Julho 29, 2025
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Pense em um profissional que passa parte da vida na corda bamba por ter de se desdobrar entre mais de um local de trabalho para driblar um salário indecente. No Brasil, muitos trabalhadores preenchem esse perfil, mas não têm como tarefa nem responsabilidade principal forma, encher de (bons) conhecimentos as mentes de milhões de crianças e adolescentes.

 

Com um dos piores pisos salariais do País – R$ 1.567 por jornada de 40 horas semanais -, a maioria dos professores da rede pública de ensino comemora hoje o seu dia de olho no que acontece em Brasília. É lá, dentro e fora dos gabinetes do poder, que representantes dessa categoria tão importante, mas tão desrespeitada tentam debater, conquistar e ampliar os seus direitos. Nas ruas, como na greve do Rio, eles tem sofrido com a violência policial.

 

No gramado da Esplanada dos Ministérios, em frente ao Senado, a militância da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE-CUT) permanece acampada desde 30 de agosto e lá promete ficar até que o Plano Nacional de Educação (PNE) seja aprovado.

 

Dentro do Congresso, entidades que representam os professores participam na manhã desta terça-feira (15) de mais uma audiência pública com o Conselho de Educação para debater o projeto de lei que aprova o PNE.

 

O Plano define as principais metas que o Brasil deve atingir na educação durante os próximos dez anos e entre seus itens mais importantes está o que exige a destinação e aplicação de pelo menos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação. Faz parte das suas diretrizes a erradicação do analfabetismo e a universalização (garantia de acesso) do atendimento escolar.

 

O texto do PNE também propõe a utilização de 50% dos recursos do pré-sal, incluídos os royalties, diretamente em educação. Hoje, esse percentual não chega a 20%. A CNTE reivindica e se mobiliza para que o total dos royalties do pré-sal seja destinado apenas à educação.

 

Apresentado pelo governo federal, o projeto possui 14 artigos e 20 metas e já tramita há três anos no Congresso. A mais recente votação e aprovação em comissões “descaracterizou o texto do projeto”, segundo a Confederação.

 

 

RANKING RUIM 

 

A aprovação do PNE será decisiva para modificar realidade dos professores . E as pesquisas servem de termômetro do modo como os docentes são tratados no Brasil. O professor brasileiro está entre os que recebem o pior salário entre 40 países pesquisados, segundo estudo realizado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e divulgado em julho deste ano. Neste vergonhoso ranking, o Brasil só perde para docentes do vizinho Peru e da distante Indonésia.

 

Outra pesquisa também da Unesco, esta realizada em 2010, mostra que o salário médio de um professor brasileiro do Ensino Fundamental em início de carreira é o terceiro mais baixo do mundo entre 38 países avaliados. Um terceiro levantamento revela que o professor é a categoria que recebe o mais baixo salário de todos os profissionais de nível superior do País

 

Tantos dados negativos explicam em parte porque faltam mais de 700 mil professores à rede pública de ensino brasileira. A ausência ou precariedade de estrutura, a pesada burocracia dos quilos de pastas, formulários e diários de classe que o professor ainda tem de carregar em plena era digital, o trabalho extra classe, o alto índice de adoecimento e a violência sofrida por muitos deles dentro da própria sala de aula também explicam o fato de a profissão não ser mais tão atrativa.

 

Os jovens parecem não estar interessados em entrar em uma profissão com tantos desafios, além do maior deles, que é ensinar. Pelo menos é o que aponta a pesquisa Atratividade da Carreira Docente no Brasil feita pela Fundação Victor Civita. Segundo o levantamento, somente 2% de alunos do ensino médio têm interesse em seguir carreira de professor.

 

Encomendado pela Unesco, o estudo Professores do Brasil: Impasses e desafios revela que, em geral, o jovem que procura a carreira de professor hoje no País é oriundo das classes mais baixas e fez sua formação na escolas públicas.

 

 

VIOLÊNCIA

 

Além do salário e problemas extra classe, as pesquisas também não são muito animadoras para a categoria. Levantamento do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp), divulgada em maio deste ano, mostra que 44% dos professores da rede estadual já sofreram algum tipo de violência dentro da escola.

 

Segundo a apuração da Apeoesp, a agressão verbal é a forma mais comum de ataque e já atingiu 39% dos docentes. Em seguida, vêm assédio moral (10%), bullying (6%) e agressão física (5%). O estudo mostra ainda que docentes do sexo masculino que trabalham no ensino médio são os mais atingidos pela violência – 65% deles foram agredidos de alguma forma.

 

 

PERFIL 

 

O Brasil tem 2 milhões de professores na educação básica, que vai da ensino infantil ao médio. Nos bancos escolares, 40,3 milhões de estudantes estão matriculados nas redes públicas estaduais e municipais de ensino em todo o País.

 

De acordo com o Censo Escolar 2012, realizado pelo Ministério da Educação (o censo de 2013 ainda não está em andamento), 81% dos professores brasileiros são do sexo feminino, 58% têm até 40 anos e 23% declaram trabalhar em mais de uma escola para complementar a renda.

 

Dos 2 milhões de professores da rede pública brasileira, 400 mil deixam a frente do quadro negro para ocupar uma cadeira de aluno do ensino superior, indicador de uma boa notícia que vem sendo consolidada nos últimos anos – o aumento do número de professores com formação universitária.

 

Daí a importância da aprovação do PNE, conforme as reivindicações da categoria, não apenas para os professores e professoras, mas para todos os brasileiros, porque melhorar a qualidade da educação básica depende diretamente da formação dos docentes. O Plano Nacional de Educação, em seu diagnóstico, define que “a qualidade do ensino só poderá acontecer se houver a valorização dos profissionais do Magistério, que só será alcançada por meio de uma política global capaz de articular a formação inicial, as condições de trabalho, o salário, a carreira e a formação continuada”.

 

Brasil está em penúltimo em ranking de valorização do professor
Estudo inédito divulgado no início deste outubro, revelou a percepção da população de 21 países sobre o status social dos professores. De acordo com a pesquisa, os docentes são mais valorizados na China, onde a importância da educação está enraizada na cultura da sociedade.

 

A Grécia vem segundo lugar. O Brasil está em 20º e fica à frente somente de Israel. Mas o estudo também tem o seu lado positivo: aponta que os brasileiros confiam nos professores, embora os entrevistados ressaltem “que o sistema educacional atrapalha o resultado do ensino”. Dos entrevistados, 95% acham que os salários são muito baixos.

 

A pesquisa foi realizada pela Fundação Varkey GEMS, de Londres, ONG criada para melhorar a educação para crianças carentes.

 
Fonte: CUT

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, realiza nesta quarta-feira 3 a terceira rodada de negociação da Campanha 2014 com a Fenaban, para discutir emprego, que inclui fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, proibição às dispensas imotivadas, aumento da inclusão bancária e combate às terceirizações. A reunião começa às 14h, no hotel Maksoud Plaza, em São Paulo. Na quinta-feira a rodada de negociação durará o dia todo, tendo a remuneração na pauta.

“Os bancários definiram na 16ª Conferência Nacional a defesa do emprego como uma das principais preocupações da Campanha 2014. Apesar dos lucros gigantescos, os bancos brasileiros, principalmente os privados, continuam eliminando postos de trabalho enquanto os outros setores estão gerando novos empregos”, critica Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

Levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com base na Rais do Ministério do Trabalho mostra que os bancos privados fecharam 18.023 postos de trabalho em 2013. E de janeiro a julho de 2014 já cortaram mais 3.600 empregos, segundo a Pesquisa de Emprego Bancário (PEB) que a Contraf-CUT faz desde 2009 em parceria com o Dieese com base nos dados do Caged.

Nesse mesmo período, a economia brasileira criou 1,75 milhão de postos de trabalho, levando o emprego no Brasil ao melhor nível em toda a história.

“Os bancos que estão fechando postos de trabalho prejudicam os bancários, pioram o atendimento dos clientes e da população e não contribuem para o crescimento econômico e social do país com emprego e distribuição de renda”, acrescenta Carlos Cordeiro. “Isso também é um sinal vermelho para a classe trabalhadora, uma vez que essa é exatamente a receita para o país apregoada por economistas de bancos que estão coordenando programas de governo de alguns candidatos à Presidência da República.”

Rotatividade achata salários

Além de fechar os 21.623 postos de trabalho de janeiro de 2013 a julho de 2014, os bancos privados desligaram 66.567 trabalhadores nesse mesmo período, segundo as pesquisa Contraf-CUT/Dieese. Foram 42.892 desligamentos no ano passado (contra 38.563 admissões). Veja aqui a pesquisa de 2013. E mais 23.675 desligamentos (com 20.075 contratações) nos primeiros sete meses deste ano. Confira aqui .

“Queremos pôr um fim a essa rotatividade porque no sistema financeiro ela faz parte do negócio e é um mecanismo para reduzir salário e aumentar lucros”, diz Carlos Cordeiro.

Isso fica claro nos números do Caged. A remuneração média dos bancários desligados de janeiro a julho deste ano era de R$ 5.216,86 contra R$ 3.303,55 dos admitidos – uma diferença de 63,3%. Na economia como um todo, a diferença entre a remuneração média de quem entra e quem sai das empresas é de apenas 7%.

Isso explica por que os bancários, com muita mobilização e luta, conquistaram aumento real de salário de 18,3% de 2004 a 2013, mas o aumento da remuneração média do bancário neste período foi de 13,6% acima da inflação. A situação é ainda pior nos bancos privados, onde está concentrada a rotatividade. Nesse segmento, o aumento médio da remuneração foi de apenas 8,8%, segundo a pesquisa do Dieese com base nos dados da Rais. Nos bancos públicos, a elevação da remuneração média foi de 16,9%.

Veja aqui o estudo do Dieese sobre emprego e remuneração bancária nos últimos 10 anos.

Terceirização fecha empregos e reduz salário

A Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (Pnad/IBGE) de 2002 registrou que havia naquele ano 586.765 trabalhadores no sistema financeiro. Já em 2011, a mesma pesquisa mostrou que esse número saltou para 1,004 milhão. No entanto, apenas 512 mil bancários eram formalmente contratados pelos bancos em 2012, sob a proteção da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.

“Ou seja, para cada bancário formal existe outro informal trabalhando no sistema financeiro, recebendo salários inferiores, cumprindo jornadas de trabalho maiores e sem os mesmos direitos da categoria, aumentando os lucros bilionários dos bancos”, afirma Miguel Pereira, secretário de Organização da Contraf-CUT.

Entre 1999 e 2013, as instituições financeiras aumentaram 319% as despesas com trabalhadores terceirizados, tendência que vem se acelerando nos últimos anos, segundo Relatório Social da Febraban.

Se considerarmos os diversos tipos de correspondentes bancários (banco postal, lotéricos, pastinhas, supermercados, drogarias etc.), esses números poderiam ser exponencialmente multiplicados.

Esses trabalhadores terceirizados estão distribuídos pelo sistema financeiro em múltiplas CNAES (Classificação Nacional de Atividades Econômicas), dificultando sua identificação e localização como prestadores de serviços aos bancos.

“Essa ameaça se agrava com a tentativa do setor empresarial, tendo os bancos à frente, de legalizar a terceirização total no Brasil com a aprovação do PL 4330 na Câmara Federal, do PLS 087 no Senado e do julgamento de Recurso Extraordinário com Repercussão Geral no STF. E por último, é extremamente preocupante o fato de o programa econômico da candidata Marina Silva incorporar expressamente o compromisso de regulamentar a terceirização precarizante em todos os setores da economia”, adverte Miguel Pereira.

Fonte: Contraf-CUT

No dia 09 de novembro, sabadão, vai rolar a tradicional FESTA DO BANCÁRIO, no Sítio Mazaropi, Av. dos Coqueiros, 375 – Santa Cruz da Serra Rodovia Washington Luiz – Duque de Caxias.

(Saída 107 da Washington Luiz – próximo a Praça do Codora)

DOE UM QUILO DE ALIMENTO NÃO-PERECÍVEL

(As doações serão enviadas para instituições filantrópicas)

O Sindicato disponibilizará dois ônibus, um na sede do Sindicato em Duque de Caxias e outro na sub-sede de Nova Iguaçu.

Horário da saída dos ônibus 8h

O 11º Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CONCUT), que reuniu mais de 2.300 delegados e delegadas, além de 140 dirigentes sindicais internacionais de 40 países, encerrou nesta sexta-feira (13), em São Paulo, num clima de congraçamento e combate, aprovando um sólido plano de lutas para enfrentar os impactos negativos da crise que afunda as economias dos países capitalistas centrais.

 

O espírito de mobilização e combate manifestado ao longo dos cinco dias de debates ganhou corpo no plano, que centra fogo no protagonismo da classe trabalhadora no campo e na cidade, na defesa do mercado interno, na geração de emprego, na distribuição de renda, na valorização dos servidores e dos serviços públicos, pela redução da jornada de trabalho sem redução de salário, fim do fator previdenciário, contrato coletivo nacional de trabalho da construção civil, democratização da comunicação, reforma agrária e por mais recursos para a agricultura familiar.

 

Nas intervenções das lideranças dos mais diferentes ramos, uma só determinação: a de afirmar coletivamente, com suas Confederações, Federações e mais de três mil Sindicatos um projeto nacional de desenvolvimento que se contraponha à lógica parasitária e excludente do sistema financeiro.

 

Incluída no Plano de Lutas, a agenda de mobilizações imediatas da CUT para o próximo período, que congrega a Jornada Nacional de Lutas, terá inicio no dia 18 de julho com a marcha dos/as servidores/as federais da CUT com apoio e sustentação da Central.

 

Já em agosto, no dia 15, a CUT realizará uma grande Marcha levando às ruas a Plataforma pelo fim do fator previdenciário, contra desoneração patronal, a rotatividade e precarização, pela ratificação da convenção 158, redução da jornada e outras bandeiras de luta heterogêneas que envolvem todo conjunto da classe trabalhadora.

 

Congregam também a Jornada de Lutas, a participação da Central na Marcha dos Rurais pela Reforma Agrária contra o latifúndio e o agronegócio marcada para agosto, apoio à Marcha Nacional da Educação, em Brasília, que ocorrerá no mês de setembro, e, apoio às campanhas salariais unificadas das diversas categorias do segundo semestre contra o discurso do arrocho, buscando ampliar as conquistas.

 

Como destacou o presidente recém-eleito, o bancário Vagner Freitas, “o Brasil precisa deixar de ser o paraíso dos bancos”, investindo na produção e no fortalecimento do setor público os imensos recursos ainda esterilizados na especulação, dotando o país das condições necessárias a incorporar os milhões de jovens que chegam anualmente ao mercado de trabalho, mas também garantindo apoio e segurança aos idosos.

 

Para isso, ressaltou Vagner, “a CUT vai aprofundar o diálogo com a sociedade civil, fortalecendo ainda mais a aliança com os movimentos sociais, para impedir o retrocesso defendido pelos tucanos e sua política de desmonte do Estado, de privatizações e terceirizações”.

 

Ao final, Vagner leu uma mensagem encaminhada pelo ex-presidente Lula que não pode comparecer ao 11º CONCUT por motivos de saúde.

 

Fonte: Leonardo Severo, Luiz Carvalho e William Pedreira

Rede de Comunicação dos Bancários

 

A 16ª Conferência Nacional dos Bancários aprovou na plenária final, realizada neste domingo 27 em Atibaia (SP), a estratégia, o calendário e a pauta de reivindicações da Campanha 2014, que terá como eixos centrais reajuste de 12,5%, valorização do piso salarial no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 2.979,25 em junho), defesa do emprego, fim da terceirização e combate às metas abusivas e ao assédio moral.

 

Participaram da Conferência, aberta na sexta-feira 25 no hotel Bourbon Atibaia, 697 bancários de todo o país, dos quais 634 delegados eleitos nas conferências regionais e estaduais (entre eles 442 homens e 192 mulheres), além de 63 observadores.

 

“Foi uma conferência extraordinária que nós fizemos aqui em Atibaia, com a participação de quase 700 bancários de todo o Brasil, mostrando que todos os estados estão participando e querendo mais do que nunca mobilizar os bancários para que a gente possa fazer com que as condições de trabalho nos bancos possam ser melhoradas, principalmente acabar com o assédio moral”, avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

 

“Nós queremos um emprego decente para acabar não só com a rotatividade perversa, que reduz salários, mas acima de tudo queremos garantia de emprego e que todo o trabalhador tenha a tranquilidade de saber que vai continuar empregado pelo bom trabalho que faz dentro dos bancos. Nós saímos daqui fortalecidos”, acrescenta Cordeiro.

 

 

Principais reivindicações aprovadas na Conferência

 

> Reajuste salarial de 12,5%.

> PLR: três salários mais R$ 6.247.

> Piso: R$ 2.979,25 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

> Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, fim da rotatividade, combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PL 4330 na Câmara Federal, do PLS 087 no Senado e do julgamento de Recurso Extraordinário com Repercussão Geral no STF. Além da aprovação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas. Veja aqui a Carta de Atibaia, manifesto dos bancários contra a terceirização aprovado pela Conferência.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários;

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

> Prevenção contra assaltos e sequestros. Cumprimento da Lei 7.102/83 que exige plano de segurança em agências e PABs, garantindo pelo menos dois vigilantes durante todo o horário de funcionamento dos bancos. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento das agências. Fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para todos, pondo fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

 

 

Agenda política 

 

Os 634 delegados que participaram da 16ª Conferência também aprovaram uma agenda política, com temas importantes da conjuntura nacional que precisam ser discutidos com os bancários e com a população, como marco regulatório da mídia visando democratizar as comunicações, Conferência Nacional do Sistema Financeiro, Plebiscito Popular pela Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político e defesa da plataforma da classe trabalhadora.

 

 

Calendário de luta

 

O Comando Nacional dos Bancários se reunirá nos próximos dias para definir a data de entrega da pauta de reivindicações à Fenaban e o calendário de negociações, assim como as assembleias para aprovação da minuta e a data das seguintes atividades:

 

> Dia Nacional de Luta pela Segurança.

> Dia Nacional de Luta contra a Terceirização.

> Dia Nacional de Luta pelo Emprego.

> Paralisação nacional de duas horas contra as metas abusivas.

> Dia Nacional de Luta no Santander.

> Mobilização Nacional pelo Plebiscito da Reforma Política.

> Mobilização Nacional pela Democratização da Mídia.

 

 

14 e 15/8 - Participação massiva dos sindicatos no Seminário Nacional sobre “A Terceirização no Brasil: Impactos, resistências e lutas”, em Brasília.

 

 

Delegados aprovam apoio à reeleição de Dilma

 

A 16ª Conferência Nacional também aprovou resolução de apoio à reeleição da presidenta Dilma Roussef, por avaliar que ela representa a melhor opção para os trabalhadores dentre os dois projetos que estarão em disputa na eleição de outubro.

 

O outro projeto representa o retorno ao governo das forças conservadoras e neoliberais, as mesmas que na década de 1990 privatizaram empresas públicas, retiraram direitos, congelaram salários e fizeram demissões em massa no BB e na Caixa, enfraquecendo seu papel de bancos públicos voltados para o fomento do desenvolvimento econômico e social.

 

Além de dar o apoio, os bancários vão cobrar da presidenta Dilma Roussef que mude a gestão do Banco do Brasil, hoje mais voltado para o mercado tal qual o Itaú e o Bradesco, distante do seu papel de banco público, e fortaleça o seu papel de banco público. Também vão exigir da presidenta que o BB melhore as condições de trabalho e respeite mais seus trabalhadores.

Na plenária deste domingo (27) da 16ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada em Atibaia (SP), os 634 delegados e delegadas aprovaram por unanimidade uma moção de repúdio ao Santander, em resposta à carta enviada no mês de julho aos clientes de alta renda (Select), que foi classificada como terrorismo pela Contraf-CUT, uma vez que atenta contra a economia, a democracia e o povo brasileiro.

Em notícia publicada no blog de Fernando Rodrigues no portal do UOL na sexta-feira (25), o banco afirmou no extrato mensal aos clientes que o eventual sucesso eleitoral da presidente Dilma Rousseff irá piorar a economia do Brasil.

Para o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, “um banco estrangeiro, que veio aqui e adquiriu bancos, sobretudo, na era das privatizações do governo FHC, revela um profundo desrespeito com o Brasil e os brasileiros, piorando ainda mais a sua imagem junto aos trabalhadores e à população”.

“Não permitiremos que atos terroristas de bancos, como o Santander, coloquem em risco a democracia no Brasil, que foi duramente conquistada após muita luta e sangue nos últimos 50 anos”, salientou o dirigente sindical.

Segundo Cordeiro, “mais do que pedir desculpas aos seus clientes, o Santander tem que passar a respeitar os clientes, os bancários e o Brasil, bem como mudar a sua gestão equivocada no País, onde o banco obteve 20% do lucro mundial no primeiro trimestre deste ano, mas os trabalhadores e os clientes não são ouvidos nem valorizados”.

Foram também aprovadas moções de apoio ao aumento no número de empregados na Caixa Econômica Federal, de repúdio às demissões dos metroviários de São Paulo, apoio à greve dos professores da Universidade de São Paulo (USP), repúdio à criminalização dos movimentos sociais e o assassinato em massa do povo palestino.

Leia a íntegra da moção de repúdio aprovada:

MOÇÃO DE REPÚDIO AO BANCO SANTANDER

Os delegados reunidos na 16ª Conferência Nacional dos Bancários repudiam a postura do banco Santander Brasil ao enviar comunicado a clientes de renda alta, no qual afirma haver “quebra de confiança e pessimismo crescente em relação ao Brasil”, e que se a presidenta Dilma Rousseff “se estabilizar ou voltar a subir nas pesquisas, um cenário de reversão pode surgir. O câmbio voltaria a se desvalorizar, juros longos retomariam alta e o índice da Bovespa cairia”.

Consideramos o gesto do banco “irresponsável”, não só com a economia, mas com a democracia brasileira. Uma instituição desse porte não pode, ainda que tenha preferência eleitoral, praticar especulação, agredir a imagem do país e pôr em dúvida a nossa estabilidade. Vivemos uma situação de cenário mundial complicado, mas com crescimento sustentável, inflação controlada, juros estáveis, geração de empregos e elevação da renda.

É inaceitável essa ingerência do banco espanhol tentando influenciar a disputa eleitoral contra a vontade soberana do povo que irá às urnas em 5 de outubro.

Delegados e delegadas presentes à 16ª Conferência Nacional dos Bancários 

Fonte: Contraf-CUT

Seguindo orientação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, a grande maioria das assembleias realizadas nesta sexta-feira 11 em todo o país aprovou a proposta da Fenaban, assim como os acordos específicos do Banco do Brasil e da Caixa, encerrando a maior greve da categoria nos últimos 20 anos, com 23 dias de duração.

 
A proposta dos bancos eleva para 8,0% (aumento real de 1,82%) o índice de reajuste sobre os salários e demais verbas, para 8,5% sobre o piso salarial (ganho real de 2,29%) e 10% sobre o valor fixo da regra básica e sobre o teto da parcela adicional da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Também aumenta de 2% para 2,2% o lucro líquido a ser distribuído linearmente na parcela adicional da PLR e avança em outras reivindicações econômicas e sociais.

 
A nova proposta da Fenaban, apresentada no 22º dia da greve e após 18 horas de duras negociações, avançou depois que os bancos recuaram da proposição inicial de compensar todos os dias de greve em 180 dias, aceitando compensar no máximo uma hora extra diária, de segunda a sexta-feira, até 15 de dezembro – a partir da assinatura do acordo.

 
Ela inclui ainda quatro novas cláusulas: proibição de os bancos enviarem SMS aos bancários cobrando resultados, abono-assiduidade de um dia por ano, constituição de grupo de trabalho com especialistas para apurar as causas dos adoecimentos dos bancários e adesão ao programa de vale-cultura do governo, no valor de R$ 50,00 por mês.

 
Vitória da mobilização, da ousadia e da unidade

 

“Os bancários estão de parabéns. Deram mais uma grande demonstração de força, dobrando a intransigência dos bancos, que este ano tinham a estratégia clara de acabar com os aumentos reais e rebaixar conquistas para reduzir custos, de vencer os bancários pelo cansaço e de punir os grevistas com o desconto dos dias parados. Foi a vitória da mobilização, da ousadia e da unidade”, avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

 

Levantamento feito pela Contraf-CUT até as 23h desta sexta-feira indica que a maioria das assembleias aprovou tanto a proposta dos bancos quanto os acordos específicos do BB e da Caixa. Algumas bases sindicais realizarão assembleias nesta segunda-feira 14 e alguns bancos regionais continuam paralisados.

 

 

Encerraram a greve:

 

São Paulo
Rio de Janeiro – nova assembleia da Caixa na segunda
Belo Horizonte
Pernambuco
Curitiba
Bahia – continua greve na Caixa e BNB
Campina Grande – continua no BNB
Ceará – continua greve no BB, Caixa e BNB
Piauí
Paraíba – continua greve no BNB
Sergipe – continua greve no BNB
Bahia – continua na Caixa e BNB
Mato Grosso – continua greve na Caixa
Londrina
Campo Grande
Espírito Santo
Alagoas – continua greve no BNB
Niterói
Campinas
ABC
Araraquara
Assis
Barretos
Bragança Paulista
Catanduva
Limeira
Mogi das Cruzes
Presidente Prudente
Vale do Ribeira
Taubaté
Petrópolis
Angra dos Reis
Caxias do Sul – greve continua no Banrisul
Rondônia
Amapá
Joaçaba
São José do Rio Preto
Sorocaba
São José dos Campos
Juiz de Fora
Guaratinguetá
Araçatuba
Ribeirão Preto
São Carlos
Franca
Jaú
Tupã
Votuporanga
Presidente Wenceslau
Campos de Goytacazes
Itaperuna
Apucarna
Arapoti
Campos Mourão
Cornélio Procópio
Guarapuava
Toledo
Umuarama
Paranavaí
Jacobina
Feira de Santana – continua Caixa e BNB
Ilhéus – continua BB e BNB
Itabuna
Jequié
Vitória da Conquista – continua BB, Caixa e BNB
Barreiras – continua Caixa e BNB
Juazeiro – continua Caixa e BNB
Camaçari – continua BB e BNB
Dourados
Ipatinga
Uberaba
Divinópolis
Campos dos Goytacazes
Itaperuna
Passo Fundo – greve continua no Banrisul
Ijuí – greve continua no Banrisul
Alegrete – greve continua no Banrisul
Novo Hamburgo – greve continua no Banrisul
Horizontina – greve continua no Banrisul
Guaporé – greve continua no Banrisul
São Luiz Gonzaga – greve continua no Banrisul
Vacaria – greve continua no Banrisul
São Borja – greve continua no Banrisul
Santa Rosa – greve continua no Banrisul
Carazinho – greve continua no Banrisul
Livramento – greve continua no Banrisul
Araranguá
Bagé
Bento Gonçalves
Cachoeira do Sul – continua Banrisul
Camaquã – continua na Caixa e no Banrisul
Frederico Westphalen – continua Banrisul
Rio Grande
Santiago
São Gabriel
Concórdia – continua no BB e na Caixa
Chapecó – continua no BB e na Caixa
Criciúuma
São Miguel do Oeste – continua BB e Caixa
Naviraí
Acre – continua no Banco da Amazônia

 

 

Assembleias nesta segunda-feira:

 

Brasília, Porto Alegre, Pará, Guarulhos, Blumenau, Santa Maria (RS), Pelotas (RS) e Litoral Norte (RS).

 

 

Plenária:
Florianópolis

 

 

A proposta da Fenaban

 

> Reajuste: 8,0% (1,82% de aumento real).

> Pisos: Reajuste de 8,5% (ganho real de 2,29%).
- Piso de portaria após 90 dias: R$ 1.148,97.
- Piso de escriturário após 90 dias: R$ 1.648,12.
- Piso de caixa após 90 dias: R$ 2.229,05 (que inclui R$ 394,42 de gratificação de caixa e R$ 186,51 de outras verbas de caixa).

> PLR regra básica: 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.694,00 (reajuste de 10%), limitado a R$ 9.087,49. Se o total apurado ficar abaixo de 5% do lucro líquido, será utilizado multiplicador até atingir esse percentual ou 2,2 salários (o que ocorrer primeiro), limitado a R$ 19.825,86.

> PLR parcela adicional: aumento de 2% para 2,2% do lucro líquido distribuídos linearmente, limitado a R$ 3.388,00 (10% de reajuste).

> Antecipação da PLR até 10 dias após assinatura da Convenção Coletiva: na regra básica, 54% do salário mais fixo de R$ 1.016,40, limitado a R$ 5.452,49. Da parcela adicional, 2,2% do lucro do primeiro semestre, limitado a R$ 1.694,00. O pagamento do restante será feito até 3 de março de 2014.

> Auxílio-refeição: de R$ 21,46 para R$ 23,18 por dia.

> Cesta-alimentação: de R$ 367,92 para R$ 397,36.

> 13ª cesta-alimentação: de R$ 367,92 para R$ 397,36.

> Auxílio-creche/babá: de R$ 306,21 para R$ 330,71 (para filhos até 71 meses). E de R$ 261,95 para R$ 282,91(para filhos até 83 meses).

> Requalificação profissional: de R$ 1.047,11 para R$ 1.130,88.

> Adiantamento emergencial: Não devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados que recebem alta do INSS e são considerados inaptos pelo médico do trabalho em caso de recurso administrativo não aceito pelo INSS.

> Gestores ficam proibidos de enviar torpedos aos celulares particulares dos bancários cobrando cumprimento de resultados.

> Abono-assiduidade (novidade): 1 dia de folga remunerada por ano.

> Vale-cultura (novidade): R$ 50,00 mensais para quem ganha até 5 salários mínimos, conforme Lei 12.761/2012.

> Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho – Redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias encaminhadas pelos sindicatos, além de reunião específica com a Fenaban para discutir aprimoramento do programa.

> Adoecimento de bancários – Constituição de grupo de trabalho, com nível político e técnico, para analisar as causas dos afastamentos.

 

 

Compromissos

 

> Inovações tecnológicas – Realização, em data a ser definida, de um Seminário sobre Tendências da Tecnologia no Cenário Bancário Mundial.

> Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho – Reunião específica para discutir aprimoramento do processo.

> Discutir um novo modelo de PLR antes da campanha nacional de 2014.

 
Fonte: Contraf-CUT

Apesar de serem campeões de reclamações no Procon, os bancos não parecem fazer muita questão de mudar esse quadro. A fundação procurou as 38 empresas que mais geraram notificações na capital em 2011, entre elas oito instituições financeiras, e propôs um plano de metas para diminuição das queixas.

 

As respostas de 32 empresas – seis delas não quiseram participar – foram consideradas “tímidas ou parciais” pelo órgão, atingindo média de 7% de redução.

 

As metas de redução apresentadas pelos bancos são ainda menores que a média geral, não ultrapassando os 5%. Alguns, como Santander e Caixa, que tiveram, respectivamente, 3.126 e 1.425 reclamações na capital em 2011, propuseram reduzir em apenas 1% esses montantes.

 

O Itaú, que foi o campeão entre os bancos com 9.364 queixas no ano passado, propôs reduzir em apenas 2%. O Bradesco, segundo lugar com 5.434 notificações ao órgão, quer diminuir as queixas em somente 1,47%. E o Banco do Brasil, com 2.065 reclamações na capital em 2011, se propõe a diminuí-las em 1,58%.

 

Fonte: Seeb São Paulo com Procon-SP

A pressão da CUT sobre o Congresso Nacional conseguiu suspender a votação do Projeto de Lei (PL) 4330, que permite a terceirização em todos os setores das empresas e retira direitos dos trabalhadores com carteira assinada.

 
Porém, a luta contra a proposta ainda não terminou, conforme destaca a secretária de Relações do Trabalho da Central, Maria das Graças Costa. “É uma grande guerra e não acabou, mas essa batalha estamos vencendo”, ressalta.

 
Em entrevista ao Portal, a dirigente explica que a classe trabalhadora não pode deixar de discutir a regulamentação dos trabalhadores terceirizados, mas sob a ótica da ampliação dos direitos. Por isso, a necessidade de cobrar que a presidenta Dilma Rousseff desengavete o projeto proposto pelas centrais, construído em 2009, hoje parado na Casa Civil, e envie ao Congresso.

 

 

Portal da CUT – A liderança do governo e quatro bancadas fecharam acordo contra o PL 4330. A luta está encerrada ou é preciso manter a mobilização?

 

 

Maria das Graças Costa - Essa é uma guerra do Capital contra o Trabalho e nós estamos resistindo desde 1998, quando o Fernando Henrique Cardoso enviou para o Congresso um projeto para regulamentar a terceirização, que era o PL 4302 e que a CUT conseguiu retirar, quando o Lula ganhou as eleições. Desde 2004, quando o deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO), que também é empresário, deu entrada no projeto, temos travado uma grande luta. Entendo que é uma grande guerra e não acabou, mas essa batalha estamos vencendo.

 

Nós conseguimos estabelecer um ambiente de mobilização, tanto no movimento sindical, quando com as lideranças do Congresso por meio das nossas ações. Ganhamos o debate político, ganhamos a consciência dos trabalhadores e os magistrados do Judiciário trabalhista também vieram para essa luta conosco. Porém, temos que manter o monitoramento no Congresso.

 

 

Qual foi o marco do enfrentamento ao projeto?

 

 

Graça - A Comissão Geral, porque vínhamos aumentando o número de militantes que estava indo para ocupar a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, onde o PL foi discutido), mas, com a Comissão Geral, conseguimos dizer para o Brasil todo o que estávamos divulgando no Portal da CUT e em nossa rede. Por meio da comissão, deixamos claro que o PL 4330 não é para regular a situação dos trabalhadores terceirizados.

 

Ao contrário, no momento em que o país cresce, em que existe uma política de valorização do salário mínimo, em que aumenta o número de empregos com carteira assinada, chega uma proposta que coloca em risco os 44 milhões de empregos formais, que podem se transformar em terceirizados. O documento do TST (Tribunal Superior do Trabalho) mostra e o ministro Maurício Delgado também disse isso na comissão, que a renda do trabalhador poderia cair 30% em muito pouco tempo, caso o PL 4330 fosse aprovado.

 

O debate deixou de ser uma pauta específica das centrais sindicais, conforme tentou vender o deputado Sandro Mabel, que alegava ser nosso interesse apenas manter os filiados. Derrubamos isso e ficou claro que o projeto é uma reforma escandalosa para permitir a terceirização em todas as áreas das empresas e fragmentar a representação sindical.

 

 

Qual o principal interesse das empresas nesse processo?

 

 

Graça - Ao fazer com que o contrato de trabalho deixe de ser bilateral, entre trabalhador e empresa, e ganha um terceiro componente, a terceirizada que intermediará essa relação, o tomador de serviços vai tirar suas responsabilidades. O trabalhador não terá mais relação direta com quem é dono do Capital.

 

Então, a luta contra o PL 4330 é uma luta ferrenha contra o avanço do neoliberalismo no Brasil e isso deve ficar muito claro para nós. Os trabalhadores terceirizados entenderam que não estamos contra eles, ao contrário, queremos que tenham direitos dignos e emprego de qualidade.

 

 

A CUT tem defendido que não basta barrar o PL, é preciso pensar uma forma de regulamentar o trabalho terceirizado. O que a CUT fará, caso o projeto realmente não vá à votação ou não seja aprovado?

 

 

Graça - A CUT terá três grandes tarefas: primeiro, convencer a presidenta Dilma Rousseff de enviar ao Congresso o PL das centrais (clique aqui para ler), que construímos em conjunto em 2009 com o Ministério do Trabalho e está parado na Casa Civil. Se a presidenta enviar uma regulamentação baseada nos princípios que defendemos, teremos um instrumento de contraponto ao projeto dos empresários, que é o 4330. Nesse não adianta fazer remendos, não aceitaremos isso, porque não atende aos princípios que defendemos.

 

A segunda tarefa é levar esse debate ao processo eleitoral. Vamos discutir com os candidatos e cobrar que assinem compromisso com a classe trabalhadora de não deixar a precarização tomar conta não deixar aprovar essa proposta. Lembraremos que iremos fazer campanha pesada para denunciar quem trair a classe trabalhadora.

 

A terceira tarefa é continuar o debate na nossa base. O trabalho que as CUTs nos estados estão fazendo é de fundamental importância para o êxito da nossa luta. Devemos agora ir aos estados e municípios por meio dos nossos sindicatos e propor que façam audiências públicas nas câmaras municipais e tirem uma resolução sobre isso.

 

 

Apesar de ser um grande problema, o PL 4330 não é o único. Há uma série de pautas que tramitam no Congresso e representam uma ameaça à classe trabalhadora. Sobre quais outros pontos devemos ficar atentos?

 

 

Graça - Temos o PL que trata do Simples Trabalhista e, com o disfarce de formalização de emprego, vai criar uma categoria diferenciada de trabalhadores com direitos menores e risco muito grande, porque o projeto diz que a negociação individual terá mais valor que a coletiva. Isso é um desastre para as relações de trabalho no Brasil, porque leva a submissão do trabalhador ao patrão.

 

Há também a PEC que discute o conceito de trabalho escravo e não podemos deixar que se transforme em uma pauta negativa, precisa ser um marco como foi a CLT, um marco de sair do conceito de subserviência para o de pessoa com direitos sociais.

 

Temos também um projeto que trata da redução da jornada de trabalho com redução de salário e o relator é o Sandro Mabel; há a PEC do trabalho doméstico, que foi aprovada, mas o PL que está fazendo a regulamentação tem apontado travas muito ruins e também define direitos inferiores aos trabalhadores protegidos pela CLT.

 

E temos também o PL 92, que trata das fundações de direito privado, e não podemos deixar aprovar como está, porque fragilizaremos o serviço público. Mas também há várias pautas positivas no Congresso que queremos destravar, como o fim do fator previdenciário e a redução da jornada de trabalho sem redução de salário. E é por esse caminho que devemos seguir.

 

Fonte: Luiz Carvalho – CUT

O Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha é uma oportunidade para impulsionar o enfrentamento da combinação entre racismo e sexismo.

A discriminação racial e de gênero são eixos extremos de exclusão, aprisionando as mulheres negras nos extratos mais baixos da pirâmide social. Ainda que a população negra tenha sido a grande beneficiada pelas políticas inclusivas dos últimos anos, ela permanece como a principal vítima das desigualdades e da violência, fruto da discriminação e do racismo.

O salário médio da mulher negra com emprego formal, por exemplo, é menos da metade do que o salário de um homem branco, geralmente elas se inserem no mercado de trabalho em condições precárias e de informalidade, são maioria no trabalho doméstico, e as poucas que conseguem romper as barreiras do preconceito e da discriminação racial e ascender socialmente necessitam se empenhar mais e abdicar de outros aspectos de suas vidas, como lazer, relacionamento, maternidade.

É preciso, portanto, insistirmos na denúncia tenaz do racismo, operação pela qual se subalterniza e, portanto, se cria cidadãos de segunda classe. Esta realidade, que manifesta resquícios do período de escravidão, tem sido transformada através da luta e da organização das mulheres negras que apesar estar ainda em desvantagem, cada vez mais estão se inserindo na universidade e no mercado de trabalho, estão conquistando espaços importantes na economia, na sociedade, na política.

No ano de 2015 terá início a década dos afrodescendentes e marcará os 320 anos da morte de Zumbi. Neste contexto as mulheres negras realizarão uma grande marcha, da qual a CUT fará parte, que marcará estas importantes datas. Esta marcha, que traz como enunciado “contra o racismo e pelo bem viver”, será um processo liderado pelas mulheres afro-brasileiras, com foco no debate e no posicionamento político e público sobre o racismo, a violência e o bem viver.

O Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha é mais do que uma data comemorativa; é um marco da luta e resistência da mulher negra contra a opressão de gênero, o racismo e a exploração de classe.

A CUT seguirá trabalhando pela melhoria das condições de vida e de trabalho das mulheres negras para transformar a realidade, superar as desigualdades e construir uma nova cultura na sociedade, de combate à opressão de gênero e ao racismo.

Maria Julia Reis Nogueira
Secretária de Combate ao Racismo da CUT

Fonte: CUT