Maio 16, 2025
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Na primeira rodada de negociação da Campanha 2012, realizada nesta terça-feira 7 em São Paulo, o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, discutiu com a Fenaban as reivindicações da categoria sobre emprego, como a contratação de mais funcionários, respeito à jornada de 6 horas, fim da rotatividade e da terceirização, e inclusão bancária sem correspondentes bancários. Os representantes dos bancos rejeitaram todas as reivindicações. Admitiram que setores do sistema “estão fazendo ajustes”, mas disseram que os bancários não estão preocupados com o emprego e que a redução da média salarial via rotatividade é uma coisa normal.

 

A rodada de negociação continua nesta quarta-feira 8, às 9h, com a discussão das reivindicações sobre saúde e condições de trabalho.

 

O presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, Carlos Cordeiro, abriu as negociações apresentando os dados da 14ª Pesquisa do Emprego Bancário divulgada na segunda-feira 6 pela Confederação e pelo Dieese, segundo a qual os bancos geraram apenas 2.350 novos empregos no primeiro semestre de 2012, o que representa um recuo de 80,40% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram criadas 11.978 vagas. Sem a Caixa, que abriu 3.492 postos de trabalho, o saldo seria negativo em 1.209 empregos. A pesquisa reafirma também que os bancos usam a rotatividade para reduzir a massa salarial e que discriminam as mulheres, que entram e saem das empresas ganhando menos que os homens.

 

Veja aqui a matéria sobre a pesquisa.

 

“A rotatividade é como a jabuticaba, é um fenômeno que só existe no Brasil. E é mais grave no sistema financeiro. Enquanto na economia como um todo a diferença da média salarial de quem entra e quem sai é de 7%, nos bancos a diferença é de 35,40%. Isso explica por que o salário médio dos bancários cresceu apenas 3,4% entre 2004 e 2011, quando o aumento real foi de 13,92% e o piso subiu 31,67%”, afirmou Carlos Cordeiro. “Por isso, queremos garantia de emprego e a ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que proíbe demissões imotivadas.”

 

Os representantes da Fenaban admitiram que alguns bancos “estão fazendo ajustes”, mas negaram que haja rotatividade e fechamento de postos de trabalho. E disseram que o tema do emprego não faz parte do universo de preocupação dos bancários.

 

Eles chegaram a refutar o dado do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, elaborado a partir de informações passadas pelas próprias empresas, de que os empregos gerados pelo sistema financeiro no primeiro semestre representam apenas 0,22% dos 1.047.914 de empregos gerados em todos os setores da economia. Segundo os negociadores da Fenaban, a maioria dessas novas vagas é apenas a formalização de empregos sem carteira.

 

Terceirização e correspondentes bancários

“Queremos que os bancários tenham um emprego de qualidade e sem adoecimento. Houve redução de postos, mas o volume de serviços não diminuiu, sobrecarregando o trabalho. O bancário adoece e a sociedade sofre as consequências”, disse a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, para quem os bancos que mais desligaram foram exatamente os que aumentaram os correspondentes bancários.

 

“Os bancos estão trocando bancários por correspondentes. Há bancos que se recusam a prestar atendimento, empurrando clientes para os correspondentes. Outros colocam o correspondente dentro das agências”, acusou a dirigente sindical.

 

“Há dois mil municípios sem agência. Defendemos a transformação do corresponde bancário em agência ou posto de atendimento, que é um modelo que já foi seguido pelo Bradesco quando perdeu o contrato do Banco Postal, no ano passado”, acrescentou o presidente da Contraf-CUT.

 

A Fenaban defendeu a terceirização e disse que os correspondentes bancários estão atuando dentro do que permite a legislação.

 

O Comando Nacional também propôs na mesa de negociação a isenção de tarifas e juros menores para os bancários, que arcam muitas vezes com as taxas maiores de crédito consignado que os clientes. Muitos funcionários estão pagando até 13% ao mês no cartão de crédito. A Fenaban respondeu que isso faz parte da política interna de cada banco, que não há um padrão e, portanto, não deve fazer parte da negociação coletiva.

 

Os dirigentes sindicais reivindicaram ainda o abono-assiduidade, que é o direito a cinco folgas abonadas por ano como forma de compensar os dias trabalhados sem remuneração (o ano tem 365 dias, mas os trabalhadores só recebem por 360 dias). Embora vários bancos já concedam esse abono, a Fenaban se recusou a discutir a questão.

 

Cumprimento da jornada de 6 horas

O Comando Nacional defendeu a reivindicação dos bancários aprovada na 14ª Conferência Nacional de que os bancos devem respeitar a jornada de seis horas, instituída na década de 1930, quando havia muito adoecimento de bancários.

 

“A produtividade do setor cresceu muito, assim como a intensidade do trabalho. Antes havia um fôlego entre uma atividade e outra. Hoje não tem nenhum respiro. O bancário trabalha intensamente, seja na agência, seja no departamento”, enfatizou o secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, William Mendes.

 

“Outra coisa que deve ser discutida é a extrapolação da jornada, que é muito corriqueira. Em alguns segmentos, é muito forte. Quanto mais tempo no trabalho, menos tempo para a família. Isso gera desdobramentos. Hoje, a maioria não tem jornada de seis horas. Passou para uma função de chefia, passou para oito horas, mesmo que seja chefe de si mesmo”, criticou Juvandia.

 

A Fenaban se recusou a discutir o cumprimento da jornada de seis horas para todos os bancários.

 

Melhoria do atendimento

O Comando Nacional defendeu ainda o controle do tempo de espera nas filas e a ampliação do horário de atendimento, das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho, o que é importante para atender melhor os clientes e gerar empregos.

 

A Fenaban se recusou a incluir o horário de atendimento na convenção coletiva, assim como o controle das filas, por considerar que esse não é assunto trabalhista. Os representantes dos bancos disseram que o tempo de espera de 15 minutos pode aumentar a pressão sobre o bancário e que, portanto, o tempo de 30 minutos seria melhor. Pode?

 

“Os trabalhadores prezam um bom atendimento aos clientes. Não podemos trabalhar com horário prolongado “, retrucou Carlos Cordeiro. “A pressão que tem levado funcionários a tomar remédios de uso controlado, assim como o tempo de espera de 15 minutos, devem ser resolvidos com mais contratações para melhorar as condições de trabalho.”

 

Fonte: Contraf-CUT

Em comunicado enviado à Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora a Contraf-CUT nas negociação com o banco, a Caixa Econômica Federal confirmou que efetuará nesta quinta-feira (18) o pagamento dos salários de seus empregados. 

Na mesma data, a Funcef também pagará os benefícios para as aposentadorias e pensões, conforme informações divulgadas pela área de comunicação da entidade. 

Fonte: Contraf-CUT com Fenae

Em reunião ocorrida nesta terça-feira (16) com a Contraf-CUT, federações e sindicatos, através de um grupo de trabalho em saúde do trabalhador, em São Paulo, os representantes do Santander afirmaram que o banco está tomando medidas para deixar claro aos médicos do trabalho que eles têm total autonomia e que não há nenhuma orientação institucional que os impeça de conceder “inapto” ao trabalhador que está em licença médica pelo INSS, no momento de avaliação de retorno ao trabalho. 

Embora negue a sua responsabilidade, o Santander foi obrigado a reconhecer a existência do problema que consiste na falta de autonomia do médico do trabalho. O profissional é orientado a seguir um fluxo de atendimento que consiste em, antes de considerar o trabalhador “inapto”, entrar em contato com o médico coordenador do PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) do Santander. 

Esse fluxo está expresso em formulário da empresa Micelli Soluções em Saúde Empresarial e é preenchido pelo profissional de saúde no momento da avaliação. O problema também acontece em exames demissionais.

> Clique aqui para ver o prontuário da Micelli.

“O Santander disse que esse fluxo de inaptidão irá acabar, com a Micelli ou com qualquer outra empresa que porventura seja contratada. De acordo com o banco, já foi apresentado um comunicado a essa empresa no sentido de deixar claro que os médicos têm autonomia nos diagnósticos”, relata a diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Vera Marchioni. 

Comunicado 

O banco se comprometeu a enviar esse comunicado aos sindicatos, que o disponibilizarão nos sites para que os trabalhadores se apoderem do documento. “A ideia agora é que o trabalhador imprima o comunicado e se municie. Se o médico não olhar os exames que o bancário levar, e se houver qualquer coisa que indique que o profissional está obedecendo ordens e não diagnosticando com imparcialidade e ética, o bancário deve entrar em contato com o Sindicato”, afirma Vera.

Nova reunião ocorrerá na segunda quinzena de janeiro, quando os representantes dos bancários voltam a avaliar as medidas. Na ocasião, o banco apresentará um programa – já implantado unilateralmente, sem a participação dos empregados – de retorno ao trabalho denominado Retorne Bem. 


Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

As taxas médias de juros cobradas pelos bancos no cheque especial subiram em dezembro, segundo pesquisa da Fundação Procon de São Paulo. Já as taxas do empréstimo pessoal caíram. A maior taxa de juros no cheque especial foi verificada no Santander, que é de 12,99%

A taxa média do cheque especial passou de 10% para 10,15% ao mês. Dos sete bancos pesquisados, quatro subiram as taxas cobradas. A maior alta verificada foi na Caixa Econômica Federal, que passou de 6,33% para 7,03% ao mês, variação positiva de 11,06% em relação à taxa de novembro. 

O HSBC registrou variação positiva de 2,50%, o Banco do Brasil, 0,22% e o Bradesco, 0,21%. Os demais bancos mantiveram suas taxas de cheque especial.

Empréstimo pessoal

Já no empréstimo pessoal, dois elevaram a taxa, sendo que em um dos bancos pesquisados houve redução, os demais permaneceram com os mesmos índices praticados no mês anterior. A taxa média foi de 5,85% ao mês, inferior à do mês anterior, que foi de 6,01%, representando um decréscimo de 0,16 ponto percentual.

A maior alta foi verificada na Caixa Econômica Federal, que alterou de 3,75% para 3,91% ao mês, representando uma variação positiva de 4,27% em relação à taxa do mês anterior. A única queda constatada foi no Banco Bradesco, alteração de 7,76% para 6,45% ao mês, variação negativa de 16,88% em relação à taxa de novembro. 

A pesquisa foi realizada pelo Procon estadual de São Paulo, com dados coletados no dia 4 de dezembro em sete instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Safra e Santander.

Segundo a entidade, os aumentos são reflexo da alta da Selic, que passou de 11,25% para 11,75% neste mês.

Cautela nos gastos

O Procon-SP recomenda que com o recebimento do 13º salário, o consumidor dê prioridade na quitação de dívidas e, na medida do possível, evite contração de novos empréstimos, visto que os juros estão em ascensão. Os consumidores devem, ainda, evitar a utilização do limite do cheque especial e o rotativo do cartão de crédito, programando seus gastos na exata medida do seu orçamento. 

E aos que tiverem possibilidade de quitar os tributos de início do ano como IPTU e IPVA, que o façam à vista, uma vez que os descontos costumam se apresentar bem vantajosos, diminuindo o comprometimento da renda nos meses seguintes. 

Fonte: G1

O presidente-executivo do HSBC pediu desculpas nesta segunda-feira (30) por vergonhosos e constrangedores erros cometidos sobre controles contra lavagem de dinheiro.

 

O banco separou US$ 2 bilhões para cobrir o custo de investigações nos Estados Unidos e para compensar clientes no Reino Unido sobre vendas de produtos questionáveis.

 

O maior banco da Europa registrou uma queda 3% no lucro e disse que fez uma provisão de 700 milhões para cobrir “certas questões regulatórias e de aplicação de lei” após um relatório do Senado dos Estados Unidos neste mês ter criticado o HSBC por permitir que clientes transferissem dinheiro de países considerados perigosos e pouco transparentes.

 

O relatório criticou uma cultura “perversamente poluída” no banco e disse que as operações mexicanas do HSBC haviam transferido US$ 7 bilhões para operações norte-americanas do banco entre 2007 e 2008.

 

“O que aconteceu no México e nos EUA foi vergonhoso, é constrangedor, é muito doloroso para todos nós na empresa”, disse o presidente-executivo, Stuart Gulliver, a repórteres em uma teleconferência, acrescentando que os custos eventuais podem ser “significativamente maiores”.

 

“Pedimos desculpas por nossos erros passados com relação a controles de lavagem de dinheiro e é uma prioridade da alta administração de agir dentro das medidas tomadas na gestão de risco e para assegurar o cumprimento das regras de maneira mais efetiva”, disse Gulliver.

 

MULTA DE US$ 1 BILHÃO

 

Analistas disseram que as investigações nos EUA podem resultar em uma multa de cerca de US$ 1 bilhão.

 

O HSBC também é um dos diversos bancos sendo investigados em um escândalo sobre manipulação de taxa de juros que abalou o setor. Gulliver disse ter apresentado informações aos reguladores, mas que ainda é cedo para dizer qual será o resultado ou estimar o custo potencial para o banco.

 

O HSBC reservou ainda US$ 1,3 bilhão para compensar clientes no Reino Unido pela venda enganosa de seguro de empréstimos a indivíduos e produtos de hedge de juros a pequenas empresas.

 

O banco teve um lucro antes de impostos de US$ 12,7 bilhões para os seis meses terminados em junho, alta de 11% sobre um ano antes e acima da previsão de analistas de US$ 12,5 bilhões.

 

Mas o lucro sem considerar ganhos de vendas de ativos nos Estados Unidos e perdas sobre o valor de sua própria dívida, teve queda de 3%, para US$ 10,6 bilhões.

 

Fonte: REUTERS

 

A Contraf-CUT, federações e sindicatos cobraram nesta segunda-feira (30) prevenção da Fenaban contra os sequestros de bancários e vigilantes, durante a terceira reunião deste ano da Mesa Temática de Segurança Bancária, em São Paulo. Trata-se de um dos principais problemas de insegurança e os casos ocorrem em todo país, envolvendo diferentes bancos. Os dirigentes sindicais apresentaram um conjunto de propostas, e o representante da Fenaban solicitou um tempo para avaliação, a fim de aprofundar a análise das medidas.

 

“Propomos o fim da guarda das chaves dos cofres e das agências e dos postos de atendimento por bancários e vigilantes, a contratação de empresas de segurança para fazer a abertura e fechamento das unidades, a utilização de tecnologias de controle remoto para abrir e fechar os estabelecimentos e a instalação de câmeras para monitoramento de imagens em tempo real nas áreas internas e externas das agências e postos”, destaca Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária.

 

“Também defendemos medidas pós-sequestro, como o fim das demissões e uma estabilidade provisória de 36 meses para as vítimas e a comunicação dos sequestros ao sindicato local e à Cipa”, ressalta. “É inaceitável que o bancário seja duplamente penalizado: uma pelo terror e trauma do sequestro e outra pela perda do emprego, muitas vezes por justa causa”, denuncia o diretor da Contraf-CUT.

 

“Além disso, é preciso melhorar a assistência dos bancos à saúde dos bancários sequestrados, o que é objeto da Mesa Temática de Saúde do Trabalhador”, acrescenta.

 

Para Ademir, todas as propostas apresentadas são oportunas, necessárias e viáveis. “Os lucros gigantescos dos bancos permitem a ampliação dos investimentos em segurança, que têm sido insuficientes”, enfatiza. Ele salienta que várias medidas de prevenção já estão sendo implantadas por alguns bancos. “Não há motivo para não estendê-las aos demais e garantir mais segurança para bancários e vigilantes”, aponta.

 

“Esperamos que as propostas sejam analisadas pelos bancos, pois a segurança é uma das prioridades da Campanha Nacional dos Bancários 2012, cuja minuta de reivindicações será entregue nesta quarta-feira (1º de agosto) à Fenaban. Queremos avançar nas medidas de segurança previstas na convenção coletiva e a prevenção de sequestros é fundamental para proteger a integridade física e psicológica dos trabalhadores”, afirma o dirigente sindical.

 

Fenaban informa 200 assaltos a bancos no primeiro semestre

 

Na reunião, a Fenaban informou a ocorrência de 200 assaltos, consumados ou não, incluindo sequestros, envolvendo agências e postos de atendimento, em todo país, no primeiro semestre deste ano. Foi a primeira vez que os dados semestrais foram apresentados, resultado da cláusula 31ª (Segurança Bancária – Procedimentos especiais), da Convenção Coletiva de Trabalho de 2011/2012.

 

A Fenaban também reapresentou números anteriores de assaltos por ano:

 

. 2000 – 1.903
. 2001 – 1.302
. 2002 – 1.009
. 2003 – 885
. 2004 – 743
. 2005 – 585
. 2006 – 674
. 2007 – 529
. 2008 – 509
. 2009 – 430
. 2010 – 369
. 2011 – 422

 

“Como não temos o número dos primeiros seis meses do ano passado, não podemos comparar a evolução da violência. Mas, levando em conta o total de 422 assaltos verificados em todo o ano passado, é possível projetar que a realidade não mudou em 2012 e, por isso, há necessidade de mais investimentos dos bancos na melhoria das instalações de segurança dos estabelecimentos”, frisa Ademir.

 

“Não aceitamos conviver essa violência que ameaça a vida de trabalhadores e clientes”, alerta. No primeiro semestre deste ano, 27 pessoas foram mortas em assaltos envolvendo bancos em todo país, conforme pesquisa da Contraf-CUT e da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), com base em notícias da imprensa, o que representa uma média assustadora de quatro vítimas fatais por mês.

 

Mesmo sem previsão na convenção coletiva, os dirigentes sindicais solicitaram os números de arrombamentos no período, bem como os dos crimes de “saidinha de banco” que começam dentro das agências. A Fenaban, porém, se negou a fornecer essas informações, alegando que tais dados não envolvem “relações de trabalho”.

 

“Não concordamos com essa desculpa da Fenaban, na medida em que arrombamentos e ‘saidinhas de banco’ mostram que as instalações são vulneráveis, geram sensação de insegurança e afetam a saúde de muitos trabalhadores”, disse Ademir. “A Fenaban deveria abrir também esses dados, avançar na transparência e seguir o bom exemplo da lei federal nº 12.527/2011, que regulamenta o direito constitucional de acesso dos cidadãos às informações públicas envolvendo os três poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios”, conclui o diretor da Contraf-CUT.

 

A próxima reunião da mesa temática será realizada após o final da Campanha Nacional.

 

Participação

 

Além da Contraf-CUT, participaram representantes da Fetec-SP, Feeb SP-MS, Fetraf-MG, Fetrafi-RS, Fetec-PR, Fetec-Centro Norte, Fetraf-Nordeste e Feeb RJ-ES.

 

Fonte: Contraf-CUT

Na semana em que a CUT promoverá um ato pela cassação do mandato do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) por incitação ao crime de estupro, o presidente da Central, Vagner Freitas, e ministras destacaram o papel de protagonismo das mulheres durante a abertura da 4ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora, nesta segunda-feira (16), em Brasília.

Vagner iniciou o seu pronunciamento com o pedido de uma salva de palmas à deputada Maria do Rosário (PT-RS), a quem Bolsonaro disse que não estupraria porque não merecia. A sugestão foi prontamente atendida e ressoou nos discursos seguintes.

O dirigente sindical destacou ainda que a precarização, o ritmo frenético e a terceirização são pilares do adoecimento dos trabalhadores. E ressaltou que a CUT defende a redução da jornada semanal para 40 horas sem redução de salário para todos os trabalhadores, além de estar ao lado dos servidores da saúde na campanha pelas 30 horas semanais.

Somos todos Maria do Rosário

Representante da Frente Parlamentar de Segurança e Saúde no Trabalho, a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) voltou ao tema da violência contra as mulheres ao apontar que a atitude do parlamentar com vasta ficha de ataques aos defensores dos direitos humanos representava um ataque a todas.

“Somos todas solidárias a Maria do Rosário para negação do instrumento da apologia do estupro como uma forma de prêmio”, destacou.

Ao referendar as palavras de Erika, a ministra da secretaria de políticas para as mulheres, Eleonora Menicucci, destacou que o ambiente de trabalho está doente pelas condições de trabalho que afetam a saúde mental, em especial, três pontos: o assédio moral e sexual que as trabalhadores sofrem em diferentes categorias no país.

“É uma vergonha adoecer por causa do trabalho, porque esse é o centro que estrutura a vida de mulheres e homens. E é evidente que nós, com nossas tripla jornada de trabalho, sofremos um processo de adoecimento muito mais visível. Quero que um dia não precisemos fazer mais de saúde do trabalhador e da trabalhadora falando em doença, mas sim em saúde. As mulheres tem a responsabilidade de colocar esses temas em debate, porque se formos esperar dos homens, é melhor nem sairmos de casa”, alertou a ministra.

15ª Conferência de Saúde vem aí

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, fez um balanço da 4ª Conferência em comparação às anteriores, a última delas, realizada há nove anos. Enquanto a serviu para estabelecer diretrizes, a segunda para avançar nessas diretrizes e a terceira para aprofundar temas específicos como a questão dos agrotóxicos, a quarta apresenta três desafios centrais.

“Não podemos perder de perspectiva o que já discutimos, que é pensar a saúde a partir da proposta de desenvolvimento social, econômico e ambientalmente sustentável. Precisamos também qualificar a capacidade dos Centros de Referência de Saúde do Trabalhador (Cerests) e cuidar de problemas que não são atendidos nesses espaços e deverão ser tratados em redes interconectadas”, disse.

Ao ler uma mensagem enviada pela presidenta Dilma Rousseff, Chioro divulgou a assinatura do decreto que convoca a 15ª Conferência Nacional de Saúde e destacou a importância desses espaços de debate na ampliação da democracia.

“Uma sociedade mais justa passa pelo compromisso do governo com a democratização de espaços de gestão, com maior transparência e maior participação social. Passa por desvendar os meandros da democracia e expor para a sociedade brasileira os mecanismos de gestão. Para isso, de fato, precisamos contar com um coração valente que possa suportar contradições e possa ter um compromisso inabalável com uma sociedade cada vez mais fortalecida pelos laços da democracia e dos direitos sociais”, apontou.

A 4ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador segue até quinta (18), quando realizará uma etapa final para apontar ao diretrizes de atuação sobre o tema.


Fonte: Luiz Carvalho – CUT

Banheiros imundos, insetos, ratos e pombos no refeitório, ar-condicionado em péssimo estado, ameaças, pressão desmedida pelo cumprimento de metas abusivas, assédio moral, desrespeito às pausas de descanso e salários muito baixos. Essa é a rotina de trabalho dos funcionários terceirizados que, por meio da empresa de call center Atento e outras, prestam serviços para os maiores bancos do Brasil. 

Os terceirizados realizam tarefas exclusivas de bancários, como venda de produtos, concessão de crédito e cobrança, têm acesso aos dados bancários dos clientes, mas ganham muito menos do que o piso da categoria, atualmente em R$ 1.638,62. Essa prática é caracterizada como terceirização da atividade-fim e é considerada fraude pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). 

“Não posso fazer trabalho de bancário recebendo R$ 800. Fui contratada para fazer cobrança, mas sou obrigada a vender produtos. Não trabalho para o Itaú, mas tenho que fazer acordo, argumentar para vender”, relata uma trabalhadora da unidade Belém. “Reclamei com a gestora e ela me ameaçou, falou que se eu não produzisse mais ia me demitir. O banco ameaça a Atento e a Atento ameaça a gente. No mês passado consegui R$ 300 mil para o Itaú e não recebi nem 10 centavos de comissão. Eu me sinto com se fosse uma escrava que trabalha por um prato de comida”, desabafa uma funcionária. 

A comissão – conhecida como variável -, aliás, é uma ilusão para muitos daqueles trabalhadores, segundo relatos. “Qualquer coisa é motivo para pontuação negativa, como sair do sistema para ir ao banheiro, a ligação cair no meio do atendimento ou a secretária eletrônica atender. Com isso não recebemos a variável”, conta outro terceirizado também do prédio localizado no bairro do Belém, na zona leste da capital paulista. 

As condições físicas de trabalho também são deploráveis, segundo as denúncias, com banheiros imundos, pragas e infraestrutura precária. “Vira e mexe quebra o ar-condicionado, o calor fica insuportável, a gente passa mal. O sistema é lento, vive caindo”, lembra um trabalhador. 

“Tem barata e pombo no meio do refeitório, o banheiro é imundo, o prédio em que a gente trabalha quase não tem janelas, o carpete é sujo, tem todo aquele pó, a gente cansa de ficar doente”, afirma uma colega. 

Justiça 

As péssimas condições de trabalho conferidas aos funcionários da Atento já motivaram punições na Justiça. O Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro condenou o Bradesco por terceirização ilegal, obrigando-o a contratar diretamente todos os trabalhadores da Atento e demais prestadoras de serviço que realizavam atividades bancárias, sob pena de multa diária de R$ 10 mil por cada trabalhador. Multa idêntica foi arbitrada à Atento, que ainda está proibida de prestar serviços bancários naquele estado. Cabe recurso. 

Para reforçar a ação judicial em andamento no TRT do Rio de Janeiro, o Sindicato vai informar àquela corte sobre a situação dos trabalhadores terceirizados em São Paulo e também a respeito de uma ação civil pública em andamento contra a Atento na 51ª Vara do Trabalho que trata da mesma matéria. 

O objetivo, segundo o secretário Jurídico do Sindicato, Carlos Damarindo, é que os bancos e as empresas interrompam essas atividades ilegais. “Essas empresas são de faixada. Por fora é tudo muito lindo, mas por dentro é pão bolorento. Os trabalhadores se iludem pensando que estão em uma grande empresa, mas a realidade é bem diferente.” 

O Sindicato acionou o Ministério Público do Trabalho (MPT) paulista, que está realizando uma ação conjunta com a entidade para acabar com essas práticas ilegais. “O trabalhador terceirizado deve procurar o Sindicato dos Bancários ou o Ministério Público do Trabalho e informar sobre sua situação. Quanto mais gente nos procurar e relatar denúncias, mais possibilidade de sucesso terão as ações na Justiça”, orienta Carlos Damarindo. 

Para acionar o Sindicato ligue 3188-5200 e peça para falar com a Secretaria Jurídica. A ação no MPT tem o número 0000058-46.5.02.0008. 


Fonte: Seeb São Paulo