Julho 30, 2025
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Em vez de negociar e apresentar proposta decente aos bancários, os bancos seguem desrespeitando o direito de greve dos trabalhadores, pressionando para que cheguem mais cedo ou, no caso de a agência estar fechada, para que procurem uma unidade aberta para trabalhar.

 

Foi o que aconteceu no Bradesco da Praça da República, em São Paulo, onde os gestores orientaram todos os funcionários a chegar às 6h30, para evitar o contato com os dirigentes sindicais. Apesar de fechada para atendimento ao público, os bancários que foram à unidade foram forçados a permanecer dentro da agência.

 

Duas empregadas do Santander estavam saindo da agência paralisada com a missão de encontrar outro local para trabalhar. “A greve é importante porque estamos lutando por nossos direitos, mas o ideal é que a gente fosse pra casa porque vamos ter que sair daqui e achar um lugar pra trabalhar de qualquer jeito”, disse uma delas.

 

O Sindicato dos Bancários de São Paulo reforça: a greve é feita pelos bancários. “O banco se vale do poder de empregador para burlar a Constituição. Nós trabalhadores precisamos romper com esse limite imposto pelos bancos e exercer nosso direito constitucional de greve, que só vai terminar com aumento real para os salários, valorização do piso, vales e auxílios e melhorias nas condições de trabalho”, afirma a secretária-geral do Sindicato, Raquel Kacelnikas.

 

Outro trabalhador denunciou que a Regional SP Centro de seu banco remaneja caixas e gerentes para agências que estão abertas. “Ameaçam dizendo que não vão abonar mais que duas faltas por motivo de greve e dizem que se não conseguirem falar no celular dos funcionários vamos levar advertência e não seremos bem vistos na Regional. Isso é um absurdo e como precisamos de emprego, ficamos a mercê deles.”

 

Um bancário do ITM do Itaú denunciou contingenciamento ao Sindicato: “Avisaram a maioria das pessoas que deveriam se dirigir a uma contingência montada no metrô Bresser. Ao chegar, nos deparamos com um local pequeno, quente, totalmente despreparado para receber as pessoas, banheiro imundo, sem segurança, e o principal de tudo, sem a condição de exercermos as nossas funções.”

 

Outro critica: “Ninguém quer saber se a nossa rotina pode ser alterada. Muitos assistentes têm os seus compromissos a serem cumpridos fora da empresa. Todos estão indignados, o clima foi tenso, muitos funcionários chorando, extremamente insatisfeito com a situação imposta pelos bancos”.

 

“Eu gostaria de sair daqui e ajudar na greve, mas teria que ser em outro banco, pra não sofrer retaliação. O problema é que se a greve fecha a agência, o banco manda a gente pra outro lugar, e logo depois te ligam pra saber onde você está”, relatou uma bancária do Bradesco. “Já me mandaram pro pré-atendimento de outra agência e eu fiquei totalmente perdido porque não tem nada a ver com o que eu faço aqui”, relatou um funcionário do Bradesco em greve.

 

 

Desvio de função 

 

Um grupo de funcionários de uma agência paralisada do Bradesco aguardava orientações da gerência do lado de fora. “O problema é que a gente não pode sair e simplesmente ir pra casa”, disse um trabalhador. Além do medo de aderir à greve, os bancários se queixaram da pressão por metas e de desvio de função que, segundo eles, é muito comum na instituição financeira.

 

“Eu sou caixa e também trabalho com qualquer outra coisa que eles precisem”, ironizou um dos trabalhadores. “Sou caixa, mas trabalho como assistente e até mesmo como gerente”, reclamou outra, explicando que, apesar de teoricamente não ter metas, sempre acaba tendo de vender.

 

“O problema é que tem ranking por agência, e na hora que o bicho pega, espirra na gente porque todo mundo acaba tendo que ajudar a bater a meta. Eu considero que a pior coisa na vida do bancário é ter que bater meta. Até dos gerentes eu tenho dó, porque eu vejo que eles vivem pressionados e muitos acabam descontando isso em quem estiver pela frente.”

 

“Tomo pelo menos dois relaxantes musculares pra dormir, toda noite. Vivo chorando em casa. Trabalho com um gerente comercial que grita comigo na frente dos clientes. Já pensei em fazer carreira no banco, mas hoje só penso em terminar minha faculdade e tentar outra coisa”, contou outra bancária.

 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

Os trabalhadores do HSBC lotados no Centro Administrativo São Paulo (Casp) mais uma vez presenciaram cenas vergonhosas de desrespeito à Lei de Greve, prevista na Constituição Federal. E o que é pior, pelas mãos daqueles que deveriam proteger a Lei – a Polícia Militar.

 

Portando um interdito proibitório sem validade (era de 2012), os advogados contratados pelo banco conseguiram convencer a PM do 91º Batalhão a permitir que os funcionários da concentração fossem coagidos a trabalhar.

 

A secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Raquel Kacelnikas, ressaltou que qualquer advogado iniciante sabe que um interdito proibitório só pode ser entregue por um oficial de justiça. “Nós vamos denunciar na OCDE e na OIT, e acionar a Justiça contra essa prática truculenta e ilegal do HSBC, executada pela PM”, afirmou.

 

A resposta de um bancário resumiu a sua situação e a dos seus colegas depois do desrespeito à Lei de Greve. “Eu quero aderir à paralisação, mas agora, se os diretores perguntarem, eu vou ter que trabalhar”, disse, enquanto observava a ação policial do outro lado da rua.

 

 

Gestão do medo 

 

A simples presença dos diretores do banco circulando entre os funcionários sinalizava a pressão. Ao ser perguntada por um deles se queria entrar para trabalhar, prontamente uma bancária respondeu que sim, mas bastou ele virar as costas para sua resposta mudar. “Na verdade eu não quero”, afirmou.

 

A gestão por meio do medo parece dominar o prédio onde trabalham 1.100 bancários contratados pelo banco, mais 100 terceirizados. Segundo uma bancária desesperada, “estamos sendo mais que coagidos a entrar para trabalhar. Ficam ligando para nós o tempo todo dizendo ‘entra ou a gente se acerta depois’”, contou.

 

O diretor do HSBC, Roberto Cândido, no entanto, garantiu: “Ninguém será demitido por fazer greve”.

 

 

Insetos e teto caindo 

 

O desrespeito à greve não é o único problema dos bancários do Casp. Eles denunciaram péssimas condições de trabalho no local. Máquinas obsoletas, ar-condicionado congelante, infestação de insetos e teto caindo foram citados pelos funcionários.

 

O reajuste proposto também foi bastante criticado. “Ridículo. Um PM contou que ganhou reajuste salarial de 17% e os bancos, que lucram bilhões, oferecem 6,1%, que não cobre nem a inflação”, criticou uma.

 

Outro, que desenvolveu doença ocupacional osteomolecular trabalhando no HSBC, exige valorização. “Precisei fazer duas cirurgias. Três meses após a segunda o banco me mandou embora. Tive que acionar o Sindicato para que me readmitisse. Eles não ligam para a gente, não têm respeito, somos só um número”, afirma.

 

 

Vitória 

 

Ao final de toda a pressão policial, uma vitória dos trabalhadores. Diferentemente dos outros anos, quando, sob escolta da PM, os bancários eram obrigados a entrar em massa no prédio, os trabalhadores foram dispensados.

 

“Foi uma vitória, conseguimos que a organização dos bancários fosse respeitada. O que a gente não aceita é sermos tratados como criminosos, interdito proibitório e coação policial. A greve é legítima, somos trabalhadores e exigimos respeito”, afirmou Raquel.

 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

O Sindicato dos Bancários de Mato Grosso, em parceria com a Polícia Militar, lançou nesta sexta-feira (29) a Campanha Saque Seguro, com um ato em frente à Agência do Banco do Brasil na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Av.CPA), em Cuiabá.

 

A campanha tem como objetivo orientar os clientes e usuários sobre como se prevenir de roubos e furtos cometidos nas proximidades de estabelecimentos bancários, conhecidos popularmente como “saidinha de banco”. Neste tipo de modalidade criminosa parte de uma quadrilha fica dentro de uma agência bancária, ou próxima de um caixa eletrônico observando as pessoas sacarem dinheiro. Enquanto isso seus comparsas ficam do lado de fora aguardando informações sobre as características das vítimas.

 

Diretores do Sindicato dos Bancários e policiais militares entregaram folhetos explicativos aos clientes sobre como evitar esse tipo de crime. A campanha continuará sendo desenvolvida de maneira permanente.

 

“Essa parceria com a Polícia Militar é muito importante, orientar os clientes sobre este tipo de ação ajuda a reduzir o número de vítimas, e o Sindicato continua lutando para que os bancos ampliem os investimentos em segurança,” afirma o presidente em exercício do Sindicato, José Guerra.

 

Fonte: Seeb Mato Grosso

A greve nacional dos bancários, que nesta quinta-feira 26 completou oito dias e fechou 10.586 agências e centros administrativos, já é a maior dos últimos anos e deve continuar crescendo em todo o país, porque a categoria está indignada com a postura intransigente dos bancos. Essa é a avaliação do Comando Nacional dos Bancários, que se reuniu nesta quinta em São Paulo para fazer um balanço do movimento na primeira semana e decidiu ampliar a paralisação para forçar os banqueiros a apresentarem uma nova proposta que contemple as reivindicações econômicas e sociais dos trabalhadores.

 

O Comando também aprovou nota oficial reafirmando a decisão de intensificar a greve, manifestando a disposição de negociação e responsabilizando os presidentes da Fenaban e dos seis maiores bancos pelo fechamento do diálogo com os bancários.

 

 

Clique aqui para ver a íntegra da nota. Leia o texto abaixo:

 

 

Nota do Comando Nacional dos Bancários

 

O Comando Nacional dos Bancários, reunido nesta quinta-feira 26 de setembro em São Paulo na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), após avaliação da primeira semana da greve da categoria, decidiu:

 

1. Ampliar e fortalecer a greve nacional dos bancários, que nesta quinta-feira completou oito dias e fechou 10.586 agências e centros administrativos nos 26 estados e no Distrito Federal.

 

2. Reafirmar a disposição de negociação dos representantes dos bancários, fechada pelos bancos no dia 5 de setembro, quando apresentaram apenas a reposição da inflação e ignoraram todas as outras reivindicações econômicas e sociais.

 

3. Afirmar que a greve é de responsabilidade dos presidentes da Fenaban (Murilo Portugal), do Itaú (Roberto Setúbal), do Bradesco (Luiz Carlos Trabuco), do Banco do Brasil (Aldemir Bendine), da Caixa Econômica Federal (Jorge Hereda), do Santander (Jesús Zabalza) e do HSBC (André Brandão) por fecharem o processo de negociação ao ignorarem a pauta de reivindicações dos trabalhadores.

 

4. Ressaltar que os bancos que operam no Brasil têm totais condições de atender às demandas dos bancários, conforme demonstra relatório do Banco Central divulgado nesta quinta-feira 26, segundo o qual o lucro do sistema financeiro nacional é “robusto” e atingiu R$ 59,7 bilhões nos últimos 12 meses encerrados em junho.

 

5. Denunciar a irresponsabilidade social dos bancos, especialmente os privados, que, na contramão da economia brasileira, geradora de 1,07 milhão de novos empregos de janeiro a agosto deste ano, cortaram 6.987 postos de trabalho no mesmo período, precarizando o atendimento à população, aumentando as filas e a sobrecarga de trabalho dos bancários.

 

6. E denunciar que, em busca de “melhor eficiência”, os bancos vêm obrigando os bancários a cumprirem metas abusivas e a venderem produtos financeiros desnecessários à população, o que tem aumentado a incidência de adoecimentos.

 

 

Carlos Cordeiro,
Presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários

 

 

Luta contra o PL 4330

 

Os representantes dos bancários reafirmaram ainda a necessidade de intensificar a mobilização contra o PL 4330, que libera a terceirização até para atividades-fim, e participar da Jornada Mundial pelo Trabalho Decente, programada pela CUT e demais centrais sindicais para 7 de outubro.

 
Fonte: Contraf-CUT

Os bancários chilenos manifestaram apoio à greve nacional que completou oito dias nesta quinta-feira, dia 26. Uma mensagem foi encaminhada pela “Confederación de Sindicatos Bancarios y Afines” (CSTEBA), destacando a profunda solidariedade com os brasileiros pela grande mobilização.

 

“Queremos expressar a proximidade que temos com a luta e reivindicações da categoria bancária, uma vez que as aspirações são as mesmas com os bancos do Chile”, afirma o texto da CSTEBA, assinado por Andrea Riquelme Beltran, presidente, e Luis Mesina, secretário-geral.

 

Clique aqui para ler a íntegra da mensagem da CSTEBA.

 

O comunicado ressalta o desejo de se obter “num futuro próximo que as condições de salário, trabalho e saúde dos trabalhadores do sistema financeiro sejam respeitadas em toda a região e, pelo peso específico do Brasil e sua tradição de luta sindical, o que vocês fazem é muito importante para toda América”.

 

O presidente da Contraf-CUT e da UNI Américas Finanças, Carlos Cordeiro, agradece a manifestação da CSTEBA. “É um apoio que reforça a nossa organização e unidade latino-americana e mostra que precisamos cada vez mais direcionar ações internacionais de maneira conjunta em defesa dos empregos e direitos dos trabalhadores”, salienta.

 

“É sempre importante este tipo de manifestação, uma vez que mostra a unidade dos trabalhadores na América Latina. O apoio também leva segurança aos bancários da região quando tomamos conhecimento que irmãos trabalhadores de outros países são solidários aos brasileiros”, afirma Mario Raia, secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT.

 

“A CSTEBA sempre se mostrou solidária às causas dos trabalhadores brasileiros. É uma entidade irmã e parceira da Contraf-CUT”, completa Mário Raia.

 

Fonte: Contraf-CUT

Os bancários de Macaé e Região, no interior do Rio de Janeiro, obtiveram importante vitória nesta quinta-feira (26). A Justiça do Trabalho negou pedido de liminar para interdito proibitório solicitado pelo Itaú.

 
Conforme a decisão da juíza do Trabalho de Macaé, o próprio material reunido pelo banco no pedido de liminar demonstra que a greve transcorre dentro da legalidade, portanto, não justifica o interdito.

 
Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Macaé, Wagner Figueiredo, esta é uma importante vitória de todos os bancários, reforçando a legalidade da greve, que é direito garantido por lei.

 
“Estamos no nosso direito à livre manifestação. A greve é pacífica, ordeira. Se os bancários estão de braços cruzados é porque os banqueiros se negam a apresentar uma proposta decente, que reconheça o valor do trabalhador, o seu empenho, a sua participação nos lucros exorbitantes que os bancos alcançaram”, frisa.

 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Macaé

O Sindicato dos Bancários de Brasília obteve na Justiça na tarde desta quarta-feira (25), sétimo dia da forte greve nacional dos bancários, liminar que torna sem efeito documento enviado pela Diretoria de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas (Diref) do Banco do Brasil no início da semana proibindo os administradores de autorizarem a entrada de dirigentes sindicais nas dependências da instituição para fins de reunião com os funcionários.

 

 

Clique aqui para ler a íntegra da liminar

 

 

Na decisão, o juiz Gilberto Augusto Leitão Martins, titular da 11ª Vara do Trabalho de Brasília, sustenta que a medida adotada pelo BB, além de clara “afronta” aos termos da cláusula 51ª do acordo coletivo, “revela-se ofensiva ao direito de greve garantido na Constituição Federal de 1988, transparecendo nítido intuito de enfraquecer o movimento paredista”.

 

 

Para o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Wescly Queiroz, a determinação da Justiça, ao acatar os argumentos da entidade, deixa claro que a direção do BB vem lançando mão de toda sorte de expedientes que afrontam gravemente o direito constitucional de paralisação e do livre exercício da atividade sindical.

 

 

“Essa é uma importante vitória do Sindicato e dos trabalhadores, que faz frente a essa postura de verdadeira afronta do BB, que não hesita em se valer de interditos proibitórios e normativos internos para tentar enfraquecer nosso movimento, atacando seus funcionários e seus legítimos representantes”, declarou Wescly.

 

 

O juiz determina que o banco se abstenha de “orientar seus prepostos, administradores, gestores ou quem lhes faça as vezes de negar o referido acesso” dos dirigentes às suas dependências. Ainda segundo o magistrado, a decisão “tem força de ordem judicial no sentido de autorizar o oficial de justiça a dar cumprimento, inclusive com uso de força policial”. O valor da multa ao BB é de R$ 10.000 por ato de desobediência.

 

 

“A direção do BB tem insistido em desconstruir a greve e a unidade dos trabalhadores. Vamos ser intransigentes no combate a essa truculência”, acrescentou o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato.

 

 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Brasília

Os bancários, em greve nacional há sete dias, continuam ampliando e intensificando a paralisação da categoria em todo o país. Nesta quarta (25) 10.024 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados foram paralisados nos 26 estados e no Distrito Federal. Trabalhadores de setores estratégicos também aderiram à greve, com destaque para a paralisação de call centers.

 

A greve nacional foi deflagrada na quinta-feira (19) e, como nos anos anteriores, vem crescendo a cada dia. No primeiro dia foram fechados 6.145 unidades, subindo para 7.282 no segundo dia, 9015 no quinto dia e 9.665 unidades no sexto dia. Trata-se de um crescimento de 63,12% em relação ao primeiro dia de greve.

 

A (única) proposta da Fenaban de reajuste 6,1%, que repõe apenas a inflação do período foi apresentada no dia 5 de setembro e foi rejeitada pelos bancários rejeitaram em assembleias realizadas dia 12 em todo o país.

 

“Completamos uma semana de uma forte greve nacional, maior do que a do ano passado. Enquanto isso, os bancos estão há vinte dias calados, intransigentes, sem negociar com os bancários, desrespeitando a categoria e a sociedade. Vamos fortalecer ainda mais o movimento, ampliar ainda mais as paralisações, para forçar a reabertura das negociações visando conquistar uma proposta decente , com aumento real de salário, ampliação da PLR, valorização do piso, mais contratações, fim da rotatividade e das terceirizações, melhores condições de trabalho com fim das metas abusivas, mais segurança e igualdade de oportunidades”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro e coordenador do Comando Nacional dos Bancários).

 

O Comando Nacional, que representa 95% dos bancários de todo o Brasil, vai se reunir nesta quinta-feira (26), às 14h, em São Paulo, para fazer uma avaliação da primeira semana de greve e definir formas de ampliar e fortalecer ainda mais o movimento.

 

 

Mais passeatas e manifestações

 

Além de paralisar as atividades, os bancários vêm intensificando a realização de passeatas e manifestações em todo o país. Na terça (24) ocorreram caminhadas em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Campo Grande. Hoje, estavam agendadas mobilizações em Brasília, João Pessoa, Fortaleza e Salvador, entre outras.

 

“Vamos aumentar os protestos nas ruas para dialogar com os clientes e a sociedade, mostrando que os bancos, cujos lucros atingiram 29 bilhões de reais no primeiro semestre deste ano, têm plenas condições que atender às reivindicações econômicas e sociais dos bancários, reduzir as altas taxas de juros e tarifas cobrados dos clientes e garantir atendimento de qualidade à população “, conclui Carlos Cordeiro.

 

 

As principais reivindicações dos bancários

 

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

Fonte: Contraf-CUT

Os bancários em greve nacional há sete dias receberam o apoio e a solidariedade do “Sindicato de Empleados del Banco del Brasil”, filiado à “Federación de Trabajadores Bancarios y Afines del Paraguay (Fetraban)”. Um documento foi enviado ao presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, na terça-feira, dia 24, manifestando o apoio às legítimas reivindicações dos brasileiros.

 

“Admiramos profundamente a capacidade de mobilização dos companheiros e companheiras na luta pela melhoria constante da qualidade de vida, de suas famílias e da sociedade em geral”, afirma a correspondência.

 

“Estamos convencidos de que o único caminho para que se alcance a igualdade e a justiça é a unidade com mobilização”, ressalta o sindicato paraguaio. “Nossa dignidade não se vende e estamos com vocês”.

 

 

Luta sem fronteiras

 

O presidente da Contraf-CUT e da UNI Américas Finanças, Carlos Cordeiro, agradece a manifestação dos bancários paraguaios, mostrando a importância da organização internacional do movimento sindical. “Esse apoio reforça a solidariedade e a unidade dos bancários neste mundo globalizado em que vivemos, onde precisamos lutar cada vez mais de forma integrada para defender os empregos e direitos dos trabalhadores”, destaca.

 

O secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, William Mendes, salienta que esse apoio fortalece a greve no Brasil e a rede sindical dos bancários do BB nas Américas, que já conquistou a renovação do acordo marco global.

 

“Destacamos que em mesas de negociação com o BB no Brasil cobramos a direção do BB para marcar uma reunião específica com a UNI Américas e o ‘Sindicato de Empleados del Banco del Brasil’, visando a renovação do acordo coletivo no Paraguai, que está vencido há muitos anos e sem disposição do banco em apresentar propostas para as reivindicações dos bancários”, conclui William.

 

Fonte: Contraf-CUT

O Santander ingressou, sem sucesso, com ação de interdito proibitório na Justiça do Trabalho, solicitando liminar contra o Sindicato dos Bancários de São Paulo, em função das mobilizações e greve dos bancários.

 

A juíza Adriana Maria Battistelli Varellis indeferiu o pedido destacando que “as fotos juntadas indicam a existência do movimento grevista, anunciado por faixas nas portas das agências, mas não atestam o efetivo impedimento de acesso as mesmas (barreiras físicas ou pessoas em atitudes intimidatórias)”.

 

“O Santander tentou essa liminar em interdito proibitório e se deu mal. Se querem acabar com a greve, não conseguirão com interdito ou contingenciamento, mas com uma proposta decente na mesa de negociação”, destaca a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.

 

 

Gravação

 

A ação do Santander menciona, ainda, a gravação feita por um advogado contratado pelo banco que tentou se passar por bancário para gravar imagens que comprovassem o impedimento do ingresso no local de trabalho.

 

A respeito dessa gravação, a juíza destaca “que o autor da mesma não teve qualquer dificuldade para ingressar na área de autoatendimento e que não entrou pela porta giratória porque foi informado que a agência estava fechada”. E completa: “depois, ao dizer que era funcionário do banco, o autor da gravação logo foi inquirido se era daquela agência, tendo respondido que não, que era de outra área. Logo, injustificável que quisesse adentrar para laborar naquela agência”.

 

 

Interdito

 

O interdito proibitório é uma ação judicial prevista no Código de Processo Civil que visa repelir algum tipo de ameaça à posse. Mas é usada de forma inapropriada pelos bancos, que a utilizam com o único propósito de impedir que os trabalhadores exerçam seu direito constitucional de greve.

 

“O interdito proibitório é um instrumento totalmente estranho à relação do trabalho. Querem impedir a presença dos grevistas como se fossem tomar os prédios ou como se os próprios trabalhadores fossem propriedade dos banqueiros”, argumenta o advogado trabalhista Ericson Crivelli.

 

 

Outros

 

O Bradesco e o Banco do Brasil também ingressaram com pedido de liminar na ação de interdito proibitório para São Paulo e o Sindicato já está tomando as medidas judiciais cabíveis. No caso do BB, mandado de segurança impetrado pela entidade proíbe o uso de força policial para o cumprimento do interdito.

 

Em Barueri, o Bradesco também tentou, mas teve a liminar indeferida. A juíza Renata Prado de Oliveira Simões concluiu que “não restou comprovado pelo autor (Bradesco) as alegações descritas na petição inicial, a ponto de se constatar que o movimento grevista esteja impedindo o direito dos trabalhadores, clientes e público em geral de ir e vir, ou ainda, práticas de atos e de ameaça à posse objeto da ação.”

 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo