo Esther, são exemplos de que é possível construir uma alternativa. Como fez o líder sindical Chico Mendes, na década de 1980, numa articulação com seringueiros, indígenas e comunidades locais para a preservação do meio ambiente. Nessa aliança, lembra a economista, o que interessava era a floresta em pé, o uso coletivo da terra, de forma sustentável. 

É por isso também que ela reforça a importância do campo progressista incorporar a ideia de transição ecológica para trabalhar a mudança do modelo de desenvolvimento. A ideia já aparece, por exemplo, no plano de Reconstrução e Transformação do Brasil do PT, e também estava no projeto de governo de Fernando Haddad, em 2018. 

Para Esther, o programa da legenda traz uma questão importante ao colocar a Amazônia como “bem comum dos brasileiros”, em uma área que foi espaço de contradições nas gestões em nível federal. Ao mesmo tempo em que governos comandados pelo PT conseguiram avanços como a redução do desmatamento na Amazônia, também promoveram a construção das usinas hidrelétricas de Belo Monte, no Pará, e Santo Antônio e Jirau, em Rondônia. 

“A emergência climática é uma realidade hoje. Já não estamos mais no momento em que nós podemos ficar pensando alternativas que já se demonstraram fracassadas. É preciso pensar em estratégias, novos valores, princípios, que nos levem a um novo modelo de produção e consumo”, finaliza a economista.

Fonte: Rede Brasil Atual

Bancárias e bancários da Caixa Econômica Federal, além dos atendimentos relacionados ao auxílio e do saque emergencial do FGTS, estão sendo cobrados para entregarem mais de 120% das metas de vendas de produtos, alguns deles até com rendimento negativo. 

Na terça-feira (6), a direção da Caixa aumentou em R$ 2 milhões a meta de consignado do INSS em algumas agências. Isso em uma conjuntura de paralisação da economia que mantém mais de 13 milhões de pessoas sem emprego, e quando muitos empregados considerados do grupo de risco por causa do coronavírus estão em home office.

A cobrança acarretará em aumento no atendimento aos aposentados, que necessitam de atendimento presencial, já que a Caixa não disponibiliza de outro tipo de atendimento para este tipo de operação de crédito. Isso fará que estes aposentados, em sua maioria idosos, sejam obrigados a comparecerem às unidades de atendimento. O cenário se agrava, pois ainda estamos em meio a uma pandemia e numa região onde os casos positivos para a Covid-19 aumentam a todo momento.

Para piorar, os bancários denunciam que as regras mudam a todo momento, o que os impossibilita de sequer fazerem um planejamento para o cumprimento de metas. Em um exemplo, sem nenhuma explicação, as metas para o crédito consignado foram desmembradas com a separação entre servidores públicos e aposentados.  

A direção da Caixa implantou, também, um “Programa de Reconhecimento Regional” para “destacar os desempenhos extraordinários” na superintendência de rede. De acordo com as regras, cada unidade irá receber um “álbum de excelência” com o objetivo de completar todas as figurinhas até dezembro. A cada mês serão definidos quatro “selos de excelência” que simbolizarão as metas de vendas de produtos a serem batidas. 

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e a Apcef/SP vão enviar ofício ao vice-presidente de Rede, Paulo Ângelo, e ao presidente da Caixa, Pedro Guimarães, responsáveis por essa “brincadeira” sem graça, questionando as metas e cobrando a priorização da saúde e da vida dos empregados

Fonte: SEEB/SP

 

O Fundo Monetário Internacional (FMI) lançou nesta segunda-feira (5) um relatório no qual defende a multiplicação do gasto público para estimular a retomada da economia, após os impactos causados pela pandemia. Investimentos estatais em infraestrutura, por exemplo, serviriam para impulsionar a criação de empregos e atrair o capital privado. No Brasil, no entanto, não há espaço fiscal para a implementação de políticas de recuperação, em função da Lei do Teto de Gastos.

Nesta semana, a Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) também havia destacado que as “políticas de austeridade” não são a resposta adequada para os desafios econômicos e sociais impostos pela covid-19.

Implementado durante o governo Temer, o teto estabelece que o orçamento da União deve ser corrigido apenas pela inflação do ano anterior. O congelamento de gastos em setores essenciais – como saúde e educação – vale por vinte anos.

Para a economista Iriana Cadó, especialista em economia social e mestre em desenvolvimento econômico pela Unicamp, o Brasil está na “contramão” do mundo. Ela destaca que a ampliação do gasto para a retomada da economia é consenso até mesmo em organismos liberais.

“Essa regra fiscal não faz sentido, nem aqui nem em nenhum país liberal do mundo. Nem o FMI entende”, afirmou, em entrevista a Glauco Faria, no Jornal Brasil Atual desta quinta-feira (7).

Pós-pandemia

Por outro lado, ela destaca que a ampliação dos gastos em saúde e em programas como auxílio emergencial e o socorro a micro e pequenas empresas só foram possíveis com o chamado “Orçamento de Guerra” aplicado em 2020, que contorna as limitações impostas pelo teto de gastos. Mas, no ano que vem, quando a regra fiscal volta a ser aplicada, as consequências econômicas e sociais da pandemia continuarão a serem sentidas.

“No próximo período, vamos ver os problemas se acirrarem. A pandemia efetivamente não acaba em 2021. Mais do que a pandemia, nossos problemas econômicos foram aprofundados em 2020 e continuarão no ano que vem. A taxa de desemprego, por exemplo, tende a aumentar. Projeções indicam que pode chegar a até 17%.”

Direitos valem mais

Da mesma forma, a coalizão Direitos Valem Mais divulgou estudo apontando que o orçamento da União nas áreas de saúde, educação e assistência social, estimado em R$ 374 bilhões em 2021, é insuficiente. Para combater os efeitos sociais da pandemia, os gastos estimados, para as três áreas, seriam de R$ 655 bilhões.

As  230 organizações da sociedade civil, sindicatos e acadêmicos que compõem a coalizão realizam, nesta quinta (8), a partir das 17 horas, um tuitaço pela revogação do teto. Em vez disso, defendem a instituição de um “piso mínimo emergencial” para as áreas sociais. E também são contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 188/2019, do chamado Pacto Federativo. Em caso de emergência fiscal, a proposta prevê o corte de 25% nas jornadas e salários dos servidores públicos, dentre outras medidas de arrocho.

Fonte: Rede Brasil Atual

Com o acréscimo de 31.553 novos casos oficialmente registrados de covid-19 nas últimas 24 horas, o Brasil superou, nesta quarta (7) a marca de 5 milhões de infectados pelo novo coronavírus. Os dados são fornecidos pelo Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). No período, foram mais 734 mortos pela doença. Com isso, são 148.228 vítimas desde o início do surto no país, em março. O total de casos soma exatos 5.000.694 infectados.

Os números revelam que o cenário da pandemia no Brasil segue entre os piores do mundo. Em números totais, apenas os Estados Unidos contam mais vítimas do que o país latino-americano. Já em relação aos infectados, além dos norte-americanos, apenas a Índia supera o Brasil. O país asiático tem a população mais de seis vezes maior.

A pandemia de covid-19 é a maior crise sanitária da humanidade em mais de 100 anos, após a Gripe Espanhola de 1918. Entretanto, a gravidade do cenário não foi considerada por parte da classe política brasileira. Em especial o governo federal. O presidente, Jair Bolsonaro, desde o início do surto, minimizou a doença, negou a ciência e trabalhou contra as medidas de controle.

Contrariando indicações da ciência e da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é um dos países do mundo que menos testa para a covid-19; menos de 9% da população passou por algum exame do tipo. O resultado é uma imensa subnotificação de casos e mortos.

Falta de ações

As medidas mais intensivas de isolamento social são indicadas, prioritariamente, para que não houvesse colapsos em sistemas de saúde, como visto em Manaus. “Lockdown inicial é um passo importante pra reacomodar o sistema de saúde (como abrir novos leitos)”, explica o doutor em microbiologia e divulgador científico Atila Iamarino.

De fato, países como o Uruguai (2.117 casos e 49 mortes) não adotaram isolamentos obrigatórios tão intensivos e conseguiram controlar a doença. O bom resultado veio a partir do uso do bom sistema público de saúde para efetuar rastreio de contágios e isolamentos localizados. No Brasil, a grande estrutura do SUS poderia ter sido usada com a mesma finalidade, mas faltou coordenação do governo federal no combate à doença.

Atila afirma também que isolamentos radicais prolongados são insustentáveis, mesmo do ponto de vista da saúde pública e econômica. ” É como começar uma maratona com um sprint. A longo prazo, rastreio de contatos e fechamento pontual funcionam melhor. Não fazemos nenhum dos dois”, finalizou.

Fonte: Rede Brasil Atual

A Contraf-CUT transmite nesta quinta-feira (8), ao vivo, a partir das 19h30, um debate sobre a Medida Provisória 995/2020, que coloca em risco a Caixa Econômica Federal, a soberania nacional e o emprego dos trabalhadores da Caixa.

O debate contará com a participação do deputado federal Enio Verri (PT/PR), da conselheira Administrativa da Caixa e coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Maria Rita Serrano, e do dirigente da Federação dos Bancários de São Paulo (Fetec-CUT/SP) e da Associação do Pessoal da Caixa no Estado de São Paulo (Apcef/SP), Leonardo Quadros.

A transmissão será realizada pelo Facebook e Youtube da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

Representantes dos 13 Sindicatos da base da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo se reuniram, virtualmente, na tarde desta quarta-feira (7), para debater as demissões que vem ocorrendo no Banco Bradesco.

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense esteve representado pelos diretores Newton França e Renata Soeiro.

As demissões contrariam o compromisso da direção do Bradesco, assim como todos os outros grandes bancos brasileiros, de não demitir durante a pandemia do coronavírus (Covid-19).

O Bradesco foi a companhia aberta com os maiores lucros da América Latina nesse primeiro semestre. Foram mais de R$ 7 bilhões.

"Será que a pandemia acabou e não fomos avisados?", questionou o Presidente da Fetraf RJ/ES, Nilton Damião Esperança.

Na reunião também foi definido que ocorrerá um Dia Nacional de Luta, com diversas manifestações e atos dos sindicatos em protesto contra essas demissões e desrespeito com trabalhadoras e trabalhadores.

“É muito importante que todos os sindicatos da nossa base participem com empenho destas manifestações, para que sintam que a falta de responsabilidade social dos bancos, não está passando despercebida. Assim como a promessa de não-demissão que não está sendo cumprida.” - acrescentou Nilton Damião.

Além da Baixada Fluminense, participaram da reunião virtual, representantes dos Sindicatos dos Bancários de Angra dos Reis, Campos dos Goytacazes, Espírito Santo, Itaperuna, Macaé, Niterói, Nova Friburgo, Petrópolis, Rio de Janeiro, Sul Fluminense, Teresópolis e Três Rios.