Junho 09, 2025
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Os funcionários do Banco do Brasil terão de fazer uma forte greve ao lado da categoria para conquistar avanços tanto na mesa geral de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) como em relação às principais cláusulas da pauta de reivindicações específicas com a instituição financeira federal.

 

Na rodada de negociação específica realizada na tarde desta sexta-feira 14, em São Paulo, o BB manteve a postura intransigente e não apresentou proposta para o Plano de Carreira e Remuneração (PCR), para a jornada de seis horas dos comissionados nem para o Plano de Comissões (PC). E ainda afirmaram que não irão assinar o instrumento de combate ao assédio moral assegurado na Convenção Coletiva dos Bancários assinada com a Fenaban.

 

“Quanto ao banco dizer que não vai assinar a cláusula de combate ao assédio moral da Fenaban e vai seguir sendo o único banco fora deste acordo, também avisamos que as entidades sindicais não renovarão a cláusula dos comitês de ética, até mesmo porque eles nunca funcionaram”, afirma William Mendes, diretor de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

 

“A direção do BB está empurrando os funcionários para a greve ao repetir a postura intransigente dos anos anteriores. Já faz um mês e meio que entregamos nossa pauta específica de reivindicações e não é admissível que até agora não tenha ainda apresentado uma proposta global para as nossas demandas”, critica o dirigente sindical.

 

Para evitar que haja desconfianças relativas a não cumprimento de acordos feitos na mesa de negociação, os representantes do BB disseram que “todas as propostas que forem apresentadas estarão escritas no acordo”.

 

Poucos avanços

Na reunião desta sexta-feira, os representantes do BB se limitaram a apresentar três propostas: redução da trava de remoção dos funcionários da Central de Atendimento (CABB) de 24 para 18 meses, inclusão de padrasto, madrasta e enteados para ausências autorizadas e não abrir mão da comissão para concorrer para remoção automática para escriturários em outras dependências do banco.

 

A negociadora do banco afirmou que há outras propostas sendo analisadas e que só serão apresentadas quando forem confirmadas pela direção da empresa.

 

“Consideramos as três propostas positivas, mas insuficientes em função do conjunto de propostas que entregamos ao banco”, destaca William.

 

O coordenador da Comissão de Empresa apresentou aos representantes do BB um abaixo-assinado de bancários da CABB de São Paulo, reivindicando a comissão de 55% sobre o piso do BB. O documeno foi entregue pelos trabalhadores à presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, Juvandia Moreira, na assembleia dos bancários realizada na última quarta-feira 12.

 

“Temos cobrado da empresa que atenda a essas e outras exigências dos funcionários da CABB, como o fim da trava e a equiparação dos atendentes A e B”, conclui o dirigente sindical.

 

Fonte: Contraf-CUT, com Seeb São Paulo

Banco apresenta proposta para inclusão de benefícios odontológicos e assistenciais no Saúde Caixa e propõe GT para discutir contencioso da Funcef

A reestruturação promovida pela Caixa desde o dia 10 de março foi um dos pontos debatidos na mesa de negociação permanente que ocorreu nesta quinta-feira (14), em Brasília. Representantes dos trabalhadores relataram o clima de apreensão que tomou conta dos empregados diante da falta de informações a respeito das mudanças e que podem significar a extinção de unidades, a perda de funções e transferência de pessoal, inclusive para outros municípios.

“Questionamos sobretudo o caos que se instalou nos locais de trabalho por um processo conduzido sem que os trabalhadores pudessem conhecer e sugerir formas de reduzir o impacto dessas mudanças na vida das pessoas. Hoje há uma quantidade imensa de boatos e precisamos ter mais clareza de como se dará toda essa reestruturação”, afirmou a coordenadora CEE/Caixa, Fabiana Matheus. As entidades defenderam a suspensão do processo e a abertura de diálogo com os empregados.

Os representantes da Caixa afirmaram que a reestruturação está sendo feita por etapas. Eles afirmaram que não têm informações sobre os próximos passos e que a rede não será afetada no momento, a não ser para receber profissionais que sejam remanejados para as agências.

Os relatos dos problemas detectados nos estados impressionaram os negociadores, que não sabiam a extensão das mudanças já ocorridas na vida de muitos empregados. No entendimento da CEE, a reestruturação enfraquece a empresa, desmotiva os empregados e afeta o atendimento ao cliente. Combinada com a ausência de contratação de concursados e com o Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA), mostra que o discurso de valorização das pessoas está distante da realidade dos empregados da empresa.

Os empregados questionam também a redução das GIRET, pois pode comprometer a conformidade das operações, trazendo insegurança para os empregados e gestores. A extinção de quatro GIPES, também anunciada, vai na contramão da reivindicação dos empregados que é a ampliação das áreas de pessoas nas filiais. Um dos problemas dessa medida é precarizar ainda mais a gestão do Saúde Caixa e dos programas de Saúde do Trabalhador.

Contratação

Sobre a contratação de pessoal a Caixa deixou claro que não há qualquer expectativa de convocação de novos concursados e que as convocações feitas recentemente são apenas para atender a determinações judiciais de ações individuais ou para preencher vagas já previstas no edital e que não haviam sido preenchidas. Se a situação já é desesperadora no momento atual, com o novo PAA, que registrou 1793 adesões, ela se agravará ainda mais.

Funcef

A Caixa concordou com a formação de um grupo de trabalho, com representantes da empresa, dos empregados e da Funcef para discutir o contencioso do nosso fundo de pensão. “Consideramos que esse debate é urgente, pois poderá causar impactos muito negativos e precisamos de forma conjunta buscar uma solução para a questão” afirmou a coordenadora da CEE. Esse grupo será formado no prazo de 30 dias

Adiantamento odontológico/assistencial

A Caixa apresentou à CEE a proposta para solucionar a suspensão, em abril de 2015, do Adiantamento Odontológico/Assistencial previsto no RH 044. A sugestão é a inclusão de todos os procedimentos previstos naquele normativo como cobertura do Saúde Caixa. Pela proposta da Caixa, os novos procedimentos não entrariam na regra do teto anual de coparticipação, atualmente R$ 2.400,00. A representação dos empregados não concordou com isso. Diante do impasse, para que não haja mais demora na solução na concessão da cobertura, ficou acertada sua implantação a partir do dia 2 de maio, com a continuidade do debate na mesa permanente para buscar uma alternativa para a superação desta questão até o final do mês de junho.

Promoção por mérito

A CEE/Caixa cobrou o debate sobre as regras para promoção por mérito para 2016. Conforme o Acordo Coletivo a definição desses critérios deve ser feita por uma comissão bipartite (Contraf/Caixa). A empresa disse que poderá fazer essa reunião no dia 25 ou 29 deste mês e solicitou que a CEE indique seus representantes.

Banco de horas negativo

O problema do banco de horas negativo já se arrasta há bastante tempo. Porém nos últimos meses, com o contingenciamento de horas extras, a situação está se agravando. Os gestores, em dias de pouco movimento, forçam os empregados a encerrarem o expediente antes de completar a jornada normal de trabalho, acumulando assim horas que deverão ser pagas com trabalho extra em dias de grande movimento. Essa prática se torna um fator de grande pressão sobre os empregados, configurando-se em descumprimento do Acordo Coletivo, que não prevê banco de horas. A Caixa comprometeu-se a enviar um comunicado a todos os gestores orientando para que não ocorra acúmulo de horas negativas.

Sipon

A CEE/Contraf denunciou, mais uma vez, que o sistema de ponto eletrônico vem sendo fraudado, sendo objeto fiscalização e autuação do Ministério do Trabalho no Estado de São Paulo. A Caixa comprometeu-se a providenciar junto à área de TI atualizações a fim de inibir tais práticas. A empresa também informou que está adotando uma nova plataforma (SailPoint) que permitirá maior controle do Sipon com a interligação de todos os sistemas a partir de 2017.

Licença Paternidade

A Caixa afirma que não ampliou ainda a licença paternidade para 20 dias, como prevista em lei recentemente sancionada, porque há detalhes de regulamentação pendentes. A CEE, por sua vez, lembrou que outras instituições, como o BRB, por exemplo, já estão concedendo o benefício para seus empregados, e que a Caixa, que sempre esteve na vanguarda na implantação de benefícios sociais, tem condições de implantar a medida imediatamente.

Descomissionamento

A CEE também comunicou que tem recebido denúncias de que mulheres grávidas estão perdendo funções por causa da gravidez. A Caixa disse que receberá as denúncias e examinará caso a caso, porque esta não é uma orientação da empresa.

A próxima negociação está marcada para o dia 25 de maio.

Fonte: Contraf-CUT com Fenae

Os bancários fazem assembleias em todo o país nesta segunda-feira 17 para organizar a greve nacional por tempo indeterminado a partir da terça-feira 18, se até lá a Fenaban não apresentar uma proposta que contemple as reivindicações da categoria sobre remuneração, emprego, saúde e condições de trabalho, segurança e igualdade de oportunidades.

 

Seguindo orientação do Comando Nacional, coordenado pela Contraf-CUT, os bancários rejeitaram a proposta dos banqueiros de 6% de reajuste (apenas 0,58% de aumento real) nas assembleias realizadas na quarta-feira 12 e deflagraram a greve a partir de terça.

 

A Contraf-CUT enviou carta à Fenaban no dia 5 para informar sobre o calendário de mobilização e reafirmar a importância de se buscar um acordo negociado. Mas até agora os bancos não deram nenhuma resposta. Clique aqui para ler a carta aos bancos.

 

‘Bancários estão indignados’

“Os bancários vão à greve porque estão indignados com a postura mesquinha e gananciosa dos bancos. São o setor mais rentável da economia, continuam batendo recordes de lucratividade mesmo maquiando os balanços, premiam seus altos executivos com remuneração milionária cada vez maior, enquanto pagam aos bancários salários mais baixos que nos países vizinhos e ainda fazem uma proposta de reajuste que é inferior à quase totalidade dos acordos salariais assinados no primeiro semestre por setores da economia menos rentáveis”, explica Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

 

Os seis maiores bancos (BB, Itaú, Bradesco, Caixa, Santander e HSBC) tiveram R$ 25,2 bilhões de lucro líquido no primeiro semestre, mesmo lançando nos balanços R$ 39,15 bilhões como provisões para devedores duvidosos. “Esse é um disparatado truque contábil, porque a inadimplência cresceu apenas 0,7 ponto percentual no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado e está com viés de baixa”, acusa Carlos Cordeiro. Clique aqui para ver como funciona a maquiagem.

 

Pesquisa do Dieese revela que 97% dos acordos salariais do primeiro semestre no país contêm aumentos reais de salário, quase todos acima da proposta de 0,58% apresentada pela Fenaban na penúltima rodada de negociação, no dia 28 de agosto. Confira aqui o estudo do Dieese .

 

A proposta da Fenaban também é uma completa contradição com a política de remuneração anual dos altos executivos dos bancos. Segundo dados fornecidos pelos quatro maiores bancos à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os diretores estatutários terão um reajuste de 9,7%, o que representa aumento real de 4,17%. Cada diretor do Bradesco embolsará este ano R$ 4,43 milhões. O do Santander, R$ 6,2 milhões. E o do Itaú, R$ 8,3 milhões no ano. Leia aqui .

 

É um contraste gigantesco com o piso dos bancários, hoje de R$ 1.400. Esse piso, que equivale a 681 dólares, é menor do que o salário de ingresso do bancário uruguaio (1.089 dólares) e argentino (1.200 dólares), segundo levantamento feito pela Contraf-CUT.

 

“Vejam que situação perversa. Aqui estão os maiores lucros dos bancos e as mais altas remunerações dos executivos, junto com os salários mais baixos dos trabalhadores. São práticas inadmissíveis como essas que tornam o Brasil um dos 12 países mais desiguais do mundo e a quarta pior distribuição de renda da América Latina”, critica o presidente da Contraf-CUT.

 

As principais reivindicações dos bancários

● Reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5%).
● Piso salarial de R$ 2.416,38.
● PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.
● Plano de Cargos e Salários para todos os bancários.
● Elevação para R$ 622 os valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação, do auxílio-creche/babá e da 13ª cesta-alimentação, além da criação do 13º auxílio-refeição.
● Mais contratações, proteção contra demissões imotivadas e fim da rotatividade.
● Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral
● Mais segurança
● Igualdade de oportunidades.

 

Fonte: Contraf-CUT

 

No caso mais grave, chefe sugeriu que empregada utilizasse sua ‘beleza física’ para cumprir meta de vendas; MPT pede condenação do grupo em R$ 5 milhões

O Ministério Público do Trabalho em Alagoas pediu à justiça trabalhista a condenação das empresas Banco Bradesco e Bradesco Vida e Previdência por submeter trabalhadores a situações discriminatórias e vexatórias – condutas que caracterizam assédio moral. O MPT constatou que corretores de vendas da sucursal do Bradesco em Maceió eram constrangidos constantemente quando não atingiam metas de vendas.

De acordo com a Ação Civil Pública ajuizada pelo procurador do Trabalho Rodrigo Alencar, os superiores hierárquicos do Bradesco Vida e Previdência cometiam abusos morais contra os empregados ao adotar condutas desrespeitosas, constrangedoras e humilhantes, tais como acusações infundadas, insultos e intimidações, aplicando “brincadeiras” e promovendo competições que afetam a autoestima dos empregados. Os trabalhadores eram chamados de preguiçosos, incompetentes e alguns eram intitulados de “câncer da sucursal”.

No caso mais grave, chegando a ser absurdo, segundo Rodrigo Alencar, o superintendente do Bradesco Vida e Previdência sugeriu que uma empregada utilizasse sua ‘beleza física’ – que se prostituísse, em outras palavras – para se manter no emprego, já que não tinha competência para cumprir a meta estabelecida. Um outro empregado, insultado diversas vezes de ‘Tartaruguinha’ por ser deficiente físico, foi afastado do trabalho em decorrência do estresse.

Segundo Alencar, percebe-se claramente o terrorismo psicológico a que eram e são submetidos os empregados do Bradesco. “É inconcebível que em pleno século vinte e um sejam aceitas condutas perversas como as protagonizadas pelo Bradesco. A omissão, tolerância e permissividade ao terror psicológico praticadas pela empresa torna o trabalho um sistema perverso em que tudo é possível para alcançar seus objetivos, inclusive destruir indivíduos”, disse.

Além das humilhações e pressão psicológicas sofridas no ambiente de trabalho, o assédio moral causa no trabalhador diversos transtornos psíquicos. Os mais comuns são depressão, palpitações, tremores, distúrbios do sono, hipertensão, distúrbios digestivos, dores generalizadas, alteração da libido e pensamentos ou tentativas de suicídios.

Pedidos à justiça

Diante do caso claro de assédio moral, o Ministério Público do Trabalho requer à justiça, em caráter liminar, que a empresa Bradesco Vida e Previdência seja obrigada a implementar todas as medidas necessárias para coibir o assédio moral na empresa. Todos os representantes que possuam poder hierárquico – administradores, diretores, gerentes e outros – devem ser proibidos de humilhar, intimidar, perseguir, ofender, criar boatos, utilizar práticas dissimuladas, agredir física ou moralmente os trabalhadores, ou de submetê-los a constrangimento que atentem contra a honra, a moral e à dignidade da pessoa humana.

Em caso de descumprimento, o MPT requer que a empresa pague, no mínimo, R$ 50 mil de multa por trabalhador prejudicado. Se pago, os valores serão revertidos ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) ou a instituição sem fins lucrativos.

Em caráter definitivo, o Ministério Público do Trabalho pede que o Banco Bradesco e o Bradesco Vida e Previdência sejam condenados, solidariamente, a pagar indenização de R$ 5 milhões por dano moral coletivo. Em caso de condenação, o valor será revertido ao FAT ou a uma instituição filantrópica.

Reincidente

O Grupo Econômico Bradesco – segundo maior banco privado do país, com lucro líquido de R$ 15 bilhões, segundo reportagem publicada em 2015 na imprensa – é reincidente nacional na prática de assédio moral contra seus trabalhadores. Além de Alagoas, a Bahia, o Paraná e outros estados já registraram casos de assédio moral no Bradesco.

 

Fonte: Ministério Público do Trabalho em Alagoas

Já foram registradas 70 mortes por H1N1 no estado de São Paulo e 537 casos da doença

A Contraf-CUT enviou ofício à Fenaban, nesta segunda-feira (11), solicitando que todas as instituições financeiras procedam com a oferta de vacinação própria contra o vírus H1N1, a todos os seus trabalhadores, bem como aqueles contratados por empresas terceiras que compartilhem os mesmos espaços nos bancos.

A Confederação salienta que os ambientes fechados e densamente ocupados, como as agências bancárias, compõem o cenário para a difusão do contágio.

“Algumas instituições financeiras associadas à Fenaban já praticam a medida preventiva, com vacinação interna e gratuita, o que consideramos positivo. O fato é que esta prática não é uniforme no sistema financeiro e considerando que os locais de trabalho, rede de agências e departamentos, apresentam elevada frequência e fluxo de pessoas, a exposição dos bancários e bancárias é potencializada. Com o avanço da doença, solicitamos que todas as instituições financeiras vacinem seus funcionários”, explica Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.

A situação é preocupante, já foram registradas 70 mortes por H1N1 no estado de São Paulo e 537 casos da doença. “Esperamos agora um retorno positivo da Fenaban. A vacinação ajudará a combater o número de casos, de uma forma geral”, conclui Roberto von der Osten

Acesse aqui o ofício

Fonte: Contraf-CUT

Em reunião com a direção do Itaú nesta quinta-feira 13, a Contraf-CUT, assessorada pela Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, criticaram duramente a forma unilateral e sem transparência como o banco está implantando o projeto de ampliação do horário de atendimento de agências. Os dirigentes sindicais apontaram os inúmeros prejuízos que o programa está trazendo aos bancários no país todo e advertiram que, somados com os outros problemas que ocorrem no Itaú, principalmente as demissões, será o banco onde a greve nacional da categoria terá o maior êxito, em razão do descontentamento dos trabalhadores.

 

A reunião, realizada na sede da Contraf-CUT, foi marcada depois das manifestações e paralisações da semana passada em várias capitais. Representando os bancários participaram o presidente da Contraf-CUT e as seguintes federações representadas na COE Itaú: Fetec São Paulo, Feeb RJ/ES, Feeb SP/MS, Fetrafi NE, Fetraf Minas, Fetrafi RS, Fetec PR, Feeb BA/SE e Fetec Centro-Norte. Pelo banco, compareceram Marcelo Orticelli, diretor de Cultura, Gente e Relações de Trabalho (representante do Itaú na mesa de negociação da Fenaban), e a equipe responsável pela implantação do projeto de expansão do horário de atendimento de agências em shopping centers e corredores de grandes cidades.

 

Os representantes do banco informaram que 167 agências (66 em shoppings e 101 em corredores) já estenderam o horário. Nos shoppings, o horário passou das 12h às 20h. Nos corredores, as agências do Itaú têm agora dois horários diferentes: umas das 9h às 16h, outras das 12h às 19h. A medida está em vigor desde o dia 27 de agosto e o objetivo do banco é chegar a 1.500 agências com horários ampliados em todo o país.

 

‘Projeto é imposto no pior momento possível’

“Queremos manifestar muita estranheza com o projeto. Não somos contra a ampliação do horário de atendimento das agências. Temos um projeto antigo para estender o horário das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho e mais contratações de bancários, para atender melhor a população. Essa proposta está com a Fenaban há anos. Por que não começamos a discussão a partir daí? E agora somos surpreendidos com a decisão unilateral do Itaú de ampliar o atendimento, sem consultar o movimento sindical e implantando o projeto sem transparência”, protestou o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

 

“Além do mais, o Itaú impõe o projeto no pior momento possível. No meio da campanha nacional dos bancários, em que os bancos se recusam a atender nossas reivindicações, no momento em que demite quase 10 mil bancários, apresenta um lucro astronômico e maquia o balanço com a PDD exagerada para diminuir a PLR, enquanto aumenta para mais de R$ 8 milhões a remuneração de seus altos executivos, os mesmos que definem as demissões, fixam as metas abusivas e incentivam o assédio moral”, criticou ainda Carlos Cordeiro.

 

Daniel Reis, diretor do Sindicato de São Paulo, acrescentou: “O Itaú está aumentando o tensionamento, que já é grande por causa das demissões, do Agir e das metas abusivas. Pelo conjunto da obra, o Itaú será o banco onde a greve da categoria será mais forte, por causa do grande descontentamento”.

 

Problemas em todo o país

Os representantes das federações de bancários na COE expuseram aos representantes do Itaú todos os problemas que a implementação do projeto está trazendo para os trabalhadores, contradizendo a visão rósea que o banco tenta vender.

 

Os principais problemas são: os bancários estão sendo forçados a aderir ao projeto, com medo de demissões e por autoritarismo dos gestores, ao contrário do que diz o banco de que a adesão é voluntária; é frequente a extrapolação da jornada de trabalho, chegando a dez horas por dia, sem pagamento de horas extras; com as jornadas maiores, muitos estão abandonando faculdades, outros deixando os filhos em tempo integral em creches; alguns não conseguem mais ver os filhos; os bancários estão pagando para trabalhar, seja porque subiu o valor da creche ou para pagar estacionamento nos shoppings; pioraram as condições de segurança, principalmente nos horários de saída nos corredores bancários; o banco está tirando caixas de agências para colocar nas unidades envolvidas no projeto, agravando os problemas da extrapolação do horário e da falta de funcionários.

 

“Ou seja, enquanto mais os altos executivos ganham para aumentar o índice de eficiência, mais os bancários trabalham e perdem qualidade de vida, diminuindo o tempo para lazer e para ficar com os filhos e com a família. A sociedade não quer esse tipo de serviço. E nós vamos lutar por melhor qualidade de vida dos bancários. Por isso o nosso projeto é que o horário de atendimento vá só até as 17h”, concluiu Carlos Cordeiro.

 

O diretor Marcelo Orticelli disse que vai examinar os problemas apontados pelos dirigentes sindicais junto com a equipe responsável pelo projeto de ampliação do horário do atendimento e marcará uma nova reunião com os representantes dos bancários.

 

Fonte: Contraf-CUT

A coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Maria Rita Serrano, foi enfática: “Tiramos leite de pedra”, comparou, ao final da votação do Projeto de Lei (PLS) 555 no Senado, na noite do último dia 15. Rita se referia aos avanços obtidos pela mobilização das entidades contra o teor privatista do projeto, do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

Afinal, foram meses de organização e luta envolvendo seis centrais sindicais, confederações, federações e sindicatos em todo o Brasil, representando milhares de trabalhadores. Entre protestos, seminários, audiências, encontro com parlamentares, ministros e muita pressão, ficou a certeza de que a luta valeu a pena, e deve ser intensificada agora na Câmara dos Deputados.

Leia, abaixo, a avaliação dos demais representantes de entidades que integram o movimento em defesa das empresas públicas brasileiras.

Roberto von der Osten (Betão), presidente da Contraf-CUT

“Mais uma vez a mobilização dos trabalhadores barrou uma investida do Congresso contra direitos e contra o patrimônio do povo brasileiro. Mobilizações e ações em todas as bases sindicais e a pressão feita sobre parlamentares mudaram a história e resultaram num projeto substitutivo que avançou em relação ao projeto inicial. O Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, do qual a Contraf-CUT faz parte juntamente com a Fenae, FUP e Centrais Sindicais, mostrou-se um acerto e ferramenta fundamental nesta resistência. Queremos enaltecer, de forma particular, as nossas federações e sindicatos de bancários que atenderam prontamente todas as convocações para ir a Brasília defender nossos direitos e também a nossa dirigente da Confederação, Rita Serrano, coordenadora do Comitê, pela sua liderança e perseverança. Foi uma luta de muitos e muito ainda precisa ser defendido. Estaremos lá!”

Jair Pedro Ferreira, presidente da Fenae

“Analisando o estágio em que começamos essa mobilização, houve um avanço nesse substitutivo para nós que representamos os trabalhadores das empresas estatais e públicas, por meio do Comitê. Para o pessoal da Caixa, o que alcançamos no PLS 555 representou uma vitória, já que tiramos a ameaça de transformar a Caixa em S.A. É uma resposta para a categoria que vem se mobilizando intensamente. Desde agosto do ano passado a Fenae vem fazendo a campanha para manutenção da Caixa 100% Pública, com a participação das associações e sindicatos. Nossa mobilização fez com que a Caixa não se transformasse em algo que a levasse à privatização”.

João Antônio de Moraes, secretário de Relações Internacionais e Movimentos Sociais – FUP

“Nós, da FUP, entendemos primeiramente que a apresentação desse projeto, com a regulamentação que estabelece, foi muito ruim para o povo brasileiro, pois sob o manto do rigor o que se busca é criar embaraços e impedir o funcionamento das empresas estatais. A resistência dos trabalhadores e de nossas organizações, como a CUT, Contraf, FUP, entre outras, conseguiu até agora segurar e atenuar esse risco, através das mudanças obtidas durante a tramitação no Senado, mas a luta tem que continuar para corrigir outros itens, como por exemplo o impedimento da participação de brasileiros com atividades sindicais ou políticas nos conselhos. É preciso mudar essas e outras questões na Câmara, além de evitar retrocessos nos avanços já conquistados no Senado”.

Vagner Freitas, presidente da CUT

“A mobilização contra o PLS 555, o Estatuto das Estatais, garantiu mudanças fundamentais na hora da votação e aprovação no Senado. Sem esse movimento de resistência, que reuniu entidades de todo o Brasil, o projeto, de teor claramente voltado à privatização, teria sido aprovado sem qualquer alteração. Foi importantíssimo garantir que as estatais não tenham que se tornar sociedades anônimas, mas ainda há pontos a debater e esse debate agora se dará na Câmara dos Deputados. As entidades cutistas mais uma vez estarão presentes para fortalecer e ampliar essa mobilização em defesa do Brasil e do patrimônio dos brasileiros”.

Emanuel Souza – CTB

“Foi importante a resistência do movimento dos trabalhadores; garantiu avanços, e agora é seguir em frente, mantendo a unidade de todas as centrais e entidades que participaram desse processo”.

Willian Roberto Louzada – Central Sindical – União Geral dos Trabalhadores UGT

“Acreditamos que, com a correlação de forças existente hoje no Congresso, claramente contrário aos interesses dos trabalhadores, o trabalho do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas foi fundamental para minorar os danos causados pelo projeto original do senador Tasso Jereissati. O principal dano, que é a abertura do capital das empresas públicas, no nosso entendimento, conseguimos retirar do projeto. Ainda temos vários problemas graves no projeto, e essa batalha tem que continuar na Câmara dos Deputados. É importante mantermos essa unidade na luta, para combatermos os inúmeros projetos em andamento no Congresso que retiram direitos dos trabalhadores. É importante ressaltar o trabalho da companheira Rita Serrano, que alertou as representações dos trabalhadores sobre o dano causado pelo projeto à sociedade brasileira, e teve uma atuação destacada no trabalho do Comitê”.

Geraldinho (Geraldo Rodrigues) – CSP-Conlutas

“Nossa avaliação é que o PLS-555 vai prejudicar bastante as empresas estatais e trará grande prejuízo aos trabalhadores e à sociedade em geral. Mesmo que o projeto não tenha sido aprovado na íntegra, torna-se danoso. Ao nosso ver, as pequenas mudanças conseguidas nas negociações através do substitutivo não trazem tranquilidade para os trabalhadores das estatais nem, muito menos, à sociedade. Na nossa avaliação faltou mais mobilização por parte dos sindicatos, federações e centrais, o que daria um respaldo maior para o comitê que cumpriu um papel muito importante. Por isso, devemos, a partir do comitê, traçar desde já novas estratégias nas categorias e centrais para dar continuidade à luta e barrar o projeto no Congresso Nacional. Parabenizo todos os companheiros e companheiras que estiveram envolvidos nesta luta”

Rita Lima – Intersindical

“O Comitê desenvolveu um trabalho fundamental, não só aglutinando as seis centrais sindicais, Fenae, Fup e demais entidades como na mobilização para barrar o intento do senador Tasso Jereissati. Não vencemos a guerra, mas ganhamos uma batalha importante, conseguindo manter públicas as empresas, como a Caixa, por exemplo. É uma luta dura e que continua, com a criação dos comitês estaduais, intensificação da mobilização e o trabalho de pressão no Congresso, agora com os deputados federais para tentar derrotar esse projeto, que mantém o espírito privatista, num modelo neoliberal de Estado mínimo em suas principais questões. Por isso foi importantíssimo derrubar a obrigatoriedade de as empresas se tornarem sociedades anônimas. Pode ter sido uma vitória parcial, mas nem por isso deixa de ser uma vitória”.

Pedro Armengol – CUT

“Vitória parcial no Senado…a Luta continua na Câmara Federal. Considerando a atual correlação de forças em que se se deu o debate e votação do PL 555/15 no Senado, infelizmente desfavorável aos trabalhadores e a interesses importantes da sociedade brasileira, devemos capitalizar positivamente o esforço realizado por várias organizações sindicais e senadores (as), no sentido de minimizar alguns aspectos negativos graves constantes na proposição inicial do senador Tasso Jerissati. Ao final da votação no Senado, podemos considerar positivos os seguintes pontos: 1. A não obrigatoriedade de todas empresas públicas se tornarem SA; 2. As empresas com capital até R$ 90 milhões não estarão no regramento do Estatuto proposto. Negativamente, infelizmente dos 4 destaques apresentados no plenário ao PL, fomos derrotados em 3, onde podemos destacar como negativo e muito preocupante a vedação de sindicalistas assumirem o conselho de administração das Estatais; a obrigatoriedade de aplicação de no mínimo 25% das ações na bolsa de valores e a obrigatoriedade de 25% Conselheiros independentes nas empresas estatais com capital acima de R$ 90 milhões. Temos, agora, de capitalizar essa vitória parcial e nos mobilizarmos para o grande enfrentamento na Câmara dos Deputados”

Sebastiao Soares, diretor nacional de formação sindical da Nova Central e secretário-geral da Federação Nacional das Entidades Sindicais dos Servidores Públicos -FNESPF

“O processo de desenvolvimento econômico do Brasil tem nas empresas públicas uma ferramenta e suporte imprescindíveis. As estatais são estratégicas para a soberania nacional e fundamentais para que se faça desenvolvimento com justiça social. A Nova Central, por princípio, defende as empresas públicas e denuncia o PLS 555/2015 como um ataque ao patrimônio do povo brasileiro em favor do mercado. Por isso a luta contra o PLS 555/2015, em defesa do Brasil, deve estar no centro das atividades das centrais sindicais e do conjunto do movimento sindical. A privatização das estatais, que o PLS 555 torna mais fácil, é um crime de lesa-pátria, inaceitável”.

Sérgio Nobre, secretário-geral nacional da CUT

“A votação do PLS 555 no Senado, na noite de terça-feira (15), reforça a importância da mobilização da CUT para aglutinar vários setores da sociedade contra os efeitos nefastos desse projeto de lei de caráter privatista. A pressão exercida sobre os parlamentares pela Central e pelos movimentos sociais e sindical garantiu a construção de um substitutivo que assegurou avanços no texto. A luta segue e exige mais pressão, porém, é inegável que foi um passo vitorioso para toda a classe trabalhadora e o País. Como resultado dessa mobilização e pressão, conseguimos a retirada da obrigatoriedade de as empresas se tornarem sociedades anônimas; o fim da exigência de as empresas não terem mais ações preferenciais e a aprovação de que o Estatuto das Estatais só será obrigatório para as empresas que tenham mais de R$ 90 milhões de receita operacional bruta. Não posso deixar de destacar a relevância da adesão de vários senadores a nossa luta contra o PLS 555, também fundamental para o resultado da votação. Mas ainda não acabou. Ainda resta combater três pontos negativos mantidos no texto do projeto, entre eles, a restrição à participação de dirigentes sindicais nos conselhos de administração e diretorias, prova de que a nossa luta contra o PLS 555 tem de prosseguir consistente. O projeto 555, conhecido como Estatuto das Estatais, a partir de agora, seguirá à Câmara dos Deputados, para ser votado em caráter especial, sem passar pelas comissões, e ir direto ao plenário. Essa agenda é nossa. Temos de estar presentes e pressionando a votação. A CUT juntamente com os movimentos sociais seguirá na luta contra o PLS 555 e qualquer outro projeto que retire direitos dos brasileiros da classe trabalhadora. A luta continua!”

 

Fonte: Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas

Em reunião nesta quarta-feira (23), em São Paulo, entre a Contraf-CUT, federações, sindicatos e o banco Itaú, os representantes dos trabalhadores debateram sobre o tema emprego e uma agenda sindical permanente com a instituição financeira.

Na ocasião, o banco demonstrou o número de exonerações ocorridas no ano de 2015. Segundo o Itaú, o índice ficou abaixo de 10%. “Consideramos uma porcentagem muito alta quando comparada à lucratividade do banco. Somente no ano passado, o Itaú obteve um dos maiores lucros da sua história, na casa de R$ 23,8 bilhões”, ressaltou o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten.

Devido à onda de demissões que ocorreu no final do ano passado, os dirigentes sindicais cobraram do Itaú reuniões periódicas para tratar da manutenção de empregos. “O índice de demissões vem crescendo devido ao novo modelo que o banco vem implementando de agências digitais, além da reestruturação na Atec (área de tecnologia) do Itaú. Por isso, a diminuição da rentabilidade das agências de varejo vem diminuindo cada vez mais os postos de trabalho”, disse Jair Alves Santos, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú.

O banco propôs manter uma mesa de negociações para debater vários pontos, tais como jornada de trabalho, saúde, emprego, agências digitais, entre outros. A expectativa dos representantes dos bancários é de que estas reuniões aconteçam entre uma ou duas vezes por mês.

Sobre o tema jornada de trabalho, o banco anunciou que está aperfeiçoando o novo modelo do ponto eletrônico, para evitar que os funcionários ultrapassem duas horas excedentes (horas-extras). “Para diminuir esta preocupação e para que o banco não sobrecarregue seus funcionários, acreditamos que é possível aumentar as contratações ao invés de diminuir, como vem ocorrendo”, concluiu Jair.

A Contraf-CUT entregou um ofício solicitando as seguintes informações: o número de agências digitais em funcionamento; endereço de todas essas agências; número de empregados lotados por agência digital, bancários e terceirizados e jornada de trabalho de todos os trabalhadores lotados nas agências digitais.

“A necessidade de termos esses dados, destes locais de trabalho e o número de bancários, é de extrema importância para que possamos abrir um debate que envolva jornada de trabalho dos funcionários, além da questão da saúde dos trabalhadores”, destacou a presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Adriana Nalesso.

A próxima reunião acontecerá no início de abril, com data a confirmar.

Lucro X Demissões

O Itaú obteve em 2015 o maior lucro anual da história de um banco registrado até hoje, de R$ 23,8 bilhões, aumento de 15,6% em relação ao resultado do ano anterior, superando seu próprio recorde de 2014.

Apesar do excelente desempenho, o banco reduziu 2.711 postos de trabalho, contribuindo para o aumento do desemprego no país e para a piora das condições de trabalho em suas unidades.

Segue, abaixo, o ofício dos representantes dos funcionários entregue ao banco Itaú.

No ano de 2015, o prejuízo líquido do HSBC Brasil foi de R$ 753,4 milhões, o que significou um resultado 37,2% pior em relação ao ano de 2014, quando o banco apresentou perdas de R$ 549,1 milhões. O resultado só não foi pior porque o banco fez jus a um expediente contábil, se apropriando de um saldo líquido de R$ 1,2 bilhão em créditos tributários oriundos de períodos anteriores. O mesmo aconteceu em 2014. Com o resultado negativo pelo segundo ano consecutivo, observa-se a queda do patrimônio líquido do banco em 1,9%, que totalizou R$ 9,5 bilhões. O número de empregados do banco, em dezembro de 2015, foi de 19.953, com fechamento de 212 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, foram fechadas 2 agências e 4 postos de atendimento.

Confira aqui a íntegra da análise do balanço feita pelo Dieese.

Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional dos Bancários retoma as negociações com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal nesta sexta-feira (14), às 14h, em São Paulo. As novas rodadas acontecem após o envio de cartas aos dois bancos pela Contraf-CUT na última quinta-feira (6), a exemplo das correspondências encaminhadas para a Fenaban e aos quatro maiores bancos privados (Itaú, Bradesco, Santander e HSBC) com o mesmo teor.

 

“Acreditamos no diálogo e apostamos na mesa de negociações e, por isso, cobramos responsabilidade dos bancos para que contribuam na construção de uma proposta decente na mesa da Fenaban para a categoria, bem como também atendam as demandas específicas dos trabalhadores de cada instituição”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

 

“Esperamos que o Banco do Brasil apresente soluções para os principais eixos de reivindicações dos funcionários, como jornada, carreira, saúde, previdência e condições de trabalho”, destaca William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

 

“Aguardamos uma resposta efetiva da Caixa quanto às reivindicações específicas dos empregados. O banco possui condições concretas para construir uma proposta justa para os trabalhadores”, ressalta Plínio Pavão, diretor executivo da Contraf-CUT e empregado da Caixa.

 

O envio das cartas foi uma das decisões do Comando Nacional, logo depois da rodada de negociação de terça-feira (4) com a Fenaban, que frustrou os bancários diante da manutenção da proposta insuficiente de reajuste de 6%, o que representa apenas 0,58% de aumento acima da inflação pelo INPC do período. Os trabalhadores reivindicam reajuste de 10,25%, valorização do piso salarial e melhoria da PLR, dentre outras demandas.

 

Reivindicações específicas dos funcionários do BB

 

Os funcionários do BB reivindicam o cumprimento da jornada de 6 horas para todos, sem redução de salário; melhorias no Plano de Carreira e Remuneração (piso maior, interstício maior, tempo menor para adquirir mérito); negociação do Plano de Comissões (pagamento das substituições, seleção interna para promoção em todos os cargos, fim dos descomissionamentos); licença prêmio e férias de 35 dias para todos; PLR aditiva ao modelo da Fenaban, sem vinculação com o Sinergia; fim das PSO e volta dos caixas e gerentes de serviços para as agências; carreira de mérito para todos; melhorias nas CABB; Cassi e Previ para todos, sem redução de direitos; fim das travas para concorrência e remoção automática para o preenchimento de todas as vagas de escriturário; fim do voto de Minerva na Previ; assinatura do protocolo da Fenaban de Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho e revisão dos Comitês de Ética; melhorias no plano odontológico; não perder a função após afastamentos de saúde; ter ao menos um delegado sindical por local de trabalho; mais contratações e fim das terceirizações.

 

Reivindicações específicas dos empregados da Caixa

Entre as principais reivindicações dos trabalhadores da Caixa estão: a ampliação do quadro de empregados (chegando a no mínimo 100 mil até o fim de 2013), o cumprimento da jornada de seis horas sem redução de salários para todos os empregados independente da função, melhores condições de trabalho, ATS e licença-prêmio para todos, solução dos problemas do Saúde Caixa, fim à discriminação dos participantes do REG/Replan não-saldado e do voto de Minerva na Funcef, tíquete para os aposentados e pagamento integral de toda hora extra realizada.

 

Greve a partir do dia 18

Na última quarta-feira (5), a Contraf-CUT também enviou ofício para a Fenaban, avisando o calendário de mobilização definido pelo Comando Nacional, que orientou os sindicatos a realizarem assembleias nesta quarta-feira (12) para aprovar a deflagração de greve por tempo indeterminado a partir da zero hora do dia 18, com novas assembleias organizativas no dia 17. Mas até agora, passados sete dias, nenhuma resposta foi encaminhada pelos bancos.

 

“Aguardamos manifestação da Fenaban com uma nova proposta até o dia 17, para que possamos submetê-la à apreciação das assembleias. Da mesma forma, esperamos também que cada banco apresente até a mesma data propostas sobre as demandas específicas”, enfatiza Cordeiro.

 

“Assim como estamos abertos ao diálogo, estamos também preparados para defender os nossos direitos e nossa dignidade, recorrendo à greve a partir do dia 18 se continuarmos sendo tratados com esse desrespeito”, conclui o presidente da Contraf-CUT.

 

Fonte: Contraf-CUT