Maio 07, 2025
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Os resultados consolidados das grandes instituições financeiras até o terceiro trimestre deste ano mostram que o crédito não está mais caro mesmo com a escalada da taxa Selic, mas o brasileiro está gastando mais com tarifas e serviços bancários.

 
Na média, a receita com crédito das quatro maiores instituições do país – Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander – cresceu apenas 0,05% nos nove primeiros meses do ano, segundo dados consolidados pela Austin Rating, e só não teve um decréscimo em função do forte aumento da carteira de empréstimos do Banco do Brasil. Já a receita com serviços cresceu na média 12%, com o Itaú Unibanco registrando o maior crescimento no período.

 
Os bancos não conseguiram acompanhar a forte escalada dos juros futuros e por isso mesmo estão revisando para baixo as projeções que fizeram para o ano. Isso significa que os “spreads”, a diferença entre o que o banco paga para ter o dinheiro e o quanto cobra para emprestá-lo a seus clientes, continuam caindo. Alguns analistas entendem que as instituições financeiras não vislumbraram que os juros subiriam tanto e estão perdendo com o descasamento entre os empréstimos que concederam e o aumento de seus custos de captação.

 
Essa foi a explicação dada pelo Banco do Brasil, na semana passada quando divulgou seus resultados do terceiro trimestre, para revisar suas expectativas pela segunda vez no ano. O banco começou o ano acreditando que as margens financeiras cresceriam entre 7% e 10%.

 
Agora a expectativa é de que cresça entre 2% e 5%. Nos primeiros nove meses, cresceu 2,3%, mesmo com o forte crescimento de 23% da sua carteira de crédito.

 
No Bradesco, a explicação para a revisão das projeções foi a redução do ritmo de crescimento do crédito. O banco previa ter margens maiores entre 4% a 8% e agora estima um crescimento máximo de 3%.

 
O diretor executivo da instituição, Luiz Carlos Angelotti, explicou durante a teleconferência dos resultados do balanço do terceiro trimestre que o crédito representa 75% destas margens e o crescimento mais modesto do que o previsto no início do ano levaram à revisão das margens.

 

Itaú e Santander não divulgaram projeções no início do ano. De acordo com o balanço dos dois bancos, as margens estão caindo. O Santander teve uma queda de 10% na sua margem líquida de juros e o Itaú registrou queda de 12%, ao que o banco atribuiu à mudança de mix de sua carteira.

 

O analista do Goldman Sachs, Carlos Macedo, justamente ressalta esse ponto e diz que todos os bancos estão mais conservadores e crescendo em linhas como consignado, imobiliário e grandes empresas, onde os spreads são menores: “Para crescer em resultado, os bancos estão aumentando a eficiência e focando em serviços.”

 

Apesar do crescimento médio de 12%, as receitas com serviços ainda representam menos de um terço das receitas com crédito. Atingiram, em conjunto, R$ 56,76 bilhões em setembro, ante os R$ 167,8 bilhões de crédito. O Itaú foi o que mais cresceu, com 15,8%, seguido do Bradesco com 14,4%. O diretor do Itaú, Rogério Calderón, disse que este foi uma alta não em função de maior número de clientes, mas porque os clientes estão buscando mais serviços.

 
Fonte: Estadão

“É incontestável a existência de racismo no sistema financeiro.” A afirmação foi feita por Bárbara Vasquez, técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), durante palestra no II Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro, encerrado nesta quinta-feira (14), no Hotel São Francisco, no centro do Rio de Janeiro. O evento foi promovido pela Contraf-CUT em parceria com o Sindicato dos Bancários do Rio e a Fetraf RJ-ES.

 

Bárbara comparou os números do Censo Demográfico do IBGE de 2010 com os do Mapa da Diversidade da Febraban em 2008. No censo, as pessoas de cor negra (pardas e pretas) eram 50,7% da população brasileira, as de cor branca 47,7%; amarela, 1,1%; e indígena, 0,4%.

 

Nos bancos, segundo a pesquisa da própria Febraban, essa situação se inverte: os bancários de cor branca são 77,4%; somente 19% são de cor negra (2,3% preta e 16,7% parda); 3,3%, amarela; e 0,3%, indígena. “Há, portanto, uma subrepresentação dos negros nos bancos, confirmando o racismo”, observou.

 

 

RAIS confirma racismo

 

A técnica do Dieese apresentou também dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), extraídos do Registro Anual de Informações Sociais (RAIS), de 2012, que confirmam o racismo: 79,9% dos bancários são de cor branca; apenas 17,1%, negra (14,9%, parda, e 2,2% preta); 2,8%, amarela; e 0,2%, indígena.

 

Segundo a RAIS, a discriminação é maior nos bancos privados, mas também é grande nos públicos. Nos primeiros, 80,7% dos bancários são de cor branca; 16,5% de cor negra (14%, parda e 2,5%, preta); e 2,1% de cor amarela. Nos públicos, 74,8% são de cor branca; 21,9%, negra (19,4%, parda e 2,5% preta); e 3% amarela.

 

Mas o que mais assusta é que os bancos estão “embranquecendo” ainda mais o corpo de funcionários, tanto no setor público quanto no privado. Bárbara comprovou isto também através da RAIS de 2012: o número de negros admitidos em bancos públicos foi de 4.552, enquanto o de brancos foi mais que o dobro, 10.923. Nos privados a diferença é ainda mais assustadora. Foram admitidos naquele ano, 4.364 negros, e um número quase 5 vezes maior de brancos: 19.923.

 

Mesmo com dados tão alarmantes, na mesa temática sobre Igualdade de Oportunidades, os bancos dizem que estão fazendo um esforço para mudar essa situação. O número de negros demitidos também é maior nos privados: 5.169 bancários contra 1.331 nos públicos.

 

 

Negros ganham menos

 

Bárbara enfatizou que o Mapa da Diversidade mostra o tratamento diferenciado também na remuneração. Mesmo trabalhando na mesma função, os negros recebem, em média, 84% do salário dos brancos. O número de negros é menor quanto mais alto é o cargo na hierarquia bancária.

 

No posto de auxiliares de escritório 30% são negros e 69% não negros; no de gerente, 14% são negros e 86% não negros; já no de auditores 88% são não negros e 11% negros; nos cargos de diretores, 95% são não negros e apenas 4%, negros.

 

Entre bancários e terceirizados, são 1.023.120 trabalhadores no sistema financeiro. Deste total, 301.654 são negros, sendo 146.909 homens e 154.745 mulheres. Os não negros totalizam 721.766 pessoas. Destes, 356.408 são homens e 365.058, mulheres. Ao todo, são 503.317 homens e 519.803 mulheres.

 

O rendimento médio mensal das mulheres negras é de R$ 1.752,26; e dos negros, R$ 2.845,15. Entre os não negros, o salário médio é de R$ 4.254,19 e entre as não negras, R$ 2.630,60.

 

Comparando-se apenas os gêneros, os homens recebem uma remuneração média de R$ 3.840,19 e as mulheres R$ 2.360, 69. “Desde 1999, os bancários colocaram o tema da existência da discriminação racial na mesa de negociações, exigindo mudanças, e cláusulas para mudar esta realidade foram incluídas na Convenção Coletiva. Para resolver o problema é necessário insistir e pressionar cada vez mais”, afirmou.

 

Fonte: Contraf-CUT com Olyntho Contente (Seeb Rio)

Terminam nesta segunda-feira, dia 18, as eleições para o Conselho de Administração (CA) da Caixa Econômica Federal. A Contraf-CUT apoia a chapa 130, formada por Fernando Neiva para titular e Maria Rita Serrano para suplente.

 

A participação dos trabalhadores na administração da Caixa é uma conquista histórica dos empregados. O voto é secreto, facultativo e é feito por meio eletrônico. Todos os empregados ativos poderão votar. Não deixe de votar. Hoje é o último dia.

 

 

Fernando Neiva

 

“Fernando Neiva e Rita Serrano têm uma longa trajetória de luta em defesa dos bancários e dos trabalhadores. Temos certeza de que são a melhor opção e a garantia de uma representação real e qualificada dos empregados na defesa de seus direitos junto à mais alta instância de decisão da Caixa, instituição financeira pública indispensável para o desenvolvimento econômico e social do país”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

 

Fernando Neiva é economista com extensão em Agenda das Políticas Públicas: Tendências Contemporâneas e pós-graduação em Políticas Públicas, Estratégia de Gestão. Atualmente, cursa Direito.

 

Ele ingressou na Caixa em 1989 e integrou as diretorias do Sindicato dos Bancários de BH e Região a partir de 1996, tendo sido presidente entre 1999 e 2008. Atualmente, é diretor do Departamento Jurídico da entidade. Foi também membro do Conselho Fiscal da APCEF/MG, diretor da Fenae e da CUT Nacional.

 

 

Rita Serrano

 

Maria Rita Serrano é mestre em Administração, em História e em Estudos Sociais. É empregada da Caixa desde 1989. Foi vice-prefeita de Rio Grande da Serra (SP) e respondeu durante o mandato pela Secretaria de Cidadania do município. É autora do livro O desenvolvimento socioeconômico de Rio Grande da Serra.

 

Ela foi secretária de Finanças da Fetec/SP, integrou por duas gestões o Comitê de Investimento da Funcef e participou da Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa) entre 2003 e 2009. Presidiu o Sindicato dos Bancários do ABC entre 2006 e 2012. É diretora do Sindicato e da Agência de Desenvolvimento Econômico do ABC.

 

Fonte: Contraf-CUT

Marta Watanabe e Adriana Aguiar
Valor Econômico | De São Paulo

 

A partir de abril, as empresas passarão por uma verdadeira revolução na administração de dados relativos aos trabalhadores. O projeto, capitaneado pela Receita Federal, chamado de E-Social obrigará as empresas a oferecer a órgãos do governo federal informações detalhadas, e praticamente em tempo real, sobre folha de salários, dados tributários, previdenciários e informações relacionadas aos trabalhadores, que vão desde a admissão até a exposição do empregado a agentes nocivos. O receio das empresas é que as informações do E-Social irão resultar em elevação do volume de autuações, tanto fiscais como trabalhistas.

 

Com informações em tempo real, os auditores da Receita conseguirão cruzar valores retidos do Imposto de Renda, informações contábeis e dados sobre salários e encargos pagos aos empregados. O fiscais do Ministério do Trabalho terão acesso a dados sobre afastamentos, licenças, atestados médicos e horas extras pagas. Sem precisar visitar a empresa, terão dados sobre condições insalubres ou jornadas exaustivas de trabalho.

 

Parte do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), que já conta com áreas fiscal e contábil, o E-Social – nome dado pela Receita Federal para a Escrituração Fiscal Digital Social – estava previsto para ser implantado a partir de janeiro. Porém, a Receita anunciou que será publicada nova legislação com o novo cronograma, de acordo com a forma de apuração do imposto de renda. As empresas optantes do lucro real, com receita anual acima de R$ 78 milhões, serão as primeiras e terão até 30 de abril para se adaptar. (veja tabela)

 

O sistema tem um manual de mais de 200 páginas e um conjunto de mais de 20 tabelas, a maioria com centenas de itens de preenchimento. Cada evento trabalhista irá demandar um arquivo eletrônico único, a ser enviado rapidamente ao sistema integrado do E-Social. A admissão do empregado, com todos os dados solicitados, por exemplo, é um evento que requer um arquivo específico e que deve ser enviado de forma eletrônica antes que o empregado inicie suas atividades. Hoje, as empresas têm até sete dias para informar ao Ministério do Trabalho.

 

Além de nome e ocupação, precisará ser acompanhada de descrição das funções, do departamento e até de informações que hoje as empresas nem possuem: se o trabalhador usou recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para comprar a casa própria, por exemplo.

 

“O E-Social irá aumentar de forma significativa a visibilidade das empresas”, diz Marcel Cordeiro, sócio na área trabalhista da Pricewaterhouse Coopers (PwC). Para ele, a quantidade e detalhe das informações que os diversos órgãos do governo passarão a ter sobre as companhias irão resultar em elevação de autuações fiscais. Informações antes esparsas, como aposentadorias especiais por condições insalubres num grupo de trabalhadores dentro da empresa, por exemplo, serão facilmente detectadas e poderão levar à exigência de uma alíquota maior da contribuição previdenciária, além de fiscalização do ministério.

 

“Não sabemos como os dados serão usados pela fiscalização para as autuações, mas as empresas terão menos tempo para corrigir informações “, diz Oziel Estevão, sócio do Honda Estevão Advogados. Atualmente, as empresas conseguem detectar eventuais erros em auditorias internas entre seis meses e um ano. Como o E-Social permitirá o acesso e processamento das informações de forma mais rápida pela fiscalização, avalia Estevão, talvez as empresas não tenham tempo hábil para correções. Isso poderá provocar maior pedido de informações ou autuações.

 

Fábio Medeiros, sócio do Machado Associados, destaca o acompanhamento necessário para que possíveis inconsistências detectadas não bloqueiem a emissão das certidões negativas de débitos, documento essencial para a atividade das empresas. Com os documentos atuais, que possuem volume menor de dados, diz, esse acompanhamento já é rigoroso. Com o E-Social, o ajuste precisará ser muito mais fino. Atualmente, a empresa informa à Receita qual a base tributável pela contribuição previdenciária. “Com o E-Social, a fiscalização fará, com base nos dados, o cálculo sobre o que considera a base tributável.”

 

Na seara trabalhista, o efeito será o mesmo. “A fiscalização saberá o número de horas trabalhadas sem precisar verificar o relógio de ponto da empresa”, diz Medeiros. “A repercussão nessa área poderá ser maior que na tributária previdenciária.”

 

A implantação do E-Social deve ser a mais complexa do que os módulos fiscal e contábil do Sped, na opinião de Marcus Vinícius Gonçalves, sócio da KPMG. O desafio, diz ele, não é somente a quantidade, mas a diversidade de informações. Enquanto o Sped para as áreas contábil e fiscal se alimenta basicamente no setor de contabilidade, de contas a pagar e da área de compras, o cumprimento do E-Social exige esforço maior.

 

São necessários dados do setor de recursos humanos – folha de pagamentos, impostos e contribuições, cadastros -, do financeiro – tributos, recolhimentos, pagamentos de terceiros e dados contábeis – e de tecnologia de informação, para extração de dados, interfaces e segurança de informação. O fluxo de informações inclui também os dados sobre medicina e segurança do trabalho. Além disso, diz Gonçalves, o jurídico trará as informações sobre as ações judiciais, exigidas em módulo que será implementado posteriormente. “Isso vai exigir uma integração muito maior da empresa”.

 

Outra dificuldade apontada por Gonçalves está em como lidar com as informações que hoje são geradas em papel e que terão que migrar para o sistema, como atestados de exames médicos admissionais, periódicos e demissionais. “Isso, via de regra está em papel, arquivado na pasta do funcionário e deve haver uma mudança na rotina da empresa.”

 

A transmissão em tempo real de informações também tem preocupado empresas. Segundo Gonçalves, a companhia terá que revisar, antes do sistema entrar em vigor, a sua política trabalhista atual, “sob pena de confessar práticas que a empresa adota que violam a legislação”.

 

É o caso, por exemplo, de empresas que autorizam o funcionário a fracionar as suas férias, o que não é permitido pela legislação. Hoje o trabalhador pode vender dez dias de suas férias, mas tem que tirar os outros 20 dias de uma só vez. Segundo Gonçalves, como o controle de jornada também será fornecido ao sistema, isso poderá trazer conflitos sobre essas informações, se o trabalhador volta de férias antes do tempo previsto para posteriormente tirar os dias que lhe faltam. ” A empresa terá que definir qual será a sua conduta a partir disso. Se cumprirá a legislação, ou correrá risco”, diz.

 

Muitas companhias ainda não despertaram para as mudanças que devem ocorrer no ano que vem, segundo o sócio da KPMG. “Desde o mês passado, a quantidade de empresas que nos procuraram aumentou exponencialmente, mas estamos com um prazo bastante apertado”, diz. Isso porque a alteração será grande nas companhias e deve haver, segundo Gonçalves, uma revisão geral da área trabalhista antes da implantação, que vai desde a atualização de dados cadastrais até práticas das empresas e análise de ações judiciais trabalhistas, que entrarão num próximo módulo.

 

Para Carlos Henrique de Oliveira, professor de direito da Fundação Getulio Vargas (FGV) e representante do Ministério da Fazenda no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), a implantação do E-social deve facilitar a vida das empresas. Em vez de enviar informações baseadas na folha de pagamentos para os órgãos federais, esses dados serão disponibilizados em um único sistema, que armazenará a folha de pagamentos. Esse sistema poderá ser verificado pelos órgãos competentes e pelos próprios trabalhadores que, a longo prazo, também poderão acessar. “Isso evita que hajam informações desencontradas e inconsistências”, diz Oliveira.

 

A mudança será benéfica para todos, segundo Oliveira, já que informações erradas poderiam causar transtornos para a companhia, para a fiscalização e para o trabalhador. “A longo prazo, diminuirá a exigência de obrigações acessórias que terão que ser fornecidas para as companhias, os funcionários terão mais clareza sobre sua situação e a fiscalização terá maior controle das informações”.

 

Fonte: Valor Econômico

O Sindicato dos Bancários de São Paulo realizou uma sardinhada na entrada da agência Benedito Calixto do Bradesco, em protesto contra a pressão por metas abusivas e o assédio moral que tem provocado o sofrimento dos bancários.

 

“O Sindicato vem recebendo uma série de denúncias de trabalhadores de todas as agências dessa regional do banco que, além da Benedito Calixto, administra mais oito unidades. Queremos que o ato desta quinta seja entendido como um recado para toda a regional”, disse o diretor da entidade, Alexandre Bertazzo.

 

Durante o protesto, dirigentes sindicais denunciaram aos clientes do banco e à população as condições de trabalho dos bancários no local.

 

A agência Benedito Calixto é uma das unidades com grande número de funcionários afastados por adoecimento. “Os trabalhadores estão adoecendo diante de tanta sobrecarga, pressão e desrespeito. O Sindicato não vai tolerar que essa situação continue”, acrescentou.

 

Bertazzo destacou ainda que as nove agências dessa regional do Bradesco não são exceção. “É importante ressaltar que essa política de metas cada vez maiores, de pressão e de assédio moral é adotada em todo o banco”, denunciou.

 

O dirigente sindical lembra ainda que a categoria conquistou na campanha de 2010 um instrumento de combate ao assédio moral, que garante o anonimato de quem denuncia e prevê que as instituições financeiras tomem providências após apuração.

 

As sardinhas assadas na calçada foram distribuídas a clientes do banco e pessoas que passavam pelo local.

 

Fonte: Seeb São Paulo

Para alertar os homens sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), em parceria com Instituto Lado a Lado pela Vida, vão iluminar pontos turísticos em várias cidades e distribuir panfletos explicativos no movimento chamado Novembro Azul. O tema da campanha – Um Toque, um Drible – pretende conscientizar os homens sobre a necessidade de se submeter a exames preventivos.

 

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) informam que no ano passado foram identificados mais de 60 mil novos casos da doença. O instituto considera câncer de próstata uma doença da terceira idade, porque cerca de três quartos dos casos no mundo surgem a partir dos 65 anos. De acordo com Eduardo Ribeiro, uro-oncologista do Hospital Santa Lúcia, em Brasília, os homens estão mais conscientes, “não tanto quanto as mulheres, que vão ao ginecologista desde adolescentes, mas a gente não vê mais tanta resistência”, contou Ribeiro.

 

A próstata é uma glândula presente nos homens, localizada abaixo da bexiga e à frente do reto. O câncer pode ser descoberto inicialmente no exame clínico, um toque retal, exame que enfrenta a resistência de muitos homens, combinado com o resultado de um exame no sangue. Se detectado o tumor, só a biópsia é capaz de confirmar a presença de um câncer. Segundo a SBU, quando descoberto no início, 90% dos casos de câncer de próstata são curáveis. De acordo com Ribeiro, pessoas que têm casos de câncer de próstata na família, obesas, e negras têm mais risco de desenvolver a doença.

 

Segundo o Inca, no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás do câncer de pele. Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando 10% do total de cânceres. A taxa de incidência do câncer de próstata é seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.

 

Na fase inicial, o câncer da próstata não costuma apresentar sintomas. Quando surgem são parecidos com os do crescimento benigno da próstata: dificuldade de urinar e necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou a noite. Na fase avançada, a doença pode provocar dor nos ossos, problemas para urinar e, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.

 

O tratamento vai depender do estágio da doença, e pode ser feito com cirurgia, radioterapia, tratamento hormonal e algumas vezes apenas observação médica. As ações do Novembro Azul preveem, além de uma iluminação azul em pontos turísticos, como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e o Congresso Nacional, em Brasília, a distribuição de panfletos em estádios de futebol durante o campeonato brasileiro.

 

A SBU vai entregar uma lista de sugestões aos parlamentares, entre elas a criação de centros de Referência em Saúde do Homem, para melhorar seu acesso ao SUS, assim como acontece com as mulheres.

 

Fonte: Agência Brasil

Prossegue nesta quinta-feira (14) o II Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro, no Hotel São Francisco, no centro do Rio de Janeiro. Iniciado ontem, o evento é uma promoção da Contraf-CUT em parceria com o Sindicato dos Bancários do Rio e a Fetraf RJ-ES e integra a programação do mês da consciência negra.

 

Clique aqui para assistir à transmissão ao vivo com apoio do Sindicato dos Bancários de Brasília.

 

Para Andrea Vasconcellos, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, “todas as entidades sindicais são desafiados a estimular o debate e a reflexão sobre essa temática, bem como participar da mobilização para combater a discriminação racial e conquistar igualdade de oportunidades”.

 

“O II Fórum é um momento oportuno e ímpar para acumular, compreender e apontar caminhos para o debate e a reflexão no interior das direções e, especialmente junto à categoria”, conclui Andrea.

 

O evento conta com a participação de intelectuais, pesquisadores, gestores e movimentos sociais que atuam no tema.

 

 

Confira a programação desta quinta:

 

9h: Mesa 2 – Aspectos conceituais e políticos das ações afirmativas no Brasil: Avanços e Lacunas.

 

Expositores (as):

 

1. Silvio Luiz de Almeida – Presidente do Instituto Luiz Gama – Advogado, professor universitário, consultor técnico da Federação Quilombola do Estado de São Paulo.
2. Ramatis Jacinto – Instituto Sindical Interamericano pela Igualdade Racial – INSPIR
3. Frei David Raimundo Dos Santos – Educafro
Coordenador (a): Representante da Fetraf RJ-ES

11h: Debate

12h: Almoço

14h: Roda de conversa: Os desafios das políticas antirracistas no Sistema Financeiro, a transversalidade e as negociações coletivas.

 

Expositores:
Dieese – Bárbara Vasquez – Apresentação dos dados e indicadores
Contraf-CUT – Andréa Vasconcelos – Secretaria de Políticas Sociais
Unegro- Rio – Antônio Carlos dos Santos – Diretor de Formação
CUT-RS – Antônio Barbosa dos Santos – Secretário de Políticas de Igualdade Racial
Glória Ramos – Integrante do Inspir e Ativista Social na promoção da Igualdade Racial
Fenaban
Coordenador(a): Representante da Fetraf RJ-ES

15h30: Debate

16h30: Repactuação da Carta de Compromisso das Entidades.

17h: Encerramento

 

 

Leia mais

 

Desigualdades entre negros e brancos crescem, aponta II Fórum Nacional

Professor expõe raízes históricas da discriminação racial no Brasil

Política de segurança promove genocídio de jovens negros nas favelas

 
Fonte: Contraf-CUT

Na segunda mesa de debates do II Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro, realizado nesta quarta-feira (13) no Hotel São Francisco, no Rio de Janeiro, a doutora em Psicologia Social e coordenadora de Direitos Humanos do Observatório de Favelas, Raquel Willadino, denunciou o que chama de genocídio da população jovem e negra das favelas do Rio em consequência de uma política de segurança pautada pela lógica de “guerra” nas ações contra o tráfico de drogas. Segundo Raquel, essa política gera a criminalização das comunidades pobres e dos jovens, em sua maioria negros, que vivem nas periferias.

 

Ao abordar o tema “Panorama sociorracial e a violência contra a população negra no Brasil”, a psicóloga disse que é necessário mudar o foco das políticas públicas de segurança, que deveriam estar voltadas para a redução da violência letal de adolescentes e jovens.

 

“A falta de políticas públicas com foco em meninos negros de 12 a 18 anos se reflete no aumento do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA)”, avalia a coordenadora do Programa de Redução de Violência Letal contra Adolescentes e Jovens.

 

 

Calculado com base no banco de dados do Ministério da Saúde, o IHA mostra que o risco de um jovem negro ser vítima de homicídio é quase três vezes superior ao de um branco.

 

De acordo com Raquel, pesquisas recentes da organização não governamental Observatório de Favelas, feita em 16 regiões metropolitanas, revelam que apenas 8% dos programas de enfrentamento da violência desenvolvidos nos últimos anos por estados e municípios levaram em conta a questão racial.

 

“O racismo é um elemento estruturante dessa ênfase na letalidade da juventude negra. Temos o processo de criminalização não só da pobreza, mas particularmente dos jovens negros moradores de espaço populares”, disse. Ela lembra que o Mapa da Violência, que traça o perfil das mortes entre pessoas de 15 a 29 anos, já apontava assassinatos generalizados de negros.

 

 

O silêncio da mídia

 

Segundo Raquel, além dos números alarmantes de jovens pobres assassinados nas periferias das cidades, outro aspecto que preocupa é o silêncio da mídia e da opinião pública diante do quadro social.

 

“O extermínio da população negra juvenil dos bairros pobres não repercute na mídia e não chega à opinião pública. Este silêncio é igualmente letal”, criticou. A especialista criticou ainda a naturalização e legitimação das mortes.

 

“Se eu passo por um menino dormindo na rua e considero esta imagem como parte natural do cotidiano, bem como não me indigno com o extermínio nas favelas, eu legitimo esta política genocida”, acrescentou.

 

Para Raquel, é preciso mudar o modelo de “guerra ao crime” e criar políticas pautadas nos direitos humanos e valorização da vida. “Nossa proposta passa pelo controle de armas, criação de políticas preventivas e mudança radical nas políticas públicas”, ressaltou.

 

O Observatório das Favelas apresenta várias outras proposições para mudar esse quadro social, que passa pela discussão racial, já que 77% dos jovens assassinados no Brasil são negros.

 

Entre as medidas, a entidade propõe: ações de mobilização e programas de democratização da informação, inclusive com a criação de uma escola popular de comunicação crítica e o projeto “Mídia e Favela”.

 

A entidade busca ainda, através de abaixo-assinado, divulgar um protocolo de proposições para reduzir o homicídio de adolescentes das áreas populares, que será entregue aos governos municipais, estaduais e federal.

 

Mais informações sobre os projetos sociais da ONG nos sites www.jmv.org.br ou www.observatoriodasfavelas.org.br

 

 

Pela visibilidade negra

 

O II Fórum Nacional, que integra a programação do mês da consciência negra, é uma promoção conjunta da Contraf-CUT, Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e Fetraf RJ-ES.

 

O evento termina nesta quinta-feira (14) e conta com transmissão ao vivo pela equipe de imprensa do Sindicato dos Bancários de Brasília.

 

Clique aqui para assistir à transmissão ao vivo.

 

A programação estabelece uma mesa de debates sobre “Aspectos Conceituais e Políticos das Ações Afirmativas no Brasil: Avanços e Lacunas”.

 

Também será realizada uma roda de conversa com a participação da Contraf-CUT, Dieese, CUT Nacional, Unegro-RJ e Fenaban sobre “Os desafios das políticas antirracistas no sistema financeiro, a transversalidade e as negociações coletivas”.

 

Ao final, será feita uma repactuação da Carta de Compromisso das Entidades.

 

Fonte: Seeb Rio de Janeiro

Os bancários paralisaram duas agências do Itaú na manhã de quarta-feira (13) em Catanduva, no interior de São Paulo, protestando contra as constantes demissões ocorridas na instituição financeira. “É um absurdo o que vem ocorrendo nos bancos, principalmente no Itaú, em relação à dispensa de funcionários. Como pode um banco que lucra bilhões, tratar tão mal clientes e funcionários. Isso tem que acabar”, esbraveja o presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e funcionário do Itaú, Paulo Franco.

 

Em junho, a direção do banco informou em reunião com dirigentes sindicais que não fecharia centros administrativos, nem cortaria postos de trabalho diante do investimento em novo polo de tecnologia no interior do estado.

 

“Não foi bem o que ocorreu. Essas demissões não pararam mais desde então. Quem fica, além de ficar sobrecarregado, com trabalho até aos finais de semana, vai adoecer, pois a pressão e o medo da dispensa já fazem parte do cotidiano”, alerta o diretor do Sindicato e também funcionário do Itaú, Carlos Alberto Moretto, destacando a crescente terceirização na área de tecnologia, o que precariza o trabalho.

 

Além do investimento no novo centro tecnológico, o lucro líquido recorrente do Itaú atingiu R$ 11,156 bilhões nos nove primeiros meses de 2013, 5,8% mais em relação ao mesmo período de 2012. “Esse resultado fantástico é fruto do trabalho dos bancários. Mas, infelizmente, não há contrapartida para a sociedade, apenas desemprego”, destaca Segio Ximbica, diretor do Sindicato e também funcionáro do Itaú.

 

O banco reduziu o número de trabalhadores de 104.022 em março de 2011 para 87.440 em setembro de 2013 – corte de 16.582 postos de trabalho no período. Pode?

 

Fonte: Contraf-CUT com Fetec-CUT/SP

Um estudo divulgado nesta quarta-feira (13) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que um trabalhador negro recebe em média um salário 36,1% menor que o de um não negro, independentemente da região onde mora ou de sua escolaridade. Segundo o estudo, a diferença salarial e de oportunidades de trabalho são ainda maiores nos cargos de chefia.
A pesquisa ‘Os negros nos mercados de trabalho metropolitanos’ foi feita nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo. O estudo destaca que a desvantagem registrada entre a remuneração de negros e não negros é pouco influenciada pela região analisada, horas trabalhadas ou setor de atividade da economia.
“Em qualquer perspectiva, os negros ganham menos do que os brancos”, avalia a economista Lucia Garcia, coordenadora de pesquisa sobre emprego e desemprego do Dieese, em entrevista à Globo News. “O que observamos é que a progressão na educação melhora a educação da população negra, mas não extingue a desigualdade. Encontramos mais desigualdades no ensino superior completo.”
A pesquisadora mostra que nas áreas metropolitanas os negros correspondem a 48,2% dos ocupados, mas, em média, recebem por seu trabalho 63,9% do que recebem os não negros. Entre os trabalhadores com nível superior completo, a média de rendimentos por hora é de R$ 17,39 entre os negros, e de R$ 29,03 entre os não negros.
“O trabalhador negro encontra dificuldades ao longo de toda a sua vida profissional”, avalia a pesquisadora. “Desde o momento de conseguir um emprego até nas oportunidades para progredir na carreira.” Segundo a pesquisa do Dieese, na Região Metropolitana de São Paulo, enquanto 18,1% dos trabalhadores não negros alcançam cargos de direção, apenas 3,7% dos negros atingem esta função de chefia.
A pesquisa aponta ainda que os negros se concentram nas ocupações de menor prestígio e valorização como pedreiros, serventes, pintores, caiadores e trabalhadores braçais na construção, faxineiros, lixeiros, serventes, camareiros e empregados domésticos.
O Dieese diz que as políticas de ação afirmativa como as cotas raciais nas universidades ajudam a dar mais oportunidades de trabalho e estudos para a população negra, mas será necessário a criação de cotas nas empresas para que este público seja efetivamente atendido.

 

Fonte: G1