Setembro 05, 2025
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Durante a mesa sobre Igualdade de Oportunidades, realizada com a Fenaban, nesta quinta-feira (11/7), como parte das negociações da Campanha Nacional de 2024, para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, o Comando Nacional dos Bancários mostrou que, na Consulta Nacional da Categoria Bancária, realizada neste ano com quase 47 mil trabalhadores do setor de todo o país, o tema Igualdade de Oportunidade apareceu na 5ª colocação entre as prioridades da classe, relacionadas às cláusulas sociais.

Além disso, o Movimento Sindical pediu, ainda, um novo Censo da Diversidade, onde todos os bancos façam adesão ao programa Empresa Cidadã e realizem ações de permanência e ascensão das populações mais vulneráveis.

Nilton Esperança, Presidente da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), representou a entidade na mesa.

Além dele, Carlos Pereira (Carlão), Secretário de Imprensa e Comunicação do Sindibancários-ES e representante da Intersindical, também participou da reunião.

Nilton Esperança comentou sobre a reunião.

“Colocamos na mesa a importância de se discutir a Lei de Igualdade Salarial, entre homens e mulheres e, também, falamos sobre as diferenças que existem entre negras e negros para pessoas brancas, nos bancos. Além disso, queremos: a ampliação do número de mulheres na área de TI; atualizar os relatórios de acompanhamento; e discutir assédio sexual e moral. Na pesquisa feita pelo movimento sindical, estes dados nos causaram preocupação e exigimos medidas mais efetivas para coibir estas condutas.”

E completou. “Pedimos para que a adesão ao programa da empresa cidadão também valha para a licença de maternidade. E que discuta o acesso e acolhimento de pessoas LGBTQI+ e trans. Precisamos retomar o censo com auto declaração. Sem discriminação e mais respeito.”

Nilton falou da importância da mobilização da categoria. “Temos que cobrar dos banqueiros todos esses pontos. Nos mobilizarmos. É necessária a participação de toda a categoria, para mostrar que estamos atentos e sentindo essas diferenças. E que estamos dispostos, em conjunto com o movimento sindical, a resolver essas disparidades.”

“A Fenaban diz está tentando evoluir nesses temas e disse que assumem o compromisso de discutir com os bancos, pois também estão de acordo com o movimento sindical. Vamos acompanhar e cobrar essas atitudes pois, para exemplificar, no fechamento das agências, a maioria das demissões foram de mulheres, por não estarem nos cargos principais. Queremos e vamos cobrar atitudes urgentes. Sugerimos mudar a cláusula: ao invés de aderir, queremos que todos os bancos tenham compromisso com as licenças maternidade e paternidade, assim que retornarem às suas atividades.”, finalizou.

Os trabalhadores colocaram na mesa números que revelam que existem grande desigualdade salarial e de acesso no setor bancário, com base em relatório elaborado pelo Dieese a partir de dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2022, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

“Esse resultado aponta que as mulheres bancárias percebem claramente a situação de desigualdade salarial entre gêneros e de ascensão profissional dentro das empresas”, destacou a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários Juvandia Moreira.

Apesar de representarem quase 48% da categoria, as bancárias tem remuneração média 20% inferior à remuneração média dos homens bancários. O recorte racial revela uma distorção ainda pior: as mulheres bancárias negras (pretas e pardas) têm remuneração média 36% inferior à remuneração média do bancário branco.

Por conta dessa diferença, para que as mulheres negras bancárias recebam a mesma remuneração que os colegas homens e brancos, elas teriam que trabalhar num mês de 48 dias ou mais 7 meses do ano para haver igualdade salarial.

“Quando olhamos o quadro geral, de todo o mercado de trabalho no país, as mulheres recebem cerca de 22% menos de remuneração que os homens. Então, o retrato da nossa categoria não é muito diferente do cenário nacional. Isso, é preocupante, porque mostra que, nos bancos, há um reflexo de desigualdades que precisa e deve ser combatido”, destacou Juvandia, que também é presidenta da Contraf-CUT.

As desigualdades salariais de gênero se repetem em praticamente todos os cargos do setor bancário, mas se aprofundam nos cargos de liderança, onde elas recebem cerca de 25% menos que seus pares, e quanto maior for a escolaridade, onde as bancárias com doutorado recebem 61% da remuneração média dos homens bancários também com doutorado. As mulheres recebem mais que os homens em apenas 2,8% do total das ocupações no setor bancário.

“Por que uma mulher negra recebe diferente de uma mulher branca ou um homem branco, exercendo a mesma função? Não há justificativa para isso, a não ser um problema estrutural que temos que enfrentar, por uma questão de reparação histórica”, alertou Neiva que também é coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (Seeb-SP).

Questão racial

Apesar de negros e negras representarem mais de 56% da população, segundo o IBGE, compõem 26,2% da categoria bancária, sendo que as mulheres negras apenas 12% do total de trabalhadores no setor. Esse dado, da Rais de 2022, mostra uma leve melhora no setor, considerando que, dez anos antes, em 2012, negros e negras representavam 18,9% da categoria.

Também há diferença salarial significativa entre homens bancários brancos e negros, com o segundo grupo recebendo remuneração média de 78,9% da remuneração média dos brancos.

“Para que os bancos não continuem reforçando essa discriminação que está materializada no dia a dia, entre homens e mulheres, negros e negras, precisamos de mudança, mas essa mudança só vai acontecer com diálogo e enfrentamento em pontos sensíveis como acesso e ascensão”, completou Juvandia.

Redução de mulheres na TI

Os bancários também mostraram que está havendo uma redução de mulheres contratadas em todos os cargos do setor. Entre janeiro de 2020 e maio de 2024, houve redução de 11.514 postos. Porém, quando é feito o recorte de gênero, o saldo positivo de emprego bancário entre homens foi de 1.331 postos, enquanto para as mulheres, foram eliminados 12.845 postos. Portanto, a cada um homem contratado no período, nove mulheres foram desligadas.

Nesse período, na área que teve mais contratação nos bancos, a de TI, ocorreram 19,9 mil admissões, porém, desse total 78% das vagas destinadas aos homens e o restante (22%) às mulheres.

Canais de combate ao assédio

A secretária da Mulher da Contraf-CUT e coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes, cobrou informações sobre a implementação das cláusulas conquistadas nas campanhas de 2020 e 2022, de prevenção e combate à violência doméstica e familiar e de combate ao assédio sexual.

“Queremos os números, saber quantas são e a forma como as mulheres vítimas foram atendidas, se foram acolhidas realmente, protegidas e não revitimizadas”, explicou Fernanda, apresentando, em seguida, os números dos canais “Basta! Não irão nos calar”, programa de assessoria jurídica humanizada a mulheres em situação de violência doméstica e familiar, de iniciativa do movimento sindical bancário.

“Atualmente temos 13 canais, com 449 mulheres já atendidas: desses total, foram geradas 235 medidas protetivas, com base na Lei Maria da Penha”, destacou.

Reivindicações

– Cumprimento da Lei da Igualdade Salarial entre homens e mulheres, especificamente no ponto sobre o Relatório de Transparência Salarial:

>Correção e adequação dos relatórios divulgados;
>Que divulguem os dados por empresa e não somente por estabelecimento (CNPJ);
>Que tragam o número absoluto de trabalhadores e trabalhadoras;
>E que os relatórios sejam compartilhados com os trabalhadores e com o Comando Nacional dos Bancários, para facilitar o acompanhamento.

– Realização do 4º Censo da Diversidade da categoria, o último foi divulgado em 2019.

Neste ponto, os trabalhadores lembraram que a realização do Censo da Diversidade é um compromisso firmado na CCT para ser realizado a cada cinco anos, período vencido.

– Olhar especial para as trabalhadoras e os trabalhadores transexuais, dada a vulnerabilidade social desse grupo, para que, além de terem acesso às vagas no setor, consigam permanecer e ascender na carreira.

“O Brasil lidera o ranking de países que mais matam pessoas trans no planeta, pelo 15º ano consecutivo”, destacou a secretária da Juventude da Contraf-CUT e militante LGBTQIA+, Bianca Garbelini, com base em dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), ressaltando que isso é fruto de um forte preconceito que leva essa população a ter uma expectativa média de vida de 35 anos no país, e também a terem piores condições de educação, saúde e trabalho.

“Mesmo quando acessam o emprego bancário, por causa do preconceito, muitos não conseguem prosseguir e outros não conseguem permanecer na carreira. Por isso, temos que conscientizar os demais trabalhares e trabalhadoras no setor”, completou.

“Dentro da pauta para os trabalhadores LGBTQIA+ nós destacamos a questão da população trans, por causa da sua grande vulnerabilidade, cobrando cota de acesso, políticas de formação e capacitação”, reforçou Juvandia Moreira.

Um dos exemplos bem sucedidos no setor, que foi destacado pelos trabalhadores, é o caso do Banrisul, que abriu um concurso público com cota de 1% para a população trans, e teve esse percentual superado no processo seletivo. Existe ainda um ordamento para que órgãos do governo federal tenham reserva de vagas em concursos públicos para transexuais e indígenas.

– Adesão de todos os bancos ao Programa Empresa Cidadã, para que todos pratiquem a licença maternidade de 180 dias e paternidade de 20 dias.

“Também pontuamos que as mulheres tenham a garantia de que não terão nenhum prejuízo em suas carreiras, no retorno da licença maternidade”, destacou Juvandia.

– Programas de promoção de acesso à ascensão de negros e negras, além de igualdade salarial para toda a categoria.

– Programas de promoção para acesso e permanência de mulheres nas áreas de TI.

– Balanço, por bancos, sobre a implementação e realização dos programas de combate ao assédio e de violência doméstica.

“Como resultado desta mesa, os representantes dos bancos indicaram o compromisso de buscar soluções para esses problemas. Vão se reunir com as empresas para trazer propostas que respondam as reivindicações da categoria”, destacou Juvandia.

Calendário

Julho
18 e 25/07 – Saúde e condições de trabalho: incluindo discussões sobre pessoas com deficiência (PCDs), neurodivergentes e combate aos programas de metas abusivas

Agosto
6 e 13/08 – Cláusulas econômicas
20/08 – Em definição
27/08 – Em definição

Fonte: Fetraf RJ/ES

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) se reúne com a direção do Banco Mercantil do Brasil, na próxima terça-feira (16). Em pauta, estarão o Programa Próprio de PLR e outros assuntos ligados a funcionárias e funcionários do Mercantil.

Em preparação, os membros da COE realização uma reunião preparatória, em 15 de julho, na qual serão debatidos, além da PLR própria, problemas enfrentados nos postos de atendimento avançado (PAAs) e departamentos, como a retirada da vigilância armada, e a exigência do Mercantil de que funcionários realizem panfletagem nas ruas para agregar novos clientes.

Vanderci Antônio, coordenador da COE, destacou que as denúncias são fundamentais para que os sindicatos atuem contra a gestão irresponsável do Mercantil. “São inúmeros relatos que recebemos diariamente seja em relação à insegurança ou outras formas de desrespeito e exploração contra trabalhadores. Com estas informações é que conseguimos agir prontamente em defesa da categoria”, afirmou.

Segundo Marco Aurélio Alves, funcionário do Banco e dirigente sindical, “para lucrar cada vez mais, o Mercantil está substituindo vigilantes armados por controladores de acesso terceirizados. Com isso, aumenta-se a insegurança em relação a crimes de roubo, furtos, transações eletrônicas fraudulentas, extorsão e até sequestro dentro dos PAAs. Isto afeta tanto trabalhadores quanto clientes, em especial aposentados e pensionistas do INSS”.

Fonte: Contraf-CUT

A categoria bancária de todo o país se reorganiza para mais uma ação na rede X, com um tuitaço, das 9h às 11h, para exigir igualdade de oportunidades aos trabalhadores do setor. Também estão previstas ações no Instagram, Facebook e grupos do WhatsApp, pelo fim das distorções salariais entre homens e mulheres, pelo combate à discriminação e por condições igualitárias nos processos de ascensão dentro dos bancos, para que mulheres, pessoas com deficiência (PcD), negros e negras e LGBTs tenham maior representatividade nos cargos de liderança.

As manifestações acontecerão no mesmo dia em que o Comando Nacional dos Bancários se reunirá com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na mesa de negociações sobre Igualdade de Oportunidades, como parte da Campanha Nacional de 2024, para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.

A orientação é que todos e todas utilizem a hashtag #JuntosPorIgualdade, marcando nas postagens a @Febraban. Um e-mail foi enviado, nessa segunda-feira (8), às entidades sindicais, com informações e materiais para o tuitaço.

“Na Consulta Nacional da Categoria Bancária, que realizamos neste ano com quase 47 mil bancárias e bancários de todo o país, o tema igualdade de oportunidades apareceu na quinta colocação entre as prioridades, porém quando separado por gênero, o tema subiu para a primeira colocação, entre as mulheres”, explica a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

A dirigente destaca que o relatório do Dieese, que será apresentado à Fenaban, na mesa de negociações, mostra que as mulheres bancárias tem remuneração média 20% inferior aos seus pares do sexo masculino. Quando feito o recorte racial, a situação piora, com mulheres bancárias negras com remuneração média 36% inferior à média do bancário branco do sexo masculino.

“Além de exigir igualdade salarial entre homens e mulheres, também levaremos à mesa o combate a todas as formas de discriminação, para que deixem de existir distorções que estão impedindo a diversidade nos cargos de liderança”, completa Juvandia.

A também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta do Sindicato de São Paulo, Osasco e Região, Neiva Ribeiro, ressalta que as distorções entre gênero na categoria se repetem em todos os cargos e se aprofunda, ainda que a mulher tenha maior grau de escolaridade. As mulheres bancárias com doutorado, por exemplo, recebem, em média, 61% da remuneração média de seus pares homens com o mesmo grau de formação.

“Não faz sentido essa diferença de remuneração, que se repete independente de cargos, e se torna ainda pior quando a mulher é mais estudada ou sobe de cargo. A única explicação é o machismo estrutural que precisa ser combatido e para que haja justiça social e respeito à lei de igualdade salarial que está em vigor”, completa.

O secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, reforça que os dados organizados pelo Dieese revelam que a interferência dos preconceitos estabelecidos na sociedade se repetem nas empresas bancárias.

“Mulheres negras ocupam 10% e os homens negros 13% dos cargos de liderança nos bancos. Se considerarmos todos os cargos dos bancos, negros e negras representam 26,2% de toda a categoria, sendo que as mulheres negras representam 12% desse total. Entretanto, no Brasil, a população negra em idade de trabalhar representam mais de 56% da população, segundo o IBGE, então é essa diversidade que precisamos alcançar”, pontua.

A secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Elaine Cutis, ressalta que igualdade de oportunidades é um tema central e essencial para os bancários. “A categoria, inclusive, que é a única com uma mesa específica e permanente para discutir essa questão, o que dela referência para as demais categorias”, ressalta.

“Já tivemos importantes avanços fruto desta mesa, mas os dados comprovam que ainda há muito o que fazer para termos um ambiente de trabalho mais inclusivo e igualitário. E, como estamos em um momento importante, de renovação da CCT, essa é a hora de transformarmos esse debate em efetivas conquistas para a categoria”.

Fonte: Contraf-CUT

Uma pesquisa encomendada pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) mostra que os participantes do fundo de pensão REG/Replan Saldado, da Federação dos Economiários Federais (Funcef), estão insatisfeitos com a proposta elaborada pelo banco e a Funcef para o equacionamento dos déficits do plano. Os resultados da pesquisa serão apresentados nesta quarta-feira (10), a partir das 16h, com transmissão ao vivo pelo Youtube.

Insatisfação

Realizada entre os dias 5 e 23 de junho, com 3.501 participantes do plano REG/Replan Saldado, a pesquisa revelou insatisfação com a proposta e com a falta de transparência no processo.

  • 63% rejeitam a redução da pensão por morte de 80% para 50% + 10% por dependente, limitada a 80%;
  • 67% contestam o fim do pecúlio por morte;
  • 54% reclamam da falta de transparência na construção da proposta.

Durante a live, também serão discutidas a responsabilidade da Caixa pelo contencioso e a revisão da meta atuarial, que a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Rao Financeiro (Contraf-CUT), a Fenae e outras entidades de representação e associativas das empregadas e empregados defendem como soluções para reduzir o equacionamento sem prejudicar os direitos dos participantes.

“Os resultados são muito claros! Os participantes, que são os donos do patrimônio do fundo, não concordam com as medidas daqueles que administram seu dinheiro e querem ser ouvidos sobre a proposta de solução”, disse diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil.

Para o presidente da Fenae, Sergio Takemoto, os resultados da pesquisa indicam claramente a necessidade de uma nova proposta. "Os participantes deixaram claro que não aceitam as medidas da Caixa e da Funcef, que retiram seus direitos. A Caixa precisa assumir suas responsabilidades, e a construção deve ser coletiva, incluindo as entidades representativas dos participantes em um processo de negociação", afirmou.

Além de Eliana Brasil e Sergio Takemoto, o diretor de Saúde e Previdência da Fenae, Leonardo Quadros, o diretor de Benefícios da Funcef, Jair Pedro Ferreira, e a advogada Gláucia da Costa, do escritório LBS Advogados participarão do ato de apresentação da pesquisa.

Nesta terça-feira, 9 de julho, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense participou da inauguração do estúdio de comunicação da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), através dos diretores Pedro Batista, José Laércio, Renata Soeiro, Elizabeth Paradela, Solange Ribeiro e Newton França.

O estúdio foi batizado de “Estúdio de Comunicação Paulo Roberto dos Santos Garcez”, em homenagem ao ex-Secretário Geral da entidade que, além de um profissional dedicado, era um fervoroso defensor de uma comunicação mais abrangente.

O espaço conta com modernos equipamentos e complementa os demais canais de comunicação da entidade, prometendo dar um salto de qualidade, investindo em tecnologia, e acompanhando os novos tempos, para a produção de conteúdos, como a criação de podcasts e fortalecimento do canal do YouTube.

Além disso, busca ampliar o diálogo e o alcance com a categoria bancária.

O evento contou com a presença de diretores e diretoras de todos os Sindicatos filiados à Fetraf RJ/ES - Angra dos Reis e Região, Baixada Fluminense, Espírito Santo, Itaperuna e Região, Macaé e Região, Nova Friburgo e Região e Três Rios e Região -, além de convidados, amigos e familiares de Garcez.

“Vimos a necessidade da nossa entidade estar presente nos mais diversos meios de comunicação, como podcasts, pois grande parte da categoria utiliza estas plataformas. Além disso, o estúdio estará sempre disponível para nossos Sindicatos filiados.”, comentou Nilton Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES.

*com informações da Fetraf RJ/ES


Na tarde de sexta-feira (5), os financiários se reuniram com a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) para a segunda reunião da Campanha Nacional 2024 da categoria. O principal resultado do encontro foi a definição do calendário das negociações. Veja as datas abaixo.

O coordenador do Coletivo Nacional dos Financiários da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Jair Alves, destacou a importância da reunião. "O principal objetivo deste encontro era estabelecer o calendário e os pontos de discussão para avançarmos na mesa de negociação. Agora, podemos nos preparar efetivamente para todos os encontros e avançar nos temas," afirmou Alves.

Para Magaly Fagundes, secretária de Organização do Ramo Financeiro e Política Sindical da Contraf-CUT, a construção do calendário representou um avanço essencial. "Com as datas de negociações definidas, podemos nos programar para dividir os encontros por temas. Isso nos permitirá buscar avanços importantes para os trabalhadores e finalizar a Campanha Nacional 2024 o quanto antes," explicou.

Rosto dos financiários

Durante o encontro, o movimento sindical solicitou a organização de uma pesquisa sobre a categoria, com o objetivo de compreender mais profundamente os trabalhadores que a compõem. "A iniciativa visa obter um perfil detalhado dos financiários, suas necessidades e desafios, fortalecendo assim as negociações futuras," explicou Jair Alves.

Magaly Fagundes ressaltou que também foi reivindicada a lista das empresas que serão signatárias da Convenção Coletiva de Trabalho, bem como o número de trabalhadores em cada uma delas.

Calendário de Negociações:

12/07 – Cláusulas sociais/ Igualdade de oportunidades (Tarde)

16/07 – Emprego (Manhã)

19/07 – Saúde e condições de trabalho (Tarde)

23/07 – Cláusulas econômicas (Manhã)

30/07 – Cláusulas econômicas (Tarde)

Fonte: Contraf-CUT

 

Na próxima quinta-feira (11), o Comando Nacional dos Bancários volta a se reunir com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), desta vez para debater Igualdade de Oportunidades e reivindicar o fim das distorções salariais entre gêneros, o combate ao preconceito e condições igualitárias nos processos de ascensão dentro dos bancos, para que mulheres, pessoas com deficiência (PCDs), negros e negras e LGBTs tenham maior representatividade nos cargos de liderança.

O encontro faz parte das negociações da Campanha Nacional de 2024, para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.

“O que nós queremos é promover um ambiente de trabalho inclusivo e com respeito, combatendo as distorções do preconceito, da discriminação que nós vemos na sociedade. Com isso, possibilitar a inclusão, o acesso ao emprego bancário e a ascensão profissional, sem a interferência desses preconceitos estabelecidos na sociedade”, destacou a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

A secretária da Mulher da Contraf-CUT e coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes, completou que apesar de as mulheres representarem cerca de 50% do quadro, essa proporção não se reflete nos espaços de gerência e de comando na instituição. “E essas distorções são mais aprofundadas em relação a raça, orientação sexual e identidade de gênero”, destacou, lembrando que, por causa do preconceito e violência, “pessoas trans têm elevada dificuldade de conseguir ocupações e possuem expectativa média de 35 anos de vida no Brasil”.

A também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Sindicato de São Paulo, Osasco e Região (Seeb-SP), Neiva Ribeiro, lembrou que o Brasil já tem uma lei de igualdade salarial entre homens e mulheres, de iniciativa do governo Lula, e aprovada pelo Congresso Nacional em 2023. “A categoria bancária, inclusive, fez parte do grupo de trabalho interministerial, sobre a implementação dessa lei, que também propõe iniciativas para o combate ao assédio e em favor da igualdade de gênero em cargos de direção e gestão das empresas”, completou.

Tamanho das distorções

Relatório do Dieese, elaborado com base nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostra que as mulheres bancárias ganham em média 22% menos que os homens bancários. O mesmo trabalho aponta que as mulheres negras bancárias têm remuneração média 38% inferior à remuneração média dos homens brancos que são bancários.

A média de remuneração na categoria bancária é R$ 8.082. A partir do recorte racial, o Dieese mostra que, homens brancos estão no topo, com remuneração média de R$ 9.570, seguidos dos homens negros (R$ 7.526), mulheres brancas (R$ 7.401) e mulheres negras (R$ 5.950).

“Para que as mulheres negras bancárias recebam a mesma remuneração que os homens brancos bancários, elas teriam que trabalhar um mês de 48 dias, ou seja, 18 dias a mais. Outra forma de entender isso é dizer que o ano da bancária negra precisaria de mais 7 meses para que a igualdade salarial fosse estabelecida”, explicou a economista do Dieese, Rosângela Vieira.

Uma das explicações para esse quadro é a menor participação das mulheres negras em cargos de liderança. “Enquanto os homens brancos respondem por 39% dos cargos de liderança, as mulheres negras respondem por apenas 10% dos cargos de liderança”, observou Rosângela.

Considerando todos os cargos da categoria bancária, os homens representam 52,2% e as mulheres 47,8% do total de trabalhadores. Ao analisar o recorte racial, as mulheres negras (pretas e pardas) representam 11,7% da categoria, as orientais 1,3% e as indígenas apenas 0,1%.

PCDs e LGBTs

Também com base na RAIS, o relatório do Dieese apontou que a proporção de trabalhadores com deficiência contratados representa apenas 4% da categoria.

Em relação às trabalhadoras e trabalhadores que fazem parte da comunidade LGBT, não existem dados atualizados e não é possível o levantamento a partir da RAIS. O último levantamento a respeito foi realizado pela Febraban em 2014, quando cerca de 15% da categoria havia informado, na época, que não se identificava como heterossexual.

Manter e ampliar conquistas

Juvandia lembrou que a categoria bancária é a única que possui uma mesa permanente dedicada ao tema Igualdade de Oportunidades. “São muitos os avanços que conquistamos desde o estabelecimento desta mesa, mas precisamos nos manter unidos para manter cláusulas e avançar em novos direitos, sobretudo na igualdade salarial”, completou.

A seguir, as conquistas ligadas à igualdade de oportunidades obtidas pelas bancárias e bancários na CCT:

2002 – Inclusão do tema igualdade de oportunidade nas mesas de negociação;
2008 – Conquista do primeiro Censo da Diversidade;
2009 – Licença-maternidade de 180 dias e extensão dos parceiros do mesmo sexo nos planos de saúde;
2010 – Inclusão da cláusula que criou o programa de combate ao assédio moral;
2012 – Conquista do 2º Censo da Diversidade;
2016 – Licença-paternidade de 20 dias;
2017 – Reconhecimento do direito de uso do nome social no crachá e nos sistemas dos bancos;
2018 – 3º Censo da Diversidade;
2020 – Programa de prevenção à violência doméstica e familiar contra bancárias, incluindo a criação de canais de acolhimento, orientação e auxílio às mulheres em situação de violência doméstica e familiar;
2022 – Cláusula que estabelece programa de combate ao assédio sexual nos bancos.

Fonte: Contraf-CUT

Bancárias e bancários devem ficar atentos: se ainda não tiverem usufruído da folga assiduidade prevista na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). O prazo termina em 31 de agosto de 2024 e a data deve ser definida em conjunto com o gestor.

Conquistada em 2013, a folga assiduidade está prevista na cláusula 24 da CCT 2022/2024 e é devida a todos com um ano de vínculo empregatício. Para ter direito agora, o bancário não pode ter falta injustificada no período de 01/09/2022 a 31/08/2023.

A folga não pode ser convertida em pecúnia (dinheiro), não adquire caráter cumulativo e não poderá ser utilizada para compensar faltas ao serviço.

O banco que já concede folgas ao empregado, como “faltas abonadas”, “abono assiduidade” ou “folga de aniversário” fica desobrigado do cumprimento da cláusula. Na CAIXA, devido aos cinco dias de APIP (Ausência Permitida para tratar de Interesse Particular), também não há concessão da folga assiduidade.

Qualquer problema, comunique ao Sindicato.

 

A próxima reunião de negociação entre a representação das empregadas e empregados com a Caixa Econômica Federal, para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico dos trabalhadores do banco será na sexta-feira (12). Em pauta estarão temas relacionados à jornada de trabalho e à manutenção dos mesmos direitos de quem trabalha presencialmente para quem cumpre sua jornada de forma remota.

Os temas são tratados nos artigos 8º, 9º, 10, 23, 24, 33, 37, 61, 68 e 70 da pauta de reivindicações aprovada durante o 39º Congresso dos Empregados da Caixa (Conecef) e ratificada pela 26ª Conferência Nacional dos Bancários, que ocorreram, em São Paulo, entre os dias 4 a 6 e 7 a 9 de junho, respectivamente.

“São temas importantes, que sequer precisariam ser debatidos se a Caixa cumprisse o que determina a legislação específica. Um exemplo disso é quando o banco deixa de pagar horas-extras, que pediu para o empregado fazer, por não haver dotação de recursos para pagá-las. Com isso, o empregado trabalha a pedido do banco, mas não recebe pelo trabalho realizado”, explicou o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro.

“Também queremos que os direitos estabelecidos na Convenção Coletiva de Trabalho da categoria e no ACT sejam válidos para todas as empregadas e empregados, seja o trabalho realizado presencialmente, ou de forma remota, em teletrabalho”, completou Rafael.

Jornada de quatro dias

As empregadas e empregados da Caixa, assim como toda a categoria bancária, também reivindicam a manutenção da abertura das agências de segunda a sexta-feira, mas que cada trabalhador cumpra sua jornada diária de cinco horas em apenas quatro dias por semana.

“A sobrecarga de trabalho e a baixa qualidade de vida levam ao adoecimento físico e mental, como o estresse e a estafa. Esses transtornos têm levando ao sofrimento e a mais adoecimento e isso pode culminar em tragédias irremediáveis”, disse a diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil. “Uma semana de quatro dias possibilita a construção de uma sociedade mais saudável”, completou.

Pesquisas realizadas pela Contraf-CUT, em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) e com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontam que a categoria bancária é a mais acometida por doenças mentais relacionadas ao trabalho.

Não é novidade!

E a redução de jornada para quatro dias semanais não é uma novidade reivindicada pela categoria bancária. Experiências realizadas em empresas no Brasil e fora do país mostram impactos positivos, tanto na qualidade de vida dos trabalhadores, quanto para as próprias empresas.

O primeiro país a adotar a jornada reduzida foi a Islândia, após experiência iniciada em 2015. Em 2022, o governo da Espanha iniciou projetos pilotos em empresas do setor industrial. Nos Estados Unidos e na Irlanda, após uma experiência de seis meses, implementada pela organização não governamental 4 Day Week Global, 27 empresas decidiram não voltar mais à jornada de cinco dias semanais.

Em todas as experiências citadas houve crescimento na receita das empresas, com melhoria na produtividade dos funcionários. Estes, por sua vez, ficaram mais satisfeitos, apresentaram melhorias na saúde física e mental, ficaram menos esgotados, tiveram menos insônia e fadiga.

No Brasil, a 4 Day Week Global iniciou testes com 21 empresas em janeiro de 2024. Resultados parciais mostram que 61,5% delas tiveram melhoria na execução de projetos; 58,5% na criatividade e inovação; 44,4% na capacidade de cumprir prazos; 33,3% na capacidade de angariar clientes.

“E não há que se falar em perdas para o banco. Com empregados mais satisfeitos, melhorias na saúde e na capacidade de gerar negócios, todos devem sair ganhando, inclusive o banco”, observou Rafael de Castro. 

Negociações com a Caixa

As negociações para a renovação do ACT das empregadas e empregados da Caixa serão realizadas no dia seguinte ao das reuniões entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria bancária. Segue abaixo o cronograma.

Julho
12 de julho
19 de julho
26 de julho

Agosto
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Fonte: Contraf-CUT

Os membros da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) utilizaram sua presença em Brasília para a segunda reunião de negociação da Campanha Nacional 2024 e o julgamento da liminar que mantinha o pagamento da gratificação dos caixas do BB, realizados na quarta-feira (3), para entregar a minuta de reivindicações específica da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) na manhã desta quinta-feira (4).

“A negociação é com a direção do BB, mas consideramos importante levarmos para a Cassi as pautas específicas levantadas no Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, realizado no início de junho”, destacou Fernanda Lopes, coordenadora da CEBB.

A entrega do documento foi realizada na sede da Cassi. A principal demanda dos funcionários é a ampliação da rede credenciada da Cassi e das unidades da CliniCassi. Também foi debatida a importância de reavaliar o custeio da Caixa de Assistência, uma demanda que a CEBB levará à mesa específica de negociações com o Banco do Brasil.

Os quatro diretores da Cassi presentes na reunião detalharam as ações em execução, destacando o foco no aumento do credenciamento e a preocupação com a prevenção de doenças entre os associados.

“A Campanha Nacional 2024 tem como objetivo principal a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), e a entrega da minuta de reivindicações à Cassi representa um passo importante na luta pelos direitos dos funcionários do Banco do Brasil. A diretoria informou que já está em andamento o investimento para ampliação da rede credenciada”, completou Gustavo Tabatinga Júnior, secretário-geral e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na CEBB.

Fonte: Contraf-CUT