Maio 11, 2025
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Nas últimas semanas, depois que publicamos matéria sobre nossa reivindicação de melhorias no Credplan, muitos participantes foram aos canais da Fenae para manifestar preocupação com as condições oferecidas pela Funcef. Nesta terça-feira (16), a Fenae se reunirá com o presidente da Funcef, Carlos Antonio Vieira, para relatar as principais demandas dos participantes e apresentar um conjunto de propostas para aprimoramento. As análises e simulações que fizemos indicam que é possível reduzir em quase 45% o valor inicial das parcelas, bem como a renda mínima exigida para tomar o limite de crédito.

Nos últimos dois anos, apesar de ter uma carteira rentável e equilibrada, as operações com participantes sofreram mudanças que as tornaram menos acessíveis e mais caras. Uma das alterações prejudiciais aos participantes se deu no sistema de amortização, com a substituição da tabela Price pela tabela SAC. Com isso, o valor das primeiras parcelas passou a ser mais alto.

“As operações com participantes sempre foram rentáveis, não havia por que encarecer esse benefício. Pelo contrário, era necessário baixar taxas e deixa-lo mais acessível. Os gestores da Funcef conseguiram piorar em lugar de avançar mais”, questiona a diretora de Saúde e Previdência da Fenae, Fabiana Matheus.

Participantes não querem taxas variáveis
Muitos participantes perguntam por que as taxas do Credplan não são fixas, mas sim variáveis, outra característica do Credplan que gera insegurança nos trabalhadores. A linha de crédito tem taxas que variam de INPC + 6,2% a INPC + 7,7% ao ano, sempre na dependência da evolução dos indicadores econômicos, que podem fazer a taxa final oscilar para mais ou para menos.

Em termos financeiros, a correção do INPC por um lado gera uma imprevisibilidade do valor da parcela para o participante, mas por outro mitiga o risco da Funcef, que se previne contra as possíveis variações da inflação. Pelas atuais projeções do Banco Central para o INPC, a taxa fixa do Crediplan deveria ser de 12,16% para o que o contrato oferecesse o mesmo retorno à Fundação quando comparado ao INPC + 7,7%, por exemplo.

No entanto, dado o risco que a Funcef precisaria assumir com a taxa fixa, poderia ser necessária alguma medida compensatória, como a criação de algum fundo semelhante ao que já existe para casos de morte do participante, de modo a mitigar os impactos do risco de inadimplência. Isso poderia ser feito com os próprios recursos dos planos, sem a necessidade de contratação de seguradoras.

Tem espaço para ajudar quem está no equacionamento
Na avaliação da Fenae, até mesmo os valores a serem pagos por conta dos planos de equacionamento poderiam caber nesse limite de crédito, como forma de ajudar ativos e aposentados. Com patrimônio de cerca de R$ 60 bilhões, os planos da Funcef dispõem de reservas e de todas as condições para proporcionar isso aos participantes. 

A Lei nº 3792 determina que o volume de recursos passível de utilização nas operações com participantes está limitado a 8% do patrimônio de cada plano. A Funcef, porém, opera bem abaixo desse limite e tem bastante espaço para expansão.

No Reg/Replan Saldado, cujos participantes sofrem com o equacionamento e em breve passarão a pagar mais de 20% em contribuições extraordinárias, os recursos consignados chegam somente a 3,11% do patrimônio do plano, segundo dados de 2016. No Não Saldado, os empréstimos chegam a 1,65%.

Simulação
Simulamos um empréstimo no limite máximo permitido (R$ 95 mil) pelo prazo máximo disponível (96 meses) e comparamos as condições atuais com melhorias que sugerimos. Conforme a análise realizada, com a combinação de todas as melhorias propostas e devidamente explicadas abaixo, a redução na parcela inicial e na renda mínima exigida para o limite máximo de crédito se reduzem em expressivos 44,5%.

1) Nas condições vigentes, o valor das parcelas iniciais seria de R$ 2.018,00. Se aplicarmos as novas premissas, os impactos são os seguintes:

  • Adoção da tabela Price: - R$ 282,00
  • Taxa de juros fixa (12,16%): - R$ 185,00
  • Expansão do prazo para 120 meses: - R$ 365,00
  • Redução de 1p.p. na taxa de juros: - R$ 49,00
  • Redução da taxa de administração para 0,15%: - R$ 17,00

O valor inicial das parcelas com as novas premissas passaria a ser de R$ 1.119,00.

2) Se consideramos a renda bruta mínima exigida pela Funcef para a concessão do limite total (R$ 95 mil), a redução também é significativa. Hoje, o participante precisa ter um salário de R$ 6.725,00 para pegar o empréstimo. Com os avanços propostos, porém, a situação muda muito:

  • Adoção da tabela Price: - R$ 940,00
  • Taxa de juros fixa (12,16%): - R$ 616,00
  • Expansão do prazo para 120 meses: - R$ 1.218,00
  • Redução de 1p.p. na taxa de juros: - R$ 163,00
  • Redução da taxa de administração para 0,15%: - R$ 57,00

O valor da renda bruta mínima necessária para que o participante possa ter acesso ao limite máximo de empréstimo passaria a ser R$ 3.732,00, permitindo que um maior número de pessoas tenha acesso ao valor máximo do empréstimo.

Entenda os avanços propostos
O CredPlan tem taxas que variam de INPC + 6,2% a INPC + 7,7% ao ano, com limite de R$ 95 mil e período máximo de 96 meses, tudo isso sujeito ao sistema de amortização conhecido como SAC, no qual as primeiras parcelas são mais caras e se reduzem ao longo do tempo. Para gerir a operação, a Funcef cobra uma taxa de administração de 0,5% ao mês sobre o valor da parcela.

Para identificar os pontos que podem melhorar, fizemos uma comparação com outros fundos de pensão brasileiros e estudamos a carteira da Funcef nos últimos cinco anos para identificar os ajustes necessários.

Rentabilidade permite redução de custos
A análise da rentabilidade da carteira de operações com participantes indica que, nos últimos cinco anos, Credplan apresentou rentabilidade três vezes superior a dos demais ativos da Funcef. Enquanto a carteira da fundação em geral obteve valorização de 35% no período, os empréstimos chegaram a 105%. Como o objetivo não é gerar lucro, mas sim a oferta de um benefício de extrema importância garantindo o atingimento da meta atuarial, fica nítido que há muito espaço para deixar o Credplan mais barato para o participante sem comprometer resultados.

No período analisado, a rentabilidade da carteira de operações com participantes da Funcef é a segunda maior entre os grandes fundos de pensão. Acima da Funcef, somente a Petros, com 118%. Em terceiro lugar, está a Valia, com 88%, seguida pela Previ, com 85%.

Tem espaço para reduzir taxas de juros
As taxas de juros reais praticadas pela Funcef no Credplan precisam diminuir, e há espaço para isso. A análise da carteira da Funcef, considerando a meta atuarial vigente até 2017 (INPC + 5,5%) e o índice de inadimplência de 0,57% registrado pela fundação no Balancete de junho de 2017, indicava que as taxas de juros cobradas no Credplan estavam elevadas. Contudo, tomando por base a decisão de redução da meta em 1p.p anunciada no final do ano passado, o espaço para diminuição da taxa de juros é ainda maior.

Com a nova meta atuarial de INPC + 4,5%, o mínimo que se espera é uma redução proporcional nas taxas de juros já cobradas, ainda que seja viável e necessária uma diminuição ainda mais acentuada., desde que se preserve a sustentabilidade da carteira. A redução na taxa de juros representará outro ganho significativo para os participantes, conforme é demonstrado na simulação apresentada ao final deste estudo.

Tem espaço pra reduzir a taxa de administração
Dos fundos que cobram taxa de administração, a Funcef é a mais cara. A taxa praticada pela Petros é de 0,25%, enquanto a Previ cobra 0,1% em um de seus planos e 0,2% no outro, formando uma média de 0,15%. Valia não adota taxa de administração, embora tenha as taxas de juros mais altas. A Funcef, por sua vez, cobra 0,5%, a taxa mais elevada.

Tem espaço para aumentar prazo
Para quem está apertado, diluir o empréstimo em um número maior de parcelas pode ser uma solução que proporcione tranquilidade e comprometa uma fatia menor do orçamento mensal. Porém, a Funcef é a que oferece o menor prazo (96 meses) para concessão de empréstimos. Valia e Petros chegam a 120 meses, ou dois anos a mais.

No entendimento da Fenae, com taxas adequadas, é possível proporcionar mais conforto para os participantes por meio de um número maior de parcelas, que permita diluir os valores a serem pagos mensalmente.

Tem espaço para aumentar limite
O limite de empréstimo também pode crescer. A Funcef empresta até R$ 95 mil, enquanto a Petros chega a R$ 147,3 mil para participantes com reserva, e a Valia chega a R$ 500 mil. O limite praticado pelo fundo de pensão dos trabalhadores da Vale, sexto maior do país, chega a ser mais que o quádruplo da Funcef, que ocupa a terceira posição no ranking dos fundos de pensão.

Considerando que muitos participantes já têm suas margens de consignação comprometidas por empréstimos junto à fundação e à própria Caixa Econômica Federal, e que um grande número também já foi atingido pelos planos de equacionamento, a possibilidade de ampliar o limite de crédito seria um alento, mas desde que se respeitasse a margem de consignação.

Tem espaço para mudar o sistema de amortização
A mudança recente no sistema de amortização, da tabela Price para a tabela SAC, é um retrocesso. A tabela SAC, que deixa as primeiras parcelas mais altas e reduz o valor mensal com o passar do tempo, tem efeito excludente.

Para tomar o limite máximo de empréstimo (R$ 95 mil), conforme a Tabela SAC, o participante precisa ter uma renda mínima consignável de R$ 6.725,00, para pagar as parcelas iniciais que terão valor próximo a R$ 2.000,00. No sistema Price, não se alterando qualquer outra variável, a renda mínima exigida seria de R$ 5.785,00, 14% menor, enquanto as primeiras parcelas ficariam em torno de R$ 1.736,00, 14% mais baratas.

Se por um lado, a tabela Price proporciona parcelas iniciais menores que cabem com mais folga na margem consignável do participante, este sistema de amortização gera um valor total maior a pagar até o final do período. Já a tabela SAC torna as primeiras parcelas mais altas, um fator excludente para muitos participantes que não têm a renda mínima necessária, mas resulta em um valor total menor no final do prazo. Diante disso, o ideal seria dar ao participante a opção de escolher o sistema de amortização mais interessante para o seu caso.

Fonte: Fenae

O banco Santander foi o banco com maior índice de reclamações no quarto trimestre de 2017 entre as instituições financeiras com mais de 4 milhões de clientes, segundo levantamento divulgado pelo Banco Central do Brasil (BCB) nesta segunda-feira (15). O banco espanhol já havia sido o “campeão” de queixas no terceiro trimestre de 2017.

Segundo levantamento do Banco Central, o banco espanhol lidera o ranking de reclamações com um índice de 42,87, seguido pela Caixa Econômica Federal, com índice de 33,24 e pelo Bradesco, com 25,63. Em quarto está o Banrisul, com índice de 25,06 e em quinto o Banco do Brasil, com 24,50.

Foram 110 tipos diferentes de reclamações contra o conglomerado Santander. As cinco com maior número de reclamações foram: 776 queixas contra “Irregularidades relativas a integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços disponibilizados em internet banking”; 625 contra “Terminais eletrônicos e internet”; 501 contra “Insatisfação com o atendimento prestado pelo SAC ou Central de Relacionamento”; 384 contra “Oferta ou prestação de informação a respeito de produtos e serviços de forma inadequada”; e 376 contra “Insatisfação com a resposta recebida da instituição financeira referente à reclamação registrada no BCB”.

“A manutenção da liderança no ranking de reclamações é uma prova de que a gestão do midiático Sergio Rial está preocupada apenas com a obtenção do lucro, mesmo que seja preciso cortar direitos dos funcionários e desrespeitar os clientes, que têm atendimento e serviços cada vez mais precarizados. A responsabilidade por tamanha insatisfação é exclusiva da direção do banco e sua ganância sem limites”, disse a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados do Santander, Maria Rosani.

Índice
Para calcular o índice de reclamações, o BC divide o número de reclamações pelo de clientes e multiplica o resultado por 1.000.000. Quanto maior o índice, pior a classificação da instituição. Antes publicado a cada dois meses, o ranking passou a ser trimestral em 2017.

Fonte: Contraf-CUT

Em sua política de "retomada" econômica, o governo Temer garantiu mais um meio de aumentar arrecadação, ao deixar de corrigir a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física. De acordo com estudo divulgado pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional), a atual gestão interrompeu uma sequência de 11 anos de correção, ainda que na maior parte das vezes abaixo da inflação. Nos dois últimos anos, com inflação de 9,4%, nenhum reajuste, aumentando a diferença.

Segundo o sindicato, de 1996 a 2017 o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, taxa oficial de inflação no país) somou 294,93%, enquanto a tabela do Imposto de Renda foi corrigida em 109,63%. Com isso, há um resíduo de 88,4%, que é o quanto o contribuinte paga a mais.

"A não correção da tabela do IR faz com que o contribuinte pague mais imposto de renda do que pagava no ano anterior", diz o Sindifisco. "Ao não corrigir integralmente a tabela, o governo se apropria da diferença entre o índice de correção e o da inflação, reduzindo a renda disponível de todos os contribuintes."

Essa defasagem varia conforme a alíquota: 86,8% para a faixa de isenção e para a de 7,5%, 88,57% na faixa de 15%, 89,46% na de 22,5% e 90,37% na última, de 27,5%. A atual faixa de isenção é de R$ 1.903,98. Se o resíduo médio calculado pelo sindicato fosse aplicado, essa faixa subiria para R$ 3.556,56.

"A correção da tabela do IR pelo índice integral da inflação evitaria uma distorção comum na política tributária brasileira dos últimos 21 anos: o pagamento de mais imposto de renda, mesmo por aqueles que não tenham auferido ganhos reais", diz o Sindifisco, que fala em "séria ofensa" aos princípios constitucionais da capacidade contributiva e da progressividade.

"A conjunção de ambos diz que quem ganha mais deve pagar progressivamente mais. Porém, a não correção integral da tabela faz com que muitos daqueles que não ganharam mais, ou mesmo ganharam menos, paguem mais", acrescenta a entidade. "É, portanto, uma política regressiva, desprovida de um senso maior de justiça fiscal e que, por estas razões, conduz à ampliação das desigualdades distributivas do País."

O Dieese lembra que a política tributária "é um dos principais instrumentos de distribuição de renda de uma nação", mas observa que para isso "é necessário um sistema tributário que tenha como princípio a progressividade na forma de incidência". Assim, além da correção anual da tabela, seria preciso criar novas faixas de rendimentos.

 

FONTE: Rede Brasil Atual

Como forma de oferecer ao leitor a sequência de assuntos abordados até dezembro de 2017, os diretores e conselheiros eleitos pelos associados da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil – CASSI juntaram em um caderno com todas as 40 edições do boletim “Prestando Contas”. O objetivo é atender as inúmeras solicitações dos participantes da Cassi, que veem nesses periódicos a oportunidade de receber explicações qualificadas sobre o dia a dia da gestão da Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento.

“Prestando Contas” é veiculado por meio das entidades do funcionalismo e tem por finalidade a valorização da cultura do pertencimento de todos na Cassi e a melhoria da participação nos programas de saúde para que cada participante cuide mais e melhor da assistência recebida.

Para baixar o caderno com todas as edições do “Prestando Contas” está disponível na área de publicações do site da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Fonte: Contraf-CUT

Apesar das comemorações do governo golpista de Michel Temer (PMDB) de que a inflação de 2017 foi a menor desde 1998, os números do IBGE evidenciam, de fato, a recessão da economia brasileira, o que a mídia golpista esconde. Também não merecem destaque nas redes de comunicação, que estão nas mãos de meia dúzia de famílias ricas, o aumento do desemprego e o reajuste do salário mínimo abaixo da inflação, descumprindo a legislação assinada pela presidenta deposta Dilma Rousseff (PT).

“O reajuste do mínimo em 1,81% contra o INPC de 2,07% anunciado pelo IBGE reduz o poder de compra da classe trabalhadora e tem um brutal impacto negativo nas negociações coletivas”, afirma o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.

Além disso, o índice rebaixado será parâmetro para o reajuste de aposentados e pensionistas, que recebem acima de um salário mínimo, e poderá ter usado de novo pelo governo Sartori na definição do projeto de reajuste do mínimo regional no RS, a ser enviado no início de fevereiro para a Assembleia Legislativa.

Para Nespolo, as centrais sindicais terão que aumentar a pressão sobre o governo e os deputados, para que os trabalhadores gaúchos que recebem os menores salários não sejam novamente prejudicados.

Se fosse corrigido pelo INPC, o mínimo teria subido de R$ 937 para R$ 956, em vez dos R$ 954 válidos atualmente e que representam a menor correção desde 1995, primeiro ano após a criação do real. O valor também ficou aquém dos R$ 965 que o Congresso Nacional havia aprovado dentro no Orçamento da União para 2018.

Conforme o dirigente da CUT-RS, a jogada ensaiada da mídia financiada pelos golpistas é mostrar que o país está bem, porque a inflação ficou abaixo da meta, mas isso é questionável. “O que estamos vivendo é uma brutal recessão, com mais de 12 milhões de desempregados, empresas fechando e informalidade crescendo”.

Nada a comemorar
“Nada temos a comemorar, mas sim precisamos denunciar a manipulação da mídia golpista e cobrar o reaquecimento da economia para gerar empregos com carteira assinada, a fim de estimular a produção e o consumo”, salientou Nespolo.

De fato, embora os números mostrem redução no valor de alguns itens, que compõem os cálculos da inflação, como os alimentos, outros produtos, como gás de cozinha, a gasolina, a energia elétrica, o transporte e os planos de saúde, vêm aumentando assustadoramente e oneram as despesas das famílias.

Menor poder de compra
De acordo com o DIEESE, a redução nos preços dos alimentos contribuiu muito para a queda da inflação, em parte porque as safras foram boas em 2017, o que garantiu o abastecimento para o consumo. No entanto, o poder de compra das famílias diminuiu.

Segundo dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), entre outubro de 2016 e de 2017, caiu o rendimento médio real dos ocupados (-0,7%) e o dos assalariados (-0,4%). Decresceu também a massa de rendimentos dos ocupados (-1,6%) e dos assalariados (-2,5%), em decorrência de reduções nos rendimentos médios e nos níveis de emprego.

Fonte: CUT

Na primeira rodada de negociação entre a Contraf-CUT e o Banco do Brasil, os Sindicatos cobraram do banco os números detalhados da reestruturação, como número de vagas e cortes por local. A Comissão de Empresa já havia solicitado os números assim que o banco anunciou a reestruturação, no dia 05/01. O BB informou que o pedido está no comitê patrocinador da reestruturação e ainda não tem os números para repassar.

Os Sindicatos afirmam que ao não fornecer os números gerais, o banco trata uma grande restruturação como situações locais, o que não acontece. Parece que é simplesmente má vontade e dificuldade gratuita para ajudar na solução dos problemas, afirma a Comissão de Empresa dos Funcionários.

Nesta sexta-feira, os sindicatos apontaram os problemas que estão acontecendo em vários locais e as dificuldades para realocação dos funcionários. Foi cobrado do BB que apresentasse os critérios utilizados para o redimensionamento das agências, uma vez que muitos lugares com dificuldade de atendimento e condições de trabalho ruins permaneceram com o mesmo número de funcionários.

Segundo o BB, o banco ajustou a compatibilidade de oferta de atendimento com a capacidade de atendimento em cada local. Onde tem menor capacidade fez aumento – onde havia capacidade de atendimento acima, fez ajuste para menor.

O Banco fez o compromisso de receber para análise alguma situação que pode ter sido mal ajustada.

VCP PARA OS CAIXAS OU MANUTENÇÃO DA GRATIFICAÇÃO

A Comissão de Empresa cobrou do banco resposta quanto ao pedido de manutenção da gratificação da comissão de caixa aos funcionários que perderam o cargo. No caso dos funcionários com função gratificada ou comissionada, será garantido 4 meses de remuneração caso não seja realocado. Para os caixas, há um entendimento do BB de que como não é uma função, é apenas gratificação de caixa, esse benefício não é concedido automaticamente. 

O Banco afirmou que está analisando a solicitação dos sindicatos, para que seja mantida a remuneração dos caixas por pelo menos 4 meses, assim como na restruturação do final de 2016/início de 2017.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, a prorrogação da gratificação para caixas é de extrema importância e se justifica por ser o grupamento mais atingindo nesta reestruturação. “O corte de 1200 caixas é traumático e o banco precisa entender que se tratam de pessoas que buscaram ascensão profissional dentro da empresa e isso foi tirado numa canetada.”

PRIORIZAÇÃO DOS CAIXAS NAS CONCORRÊNCIAS

Foi cobrado do banco que os caixas tenham priorização de fato nas concorrências para outros cargos. Além na priorização no TAO - Sistema de Recrutamento, foi solicitado que de fato haja orientação para normação dos caixas em outros cargos que tiveram vaga, de forma minimizar o grande corte nas funções.

O Banco informou que não tem resposta quanto a priorização no sistema, mas que tem orientado os gestores a darem atenção aos pedidos de realocação de caixas em outras funções próximas, como as de assistente ou atendente de CABB. 

NÃO TERÁ REMOÇÃO COMPULSÓRIA PARA OUTRO MUNICÍPIO

O Banco do Brasil garantiu que, embora prevista inicialmente, não acontecerá remoção compulsória de funcionários fora do mesmo município, no caso de não se ajustar o excesso de escriturários. Essa medida veio em resposta ao pedido para que não se tenha nenhuma remoção compulsória, mas o banco avaliar que poderá ser necessário ainda alguma remoção no mesmo local.

MÓDULO AVANÇADO DOS GERENTES DE RELACIONAMENTO SERÁ MANTIDO

Foi garantido que os gerentes de relacionamento que estiveram no módulo avançado da função e tiverem que mudar de cargo para cargo de gerente de relacionamento equivalente, será mantido o módulo avançado da função. Isso permitirá mais mobilidade nas nomeações sem causar prejuízo aos funcionários.

INDICAÇÃO DE QUEM ESTÁ EM EXCESSO

O Banco do Brasil afirmou que não orientou nenhuma indicação de quem está em excesso nas unidades. O BB afirma que no primeiro momento a movimentação deverá ser espontânea e a recomendação é que não haja apontamentos, como os casos que tem chegado aos sindicatos. Os casos fora do padrão deverão ser encaminhados pelos sindicatos para verificação.

FECHAMENTO DO CENOP E ABERTURA DA CABB EM RECIFE

Foram apontadas diversas situações específicas que estão dificultando realocação dos funcionários do CENOP na nova CABB que será aberta. Com relação a alguns cursos e trilha de encarreiramento, foi assumido o compromisso de verificar os problemas e encaminhar a solução prontamente para aqueles funcionários. As questões de concorrência ou saída para outras unidades e manutenção da concorrência para a CABB, o a GEPES Recife foi autorizada a liberar os impedimentos de sistema através de pedidos que serão analisados em cada caso. 

REUNIÃO POR VIDEO CONFERÊNCIA COM A PRESENÇA DAS GEPES

Esta mesa de negociação aconteceu no formato de videoconferência, estando cada representante das Federações nas Gepes locais. Os Gerente das Gepes ou seus substitutos também participaram da mesa, o que facilitou a integração e o encaminhamento das demandas. Esta é a primeira mesa por videoconferência com a presença de todas as federações. 

Segundo o Coordenador da Comissão de Empresa, foi uma experiência nova, mas bastante produtiva, sem perder a essência da negociação. A participação dos funcionários das Gepes foi positiva pois além de integrar melhor a relação com os representantes dos funcionários, agiliza a resolução de demandas locais.

Infelizmente, ainda não tivemos respostas concretas sobre a manutenção dos salários dos caixas e a garantia de realocação de todos os funcionários atingidos. Assim como na reestruturação que aconteceu há um ano, o banco não reserva recursos para manter os salários das pessoas e simplesmente trata seus funcionários como números. Se a empresa acha que a reestruturação constante é para ganhar produtividade, nós afirmamos que as pessoas e famílias devem ser preservadas. E a manutenção dos salários na reestuturação é o primeiro passo para aliviar o sofrimento de quem perdeu o cargo ou função.

Nova rodada de negociação será agendada nos próximos dias, em data a definir entre a Contraf-CUT e o Banco do Brasil.

Fonte: Contraf-CUT

No dia em a Caixa Econômica Federal completou 157 anos de existência, empregados, movimentos sociais, centrais sindicais, sindicatos dos bancários e entidades de representação dos trabalhadores realizaram protestos em frente a agências e departamentos da Caixa em todo país em defesa da manutenção do banco como empresa 100% estatal.

“A Caixa não é desse governo, o banco do Brasil não é desse governo. As empresas públicas são do povo brasileiro e só ele pode decidir o que acontece com as estatais. Por isso é tão importante a democracia, por isso é tão importante as eleições porque a gente decide quem fica à frente das empresas públicas que é um grande patrimônio do Brasil”, afirmou Dionísio Reis, Coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa Econômica Federal (CEE/Caixa), durante ato realizado na avenida Paulista, em São Paulo.

“A Caixa sempre foi uma referência para a população mais pobre. Com a chegada ao poder de um governo democrático isso se ampliou. A Caixa criou gerências específicas para atender as demandas dos movimentos sociais. Passamos a ser tratados como movimentos que somos, não como empreiteiras, ou construtoras. Com o governo Temer isso não existe mais. Por isso, além de continuar sendo uma empresa pública, é preciso que haja um governo democrático, que garanta a realização de políticas públicas”, disse Sidnei Pita, da União Nacional Por Moradia Popular.

A luta é de todos
“A participação dos movimentos sociais nestas atividades é fundamental para a defesa da Caixa. Demonstra que essa não é uma luta apenas corporativa, em defesa do emprego, mas sim a defesa de uma empresa pública fundamental para o desenvolvimento do país”, explicou Dionísio Reis.

O secretário de Finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Sergio Takemoto, também destacou a necessidade da participação social na luta em defesa da Caixa 100% pública. Para ele, a defesa da Caixa 100% pública não pode ficar restrita aos empregados da Caixa, assim como a luta pelo direito à moradia não pode ser uma luta somente pelos movimentos de moradia.

“Essa é uma luta de toda a sociedade, que deve defender o direito de uma moradia digna para todo trabalhador. Temos que estar sempre juntos na defesa de nossos direitos. Defender a Caixa, defender o metrô, defender o SUS, defender as empresas públicas é uma obrigação de todo o povo o brasileiro, é uma obrigação de todo o cidadão. Não podemos permitir que um governo golpista promova esse desmanche de nossos direitos, de nossas conquistas em tão pouco tempo. É inadmissível o que esse governo vem fazendo com a população brasileira e principalmente com o povo pobre de nosso país”, observou Takemoto, que também é diretor da Federação Nacional das Associações de Empregados da Caixa (Fenae).

“Nós sabemos o que significa ter um governo voltado para as políticas públicas. Vimos que é possível ter direito a uma casa própria, ter acesso ao estudo, ter acesso a uma política de saúde melhor, não vamos querer retroceder 20 anos” concluiu Takemoto.

Leia mais notícias sobre as atividades em defesa da Caixa.

Veja a galeria de fotos sobre as atividades em todo o país.

Leia também:
     > Bancários e movimentos sociais vão lançar comitê em defesa da Caixa

 

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) cobra em caráter de urgência a formação de um Grupo de Trabalho (GT), entre patrocinadora (Caixa) e participantes (Contraf-CUT), para discutir, de forma transparente, uma solução para o contencioso judicial, que impacta diretamente nos resultados da Funcef. 
Dados do balanço da Funcef do terceiro trimestre de 2017 mostram que, no cálculo da perda provável, ou seja, nas condenações dadas como certas e cujo valor deve ser provisionado, o passivo trabalhista gerado pela Caixa aumentou R$ 220 milhões nos nove primeiros meses do ano passado e já chega a R$ 2,5 bilhões.   
As notas explicativas dos balanços da Funcef mostram que, o montante apurado como contencioso possível saltou de R$7,2 milhões para R$12,7 bilhões, uma alta de 76% no período. 
O coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis, atribui esses números à gestão da Caixa, por não efetuar o pagamento do Complemento Temporário Variável de Ajuste ao Piso de Mercado (CTVA), dentre outros direitos dos empregados. “Essas ações são provocadas pela gestão do banco e por isso é imprescindível a participação da Caixa e dos empregados na discussão de qualquer solução para esses impasses, que hoje penalizam a Funcef”, afirmou.
De acordo com Dionísio Reis, é de extrema importância a discussão de um GT específico para que o assunto possa ser discutido e para que sejam esclarecidas todas as dúvidas dos participantes. “O plano de ação divulgado em novembro pela Funcef e submetido previamente à patrocinadora e à Previc não foi debatido com os participantes, que nem sequer sabem os valores que já foram pagos e que não são divulgados nos registros contábeis. Não sabemos quanto os planos já perderam por conta do contencioso, nem os gastos administrativos e os honorários, mas sabemos que os valores podem ser muito mais altos que o provisionamento”, disse

Fonte: Contraf-CUT

O Santander segue demonstrando falta de empenho para debater as medidas impostas pelo banco no fim do ano passado e que prejudicam os trabalhadores. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e demais entidades representativas dos trabalhadores enviaram na terça-feira (9), uma carta cobrando, mais uma vez, a abertura de diálogo.

No apagar das luzes de 2017, o banco determinou duas mudanças escoradas pela nova legislação trabalhista encomendada pelo setor patronal: compensação de horas extras em até seis meses e a possibilidade de fracionamento, determinado pelo gestor, em até três períodos, desde que nenhum deles seja menor do que cinco dias.

Com relação às horas extras, os bancários do Santander foram obrigados a assinar um termo concordando com a mudança. Essa imposição afronta o artigo 7º da Constituição Federal, que determina, que o acordo de compensação de horas só pode ser feito por meio de acordo ou convenção coletiva mediante participação do sindicato.

O acordo coletivo dos funcionários do Santander garantia o prazo de um mês para compensação da hora extra, com acrescimento de 50% sobre o tempo. Ou seja, o bancário que trabalhasse uma hora além da jornada regular poderia compensar uma hora e meia no prazo de 30 dias. Caso a compensação no prazo de um mês não fosse possível, o período a mais trabalhado era creditado no salário, com acréscimo de 50% em relação a hora normal trabalhada, e com reflexos nas demais verbas salariais, como FGTS, férias e 13º. 

A extensão do prazo para compensação para seis meses praticamente impossibilita que o prazo a mais trabalhado se converta em remuneração e reflexos nas demais verbas salariais. Além disso, a mudanças também acabou com o acréscimo de 50% para compensação. 

A nova lei trabalhista inventou a “negociação” individual e direta entre patrão e empregado com relação ao fracionamento das férias e ao cumprimento das horas extras. Uma negociação injusta que se dará sob uma correlação desigual de forças, já que o empregador poderá usar o poder de demitir o trabalhador que não aceitar os termos impostos pela empresa.

Protesto nacional
As medidas impostas pelo Santander motivaram um grande protesto do movimento sindical em âmbito nacional que paralisou centenas de agências e centros administrativos em todo o país, inclusive a matriz do banco espanhol no Brasil, no dia 20 de dezembro do ano passado.

“Todas essas mudanças extremamente prejudiciais aos trabalhadores indicam que a direção do banco quer aumentar ainda mais os lucros da filial brasileira do Santander retirando direitos dos bancários que são os verdadeiros responsáveis pela obtenção de mais de um quarto do resultado mundial da maior instituição financeira da zona do euro”, critica a coordenadora a Comissão de Organização dos Empregados do Santander e diretora executiva do Sindicato, Maria Rosani.

“Essas medidas impostas reforçam a visão semi-escravagista que infelizmente parece influenciar a gestão brasileira do banco espanhol e grande parte do setor patronal do país, que continuam a querer lucrar em cima da exploração e da retirada de direitos dos trabalhadores”, acrescenta a dirigente.

“O lucro líquido de mais de R$ 7 bilhões obtido pelos trabalhadores do Santander entre janeiro e setembro de 2017 demonstra que não há necessidade de retirar direitos. Por isso estamos cobrando a abertura de negociação a fim de debater essas mudanças impostas pelo banco no fim do ano passado”, afirma Maria Rosani.

Fonte: SPBancários, com edições da Contraf-CUT

179 pessoas trans foram assassinadas em 2017, diz Antra

A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) divulgou, nesta segunda-feira (8), o Mapa dos Assassinatos da população trans no Brasil em 2017 e os dados são alarmantes: a cada 48 horas uma pessoa transexual ou travesti é assassinada no Brasil.

Foram contabilizados pelo estudo 179 assassinatos, sendo 169 de mulheres trans e 10 de homens trans. De acordo com o mapa, 60% das vítimas tinham entre 16 e 29 anos.

O estudo da ANTRA revela ainda outro dado grave: deste total de assassinatos, em 85% dos casos há evidências de requintes de crueldade.

O estado de Minas Gerais é o que mais mata a população trans, com 20 assassinados. Ele é seguido da Bahia, com 17 assassinatos, São Paulo e Ceará, com 16 casos e Rio de Janeiro e Pernambuco, onde foram registrados 14 casos.

O levantamento foi disponibilizado no formato de um mapa interativo. Confira a íntegra clicando aqui.

Fonte: CUT BRASIL