Junho 09, 2025
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Devido ao clima de insegurança existente nas filiais e agências, mediante a possibilidade de uma nova reestruturação, a Contraf-CUT, federações e sindicatos cobraram da Caixa Econômica Federal respeito aos empregados e transparência na condução do projeto de atualização do modelo de gestão que o banco vem implantando na Matriz, mas pretende também fazer mudanças nas filiais e agências.

A cobrança foi feita durante a mesa de negociações permanentes, que foi retomada nesta quarta-feira (18), em Brasília. Essa foi, aliás, a primeira rodada depois da assinatura do acordo coletivo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2013/2014, ocorrida em 18 de outubro, em São Paulo.

Apreensão

A falta de comunicação adequada da Caixa sobre esse processo tem gerado grande apreensão entre os empregados, que não sabem qual será o impacto de uma possível reestruturação em seus setores. As notícias que vêm sendo espalhadas pelas unidades dão conta de que haverá extinções de diversas áreas, o que vem gerando incertezas quanto ao futuro.

Os dirigentes sindicais lembraram das queixas dos trabalhadores, que temem ser prejudicados com a reestruturação. Há, inclusive, escassez de informações sobre como serão feitas as realocações. Nesse processo, conforme observou a Contraf-CUT, assessorada pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa), há denúncias de que vagas estão sendo preenchidas sem Processo Interno de Seleção por Competência (PSIC), configurando-se como uma irregularidade sem precedente.

Os representantes da Caixa confirmaram que algumas áreas serão extintas, enquanto outras apenas reduzidas. Eles disseram também que, na medida em que esse processo for definido, as unidades serão informadas. A implantação dessas mudanças, segundo a empresa, segue cronograma determinado com base em estudos feitos por consultoria. O objetivo, nesse caso, é mudar a estrutura organizacional da Caixa, visando tornar o fluxo do trabalho mais ágil.

Em resposta a um questionamento da Contraf-CUT, a Caixa afirmou que, no decorrer das mudanças, os empregados da Gilie irão para a Gihab com suas respectivas funções ou processos. A reivindicação dos representantes dos empregados é para que essa situação ocorra da forma menos traumática possível.

Foi questionada a real necessidade dessas mudanças arbitrárias e unilaterais. Para a representação nacional dos empregados, a Caixa precisa esclarecer aos seus trabalhadores os motivos que a levaram a tomar essa decisão, buscando convencê-los de que essa é a melhor alternativa.

A Contraf-CUT considera fundamental planejar esse processo de reestruturação, ponderando sobre as diferentes áreas, os empregados e suas especificidades, acertando previamente as novas funções, responsabilidades e remunerações, de modo a assegurar direitos. O primordial, nesse caso, é a valorização e o respeito aos trabalhadores.

Na reunião desta quarta, a Contraf-CUT também discutiu outros pontos com a Caixa, que foram:

Saúde Caixa

A Contraf-CUT cobrou uma política mais clara sobre o Saúde Caixa. Foi lembrado que as reuniões do Conselho de Usuários têm se limitado à apresentação do que foi implantado, sem que haja qualquer discussão prévia sobre os impactos financeiros dessas eventuais melhorias sobre o plano de saúde.

Há também dificuldades na obtenção de dados mais atualizados do plano. Isto provoca a falta de análise a respeito do que pode ser feito com os recursos. A representação dos empregados defende maior transparência sobre os números do Saúde Caixa.

As alterações unilaterais nos normativos têm prejudicado os empregados, sobretudo aqueles que se aposentam com menos de 10 anos de Caixa e não levam o Saúde Caixa. Essas medidas são adotadas em desacordo com o aditivo à Convenção Coletiva, o que é inaceitável.

A Contraf-CUT conclamou a empresa a reforçar espaços com o do Conselho de Usuários, visto que isto não vem ocorrendo nos últimos anos. Se assim for feito, o Conselho de Usuários terá condições de cumprir o seu papel de acompanhar a qualidade do programa Saúde Caixa, passando a oferecer à empresa subsídios ao aperfeiçoamento da gestão e dos benefícios, de acordo com as normas e a legislação em vigor.

Aposentados

A Caixa informou aos dirigentes sindicais que foi concluído o levantamento sobre os empregados que participaram dos últimos Programas de Demissão Voluntária (PADVs) e se aposentaram.

O assunto será discutido nos próximos dias, em data a ser agendada entre as partes, mas a reivindicação do movimento sindical é pelo retorno desses trabalhadores ao Saúde Caixa. Se houver acordo nessa questão, a proposta será encaminhada para assinatura do aditivo.

Técnico de segurança do trabalho 

A Contraf-CUT reivindicou um plano de melhorias das condições profissionais dos técnicos de segurança do trabalho. Há queixas sobre a baixa remuneração do segmento e foi perguntado sobre o propósito da Caixa em relação à função: se vai extingui-la ou reduzi-la?

A Caixa negou que pretende terceirizar a função, mas adiantou que pensa em fazer alterações no modelo de atribuições do segmento, com o objetivo de reduzir tarefas. Diante disso, os representantes dos empregados mostraram preocupação com o futuro desses trabalhadores, que exercem suas tarefas com um quantitativo reduzido de empregados.

O debate sobre o assunto será retomado em uma próxima reunião, a ser realizada em meados de janeiro de 2014.

Cipas/Sipats

Foi cobrada maior transparência no processo de eleição das Comissões Internas de Prevenção de Acidente (Cipas). Muitas vezes, a Caixa não divulga o calendário, desconhecido por boa parte das entidades sindicais, chegando até ao absurdo de indicar candidatos para o preenchimento das vagas.

A alegação da empresa é de que o sistema de eleição das Cipas está todo automatizado, com centralização por parte da Matriz.

O movimento sindical bancário reivindicou ainda maior participação na elaboração da programação das Semanas Internas de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Sipats).

Tesoureiros

A Contraf-CUT cobrou uma solução para o problema dos tesoureiros que trabalham solitários nas agências, com grande quantidade de atribuições. Em relação à jornada, a Caixa informou que não haverá qualquer alteração.

A empresa não confirmou os boatos de que pretende mudar a lotação dos tesoureiros para as agências, limitando-se a dizer que alguma coisa será feita.

Sisag

Desde que foi implantado, o Sistema de Automação de Produtos e Serviços de Agências (Sisag) apresenta problemas. Os caixas são os maiores prejudicados, dado que todo o trabalho deles depende do sistema. Foi dito para a empresa que a inconsistência do sistema com o Sipon foi verificada em uma agência de Brasília. Atualmente, há 2.569 agências com Sisag.

A respeito dessa questão, a Contraf-CUT mostrou preocupação com o fato de o Sipon estar servindo para fazer gestão com horas extras, o que é uma ilegalidade e não tem base no acordo coletivo. Os representantes dos empregados deixaram claro que o Sistema de Ponto Eletrônico não pode ser utilizado como ferramenta para a criação de banco de horas.

A Caixa considera difícil monitorar esse processo em sua totalidade, argumentando que as providências serão adotadas na medida em que os casos forem identificados.

Ranqueamento de empregados

A Contraf-CUT denunciou a ocorrência de ranqueamento de empregados. Há casos de gestores que divulgam lista de empregados produtivos e não-produtivos. Isto, inclusive, vem ocorrendo em Santa Catarina, em total descumprimento à Convenção Coletiva de Trabalho, que proíbe esse tipo de procedimento. Foi reivindicada uma solução para essa irregularidade.

Conselho de Administração

Passada a etapa de escolha dos representantes dos empregados para o Conselho de Administração, concluída no início de dezembro, a Contraf-CUT cobrou uma definição sobre a data de posse dos conselheiros eleitos.

A resposta da Caixa a essa reivindicação foi a de que essa posse está condicionada à alteração do estatuto da empresa, cujo pedido foi encaminhado e está sob análise da Casa Civil da Presidência da República.

Devolução dos dias de paralisação

Depois de cobrada pela representação dos empregados, a Caixa informou que os descontos dos dias de paralisação referentes às datas de 11 de julho e 30 de agosto, serão devolvidos na folha de janeiro do próximo ano. Nessa situação encontra-se um grupo de 200 a 300 empregados.

Fonte: Contraf-CUT com Fenae

Uma decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), proferida na semana passada, proíbe as operadoras de plano de saúde de exigir o preenchimento da Classificação Internacional de Doenças (CID) em guias para exames e honorários médicos.

 

A prática foi considerada abusiva por ferir o princípio da privacidade e constituir obstáculo indevido para a utilização dos planos contratados. Além disso, o Ministério Público Federal (MPF) argumenta que os exames servem justamente para elaboração dos diagnósticos.

 

O recurso para manter a exigência foi apresentado pelas operadoras Blue Life, Bradesco, Golden Cross e Sul América contra uma decisão de 2005 da 6ª Vara Federal do Rio de Janeiro, que proibia o preenchimento da CID nas guias. A decisão do TRF2 abrange tambémas empresas Amil, Assim, Caarj, Dix, Geap e Marítima.

 

A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) informa que não comenta decisões judiciais nem está apta a falar em nome de operadoras específicas, mas recomenda que asdecisões da justiça sejam cumpridas.

 

De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a Instrução Normativa Nº 40, de abril de 2010, veda a exigência do número da CID nas guias de exames, inclusive modificando os formulários, que não têm mais o campo para este fim.

 

Fonte: Agência Brasil

 

A Contraf-CUT apoia o Projeto de Lei (PL) nº 6929/2013, de autoria do deputado federal Artur Bruno (PT-CE), que proíbe as empresas de expor publicamente as metas a serem alcançadas pelos trabalhadores.

Clique aqui para ler na íntegra o PL 6929-2013

O parlamentar afirmou em matéria publicada no último dia 16 pelo Jornal O Estado, de Fortaleza, que a iniciativa surgiu a partir de denúncias, sobretudo dos bancários. “Eles reclamavam que os gerentes mandavam torpedos, via celular ou internet, cobrando produtividade. Muitos ficam estressados, outros se deprimem e se sentem coagidos a alcançar as metas. O trabalho tem local e horário, não pode invadir a intimidade”, explicou.

Segundo Walcir Previtale, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, a cláusula 36ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de 2013/2014 dos bancários dispõe sobre o monitoramento de resultados e proíbe a exposição do ranking individual de metas dos funcionários e na Campanha Nacioanal 2013 foi conquistada a inclusão de um parágrafo que veta o envio de torpedos (SMS) para cobrança de metas.

“No monitoramento de resultados, os bancos não exporão, publicamente, o ranking individual de seus empregados. É vedada a cobrança de cumprimento de resultados por torpedos (SMS), pelo gestor, no telefone particular do empregado”, consta na CCT.

O deputado salientou que a exposição das metas tem deixado de ser uma ferramenta motivacional para ser uma modalidade de assédio moral. “Não podemos admitir esse tipo de pressão que está sendo imposta sobre os trabalhadores”, reclamou, acrescentando que pretende proibir ainda a exposição do ranking individual de desempenho do trabalhador.

Para Walcir, a fixação de metas e a violência praticada para cobrar esses resultados dos empregados são abusos cometidos pelos bancos. “As metas e o assédio moral são temas que habitualmente aparecem com muita força nas consultas aos bancários na deflagração da Campanha Nacional”, enfatiza.

O parlamentar acredita que o projeto será votado no início de 2014. “Parabenizamos a iniciativa do deputado e nos colocamos a disposição no que for preciso para que o projeto tenha êxito”, conclui Walcir.

Fonte: Contraf-CUT

Os bancários realizam nesta quinta-feira (19) um Dia Nacional de Luta no Santander, fazendo paralisações e protestos em todo país contra o descaso do banco espanhol com o emprego e as condições de trabalho.
Uma carta aberta está distribuída pelos sindicatos aos clientes e usuários, retratando o drama das demissões para as famílias dos bancários. Num lado, aparece a imagem de um menino com a frase “Santander, não demita meu pai” e segurando um cartaz dizendo “Respeite o Brasil e os Brasileiros”, e, no outro lado, um texto com o título de “Queremos Natal e Ano Novo sem demissões”. Há também uma versão com a frase “Santander, não demita minha mãe”.
Clique aqui para ler o texto da carta aberta.
“Com essa mobilização, esperamos que o espírito do Natal e Ano Novo sensibilize o Santander a abrir negociações com o movimento sindical para discutir uma política de emprego, porque esse modelo perverso de gestão prejudica trabalhadores e clientes, não serve para alavancar o banco e não contribui para o desenvolvimento econômico e social do país”, afirma o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.
O Santander é hoje o banco que mais está demitindo no Brasil. Até na véspera do Natal! Nos primeiros nove meses do ano, conforme estudo do Dieese, o banco fechou 3.414 postos de trabalho, na contramão da economia brasileira, que gerou 1,3 milhão de vagas no período. Entre setembro de 2012 e 2013, a redução foi de 4.542 empregos, uma queda de 8,2% no quadro de funcionários.
Para o banco, as demissões são normais. Mas para os bancários são injustificáveis. O Santander obteve lucro de R$ 4,3 bilhões até setembro no Brasil, o que representa 24% do lucro mundial, o maior resultado entre todos os países onde o banco atua.
Com tantas demissões, faltam cada vez mais funcionários nas agências, causando sobrecarga de serviços, assédio moral, estresse, insegurança e adoecimento de bancários, piorando as condições de trabalho e prejudicando a qualidade de atendimento aos clientes. Pioraram até os serviços de limpeza, uma vez que para reduzir custos as agências passaram a ter somente algumas horas de faxina por dia.

 

Como se não bastasse, o Santander terceirizou os prepostos nas homologações junto à maioria dos sindicatos. A medida vem sendo combatida pelas entidades, que enfrentam também as práticas antissindicais do banco para tentar calar os bancários.

 

Não é à toa que o Santander foi o campeão do ranking de reclamações de clientes no Banco Central em 2013. Além disso, cobra altas taxas de juros e tarifas abusivas dos clientes, enquanto gasta milhões de reais com o patrocínio da Copa Libertadores e da Fórmula 1.

 

Ao mesmo tempo, o Santander engordou a remuneração dos altos executivos. Entre 2010 e 2013, o ganho médio anual de um diretor do banco aumentou 67% no Brasil, chegando a R$ 7,915 milhões, o que é um absurdo. Também subiu anualmente entre 2003 e 2013 o retorno total do acionista do banco em todo o mundo.

 

Neste Natal e Ano Novo, os bancários não querem peru, nem panetone e nem lembrancinha do Santander, mas exigem um novo modelo de gestão, com o fim das demissões, rotatividade, corte de empregos, terceirizações, metas abusivas e adoecimento de funcionários. Os bancários reivindicam mais contratações, melhores condições de saúde, segurança e trabalho, igualdade de oportunidades e valorização dos aposentados.

 

Fonte: Contraf-CUT

O balanço do Banco do Brasil divulgado nesta terça-feira 14 apresenta lucro líquido de R$ 3,008 bilhões no segundo trimestre deste ano, declínio de 9,7% na comparação com o mesmo período de 2011, mas um aumento de 20,2% comparado com o primeiro trimestre de 2012. De janeiro a junho, o banco teve lucro líquido ajustado de R$ 5,69 bilhões, queda de 7,5%. A redução foi impactada por aumento nas provisões para perdas com empréstimos, mas os resultados ficaram acima do esperado pelo mercado, segundo avaliação da agência Reuters.

 

Houve ainda redução do montante contabilizado pelo Plano de Benefícios da Previ, que somou R$ 781 milhões no primeiro semestre de 2012, valor 59% inferior ao verificado no primeiro semestre de 2011 (R$ 1,92 bilhões).

 

“Assim como os bancos privados, o Banco do Brasil também usou o truque de reduzir contabilmente o lucro líquido ao elevar desproporcionalmente as provisões para devedores duvidosos mesmo com a estabilização da inadimplência, que no BB está abaixo do sistema financeiro como um todo”, afirma William Mendes, diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do banco.

 

“Isso mostra que o resultado do BB foi muito bom e ele tem todas as condições de atender às reivindicações do funcionalismo na campanha nacional deste ano”, acrescenta William.

 

Inadimplência tem queda

O índice de inadimplência para operações vencidas a mais de 90 dias do Banco do Brasil encerrou junho com leve queda de 0,1 ponto porcentual, passando de 2,2% no primeiro trimestre deste ano para 2,1% ao final de junho, considerando os atrasos acima de 90 dias. A inadimplência representa 3,8% – abaixo dos demais grandes bancos.

 

As provisões para devedores duvidosos (PDD) totalizaram R$ 6,934 bilhões no primeiro semestre deste ano, aumento de 26,58% na comparação com os R$ 5,478 bilhões registrados no mesmo período de 2011. As despesas com PDD aumentaram 20,7% no segundo trimestre deste ano ante o mesmo intervalo do ano passado. A variação, segundo o BB, está em linha com o crescimento da carteira de crédito (classificada) de 19,9% no período.

 

Se desconsideradas as operações do Banco Votorantim, a carteira de crédito classificada do BB cresceu 22% em relação a junho de 2011, porcentual superior ao aumento das respectivas despesas de PDD no período, de 12,6%. Segundo o relatório que acompanha as demonstrações do BB, no segundo trimestre, houve reversão de PDD adicional no montante de R$ 223 milhões, tratada como “item extraordinário”.

 

O BB encerrou junho com ativos totais de R$ 1,1 trilhão. Em 12 meses, os ativos da instituição aumentaram 16,3%.

 

Operações de crédito crescem 20%

Por intermédio da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, o governo está estimulando o sistema financeiro a reduzir suas taxas de juros e o spread bancário. Diante deste novo cenário, as Operações de Crédito do BB cresceram 20,3%, em relação ao primeiro semestre de 2011 e 7,5% em relação ao primeiro trimestre deste ano, atingindo o saldo de R$ 472,8 bilhões.

 

Sobre os indicadores do trabalho, a relação entre a Receita de Prestação de Serviços, somada à Renda de Tarifas Bancárias, sobre as Despesas de Pessoal demonstrou que somente esta receita secundária no banco cobre toda a despesa de pessoal com sobra de 30,25% em junho de 2012 – aumento de 5,36% em comparação ao mesmo período de 2011(foram vendidos pelo banco um total de 388.211 pacotes de serviço “Bom Pra Todos”).

 

Entre o primeiro semestre de 2011 e o de 2012, houve ampliação no quadro de funcionários do banco em 1.083 trabalhadores, que passou de 112.913 trabalhadores em junho de 2011 para 113.996, em junho de 2012.

 

O Patrimônio Líquido do banco, por sua vez, ampliou-se 14,08%, em relação a junho de 2011, e alcançou R$ 62,3 bilhões. Tais resultados apontam para uma Rentabilidade sobre o Patrimônio Liquido Médio, anualizada (ROE), menor em 5 pontos percentuais, de 24,9% para 19,9%. O BB encerrou o semestre com 19,5% de participação de mercado.

 

(Atualizado às 15h00)

Fonte: Contraf-CUT, com Agência Estado, Reuters e Dieese

 

Os profissionais de bancos de investimento são os mais bem remunerados do setor bancário no Brasil. Em muitos casos, graças à agressiva política de pagamento de bônus dessas instituições, os profissionais ganham o mesmo, ou até mais, do que presidentes de grandes empresas. O principal executivo de um “investment bank” – o “manager director”, que equivale a um cargo de presidente chega a ganhar até R$ 2 milhões ao ano em remuneração variável, além de um salário mensal que pode atingir R$ 80 mil. Somados, são quase R$ 3 milhões em um ano.

Os números são da última edição da pesquisa sobre salários de executivos realizada pela Michael Page. Profissionais de bancos de investimento são especializados em operações de fusões e aquisições, emissões de renda fixa e variável e estruturação de grandes operações de crédito.

Segundo o gerente da divisão de “banking” da consultoria, Luis Granato, a política de pagamento de bônus vem sendo rediscutida aqui no Brasil. “Desde o final do ano passado, as instituições financeiras que são nossos clientes começaram a pedir aconselhamento sobre como fazer os pagamentos.

A preocupação em saber o que os concorrentes vêm fazendo está crescendo”, diz. Segundo o especialista, é cada vez mais comum as instituições adotarem aqui o mesmo que seus pares estrangeiros fazem nos Estados Unidos e Europa desde a eclosão da crise financeira internacional, em 2008: o “diferimento” dos bônus.

Isso significa que em vez de pagar os bônus em dinheiro, paga-se em ações – e o executivo só pode vendê-las no mercado em três anos. “Se sair da instituição antes, perde os bônus”, explica Granato. Esta é uma maneira de as instituições desembolsarem menos recursos com esses pagamentos anuais e ainda conseguir reter o executivo. “Muitas vezes eles embolsavam enormes quantias no final do ano e logo depois trocavam de emprego”, diz Granato.

A pesquisa não revela essa mudança na política de pagamento de bônus. “É algo que percebemos no contato constante com nossos clientes, principalmente no final do ano. Quando divulgamos a pesquisa, somos procurados pelos departamentos de recursos humanos para ajudá-los a estabelecer as regras de bonificação e contratação para o ano seguinte”, afirma.

Segundo Granato, os executivos brasileiros de bancos de investimento demoraram a ver seus bônus serem cortados, redimensionados ou renegociados. Por isso, hoje, seus salários “não deixam nada a desejar” aos dos executivos que ocupam funções semelhantes em grandes bancos em Nova York. Mas segundo o especialista, os bancos estrangeiros de primeira linha com filiais aqui, como J.P.Morgan, ainda são os que pagam os maiores salários.

O setor de “banking” na pesquisa da Michael Page inclui bancos de varejo, de investimento, private equity, butiques de fusões e aquisições, gestoras de fundos, bandeiras de cartões, credenciadoras e empresas de meios eletrônicos de pagamento, financeiras, empresas de leasing e consórcios. Em cada uma delas foram mapeados os salários e remunerações variáveis de diversos cargos, desde os de áreas de suporte até os de vendas.

Depois dos bancos de investimento, quem recebe os maiores salários são gestores de fundos, analistas de ações “buy side” e estrategistas que administram mais de R$ 1 bilhão em recursos – além do fixo, os bônus e participações podem chegar a R$ 1 milhão ao ano. Profissionais de corretoras também podem ganhar até R$ 800 mil por ano em remuneração variável, além de salários que chegam a R$ 50 mil por mês.

Mercado de investimento paga os melhores bônus

“As posições mais almejadas e que melhor remuneram os executivos dentro do mercado financeiro estão dentro das instituições que atuam no mercado de investimento (Investment Banking, Wealth Management e Private Equity) porque estes profissionais estão envolvidos em negócios muito grandes e são responsáveis por carteiras de clientes com valores expressivos e de fundamental importância para o banco”, afirma Granato. “Não é raro ver jovens trainees de 20 anos recebendo salários de R$ 11 mil mensais mais luvas de R$ 50 mil por ano”, acrescenta o especialista. Mas essa política de bônus está mudando.

Dentro dessa mesma linha, outra área que está remunerando muito bem seus executivos é a de private equity. A atividade é recentemente nova no Brasil, e está crescendo. “Esses fundos compram empresas fechadas, com faturamento de até R$ 400 milhões ao ano, de estrutura familiar e sem plano de sucessão – como Tok Stok, CVC, Dudalina…

Temos cada vez mais casos como esses no Brasil, o que é música para os ouvidos dos profissionais de private equity”, diz. Segundo Granato, como é raro encontrar profissionais especializados, é também cada vez mais comum ver gerentes de bancos saindo de seus empregos para assumir posições nesses fundos, onde a remuneração é baseada em risco mas pode superar os R$ 800 mil anuais.

Fonte: Brasil Econômico

Logo nos primeiros minutos da primeira negociação específica da Campanha Nacional 2012 nesta segunda-feira (13) com o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), em Brasília, o diretor de relações com funcionários e entidades patrocinadas do Banco do Brasil, Carlos Eduardo Leal Neri, apressou-se em lembrar que a instituição, por ser globalizada, está inserida na crise financeira internacional.

 

A afirmação foi prontamente rebatida pelo coordenador da CEBB e secretário de Formação da Contraf-CUT, William Mendes. “Desde 2009, os bancos brasileiros estão apresentando lucros recordes. Além disso, a inadimplência está caindo e o índice é muito pequeno no BB. Há um truque mágico aí. O que está ocorrendo é que as instituições estão aumentando seus provisionamentos muito acima da realidade, pois a inadimplência é estável e os bancos aumentaram de 30% a 50% suas provisões, diminuindo o resultado”, afirmou o dirigente sindical, ao elencar uma a uma as reivindicações do funcionalismo.

 

Jornada de 6 horas para todos

A primeira reivindicação apresentada para o tema emprego e condições de trabalho foi o cumprimento da jornada legal de 6 horas sem redução de salário, considerada prioridade para os bancários do BB. Ela foi negada novamente pelos representantes do banco. O BB reafirmou que não vai negociar a implantação da jornada de 6 horas para todos os comissionados sem redução de salários.

 

A instituição já havia dito em julho que a jornada de 6 horas é tema de Plano de Comissões e que isto é estratégico e não discute em mesa de negociação. Naquela negociação, o BB havia ressaltado que não debate questões ligadas ao plano de metas, arquitetura organizacional e de remuneração da empresa.

 

“Mais uma vez, o BB mostra uma postura intransigente diante de um assunto considerado essencial para seus trabalhadores. O eixo das reivindicações passa por melhoria no Plano de Carreira, cujo pilar é a jornada de 6 horas para os comissionados, bem como seleção interna para crescimento na carreira e fim dos descomissionamentos. Se o banco fica dizendo que não negocia o essencial na mesa de negociação, ele quer dizer o quê? Que os bancários busquem outras formas de resolver os seus problemas sem ser por negociação coletiva?”, indaga William.

 

Respeito e seriedade nas negociações

Em nome de todos os funcionários do BB, William fez um apelo para que os negociadores do banco analisem com respeito e seriedade a pauta específica de reivindicações entregue à instituição em 1º de agosto. “Com 50 itens, a minuta é o resultado de um amplo e democrático processo e inclusivo de consulta aos bancários e bancarias de todo o país. O texto final foi deliberado no 23º Congresso Nacional dos Funcionários do BB”, acrescentou o dirigente.

 

Os temas debatidos nesta rodada versaram sobre combate ao assédio moral, fim da terceirização e aumento nas dotações das dependências, igualdade de direitos para os funcionários oriundos de bancos incorporados (Cassi e Previ para todos), melhorias nas ausências autorizadas, melhoria no plano odontológico, fim da perda de função e irredutibilidade de salário na volta das licenças-médicas, segurança bancária, volta do pagamento das substituições e ampliação dos direitos dos delegados sindicais.

 

A negociadora do BB, Áurea Faria Martins, ficou de analisar as reivindicações do funcionalismo e trazer as respostas nas próximas rodadas de negociações.

 

Atenção para as mensagens do banco

Como se não bastasse o fato de não ter apresentando nenhuma resposta concreta às reivindicações do funcionalismo, o BB ainda sinalizou que pretende reduzir o número de dirigentes sindicais. “Além de termos uma questão a resolver sobre liberações dos bancários eleitos para mandatos sindicais, porque havia uma regra em 2009 e o banco alterou por conta própria, o banco diz que quer diminuir a organização dos trabalhadores. O banco sabe que deveria liberar mais dirigentes e vem propor redução! Isso me parece provocação”, rebate William.

 

Outra questão que trouxe preocupação para as entidades sindicais é o banco ter questionado a reivindicação de fim da discriminação e isonomia para os bancários oriundos de bancos incorporados em relação à Cassi e à Previ, dizendo que vai apresentar para os bancários dados perguntando se a isonomia é boa para todos mesmo. “É impressão minha ou o banco está dizendo que vai chamar os bancários que já eram do BB a discriminarem os colegas oriundos dos bancos incorporados? Muito estranha esta argumentação por parte do banco”, alerta o dirigente.

 

Rodada segue nesta terça

A rodada de negociação prossegue nesta terça-feira (14) no edifício Sede I, em Brasília. “Esperamos que o BB apresente algo de concreto e avance nas questões debatidas, pois está com a pauta há duas semanas” frisou William Mendes.

 

A CEBB está trabalhando com a metodologia de apresentar todas as reivindicações deliberadas pelo funcionalismo. A estratégia é importante porque as propostas são justas e a expectativa é que a empresa apresente propostas em todos os temas.

 

Na avaliação do Comando Nacional, a crise financeira internacional não atingiu o sistema financeiro brasileiro que continua sendo considerado um dos mais lucrativos e sólidos do mundo. “Onde está a crise enfrentada pelos bancos brasileiros?”, foi o contraponto dos dirigentes.

 

Diante desse frágil argumento utilizado logo na primeira negociação específica com o BB, a Contraf-CUT orienta que os trabalhadores intensifiquem a mobilização e fiquem atentos com as notícias divulgadas por outros meios que não sejam os dos trabalhadores, inclusive em relação ao banco. “O funcionalismo deve acessar os sites da Contraf-CUT e dos sindicatos e federações para se informar, pois o BB mais uma vez nos disse que vai utilizar muita comunicação direta através de suas ferramentas internas”, aponta William.

 

Veja as principais reivindicações específicas do funcionários do BB

 

> Melhorias no Plano de Carreira e Remuneração.
> Negociação do Plano de Comissões.
> PLR sem vinculação com o programa de metas Sinergia.
> Jornada de 6 horas para todos, sem redução do salário.
> Fim das PSO e volta dos caixas e gerentes de serviços para as agências.
> Cassi e Previ para todos, sem redução de direitos.
> Remoção automática para o preenchimento de todas as vagas de escriturário.
> Acabar com o truque da direção do BB de enganar os clientes e a sociedade com o “Bom pra Todos”.
> Delegados sindicais para todas as dependências do banco.
> Fim do voto de Minerva na Previ.
> Assinatura do Protocolo de Prevenção de Conflitos e revisão dos Comitês de Ética.
> Fim dos descomissionamentos e seleção interna para promoção em todos os cargos.

 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Brasíl

Em reunião ocorrida nesta terça-feira (17), em Brasília, o Conselho de Usuários do Saúde Caixa, formado por representantes dos empregados, dos aposentados e da empresa, discutiu diversos assuntos de interesse dos usuários do convênio médico.

Um dos itens da pauta foi a dificuldade do Conselho em obter dados mais atualizados do plano. “Há três anos não sabemos o que acontece. O último relatório atuarial que temos é o de 2010. A Caixa diz que o superávit será de R$ 450 milhões este ano. Sem as informações, não podemos analisar, por exemplo, o que pode ser feito com o recurso. Os dados fornecidos são insipientes”, disse a conselheira eleita Carla Renata Ferreira.

Segundo Carla Renata, a Caixa prometeu apresentar números de 2013 na próxima reunião, em fevereiro. “Vamos passar a bola para os próximos conselheiros sem discutir valores”, afirmou.

Fabiana Uehara, diretora executiva da Contraf-CUT e conselheira suplente, completou dizendo que “a Caixa não definiu nem os cinco conselheiros que deveria indicar. Ou seja, o fórum não tem nada de paritário. Muitas conquistas vieram das reivindicações, mas a Caixa apresenta como benefício”.

Outra tema abordado no encontro foi o Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) da Agência Nacional de Saúde, divulgado no dia 3 de dezembro, que ranqueia as operadoras a partir de indicadores como atenção à saúde, satisfação de beneficiários, entre outros. Segundo o relatório, o Saúde Caixa tem a quarta pior avaliação. A Caixa explicou que o atual sistema não está adaptado ao modelo da ANS. Por isso, para o banco, o resultado final não condiz com a real situação do plano.

Com o objetivo de facilitar o acesso às informações pelos beneficiários, a Caixa informou que criou um aplicativo do Saúde Caixa para smartphones e tablets. A versão para sistema Android já está disponível, e a para IOS deve ser lançada em breve. “O mais importante é ter os dados atualizados. Muitos credenciados não aparecem na lista, e alguns que estão lá não atendem mais. Enquanto houver o contrato com a Datamec, que só acaba em dezembro de 2014, essa atualização vai continuar lenta”, sentenciou Carla Renata.

O Conselho de Usuários do Saúde Caixa também cobrou informações sobre a realização dos check-ups para que o assunto seja debatido de forma mais aprofundada. A empresa detalhou que foram realizados 3.625 entre janeiro e novembro, a um custo de R$ 7,8 milhões. O check-up é considerado um importante instrumento de prevenção à saúde do trabalhador.

Já com relação à inadimplência, outro item da pauta da reunião, a Caixa cobrou os aposentados de maneira mais específica. “Essa inadimplência é de apenas R$ 2,8 milhões. Não é nada frente ao superávit. Além disso, 50% dos aposentados inadimplentes já são falecidos. A Caixa está cobrando sem dar tratamento adequado às informações que tem”, finalizou Fabiana.

Fonte: Fenae

O Santander se negou a suspender a implantação das mudanças unilaterais feitas nos planos de saúde dos funcionários, com exceção da Cabesp, durante apresentação realizada nesta terça-feira (17) para uma comissão de dirigentes sindicais, em São Paulo. As alterações entraram em vigor em novembro e terão impacto sobre cerca de 2.200 aposentados e aproximadamente 3.400 demitidos (que podem ficar até dois anos nos planos após o desligamento) a partir de janeiro de 2014.

 
Conforme os representantes do banco, o modelo anterior (vigente até outubro) previa que aposentados e demitidos pagavam custo médio por pessoa, independente da idade.

 
O novo modelo, implementado sem qualquer negociação com as entidades sindicais, estabelece que aposentados e desligados passam a contribuir, através da implantação da cobrança por faixa etária, com subsídio do banco por cinco anos, assumindo o custo integral em 2018.

 
Os dirigentes sindicais criticaram as mudanças, lembraram que o banco havia assumido compromisso de negociar com o movimento sindical antes das medidas entrarem em vigor e salientaram que a Resolução Normativa 279 da ANS não obriga a cobrança por faixa etária.

 
“Essas mudanças aumentarão, e muito, os custos sobretudo para os atuais e os futuros aposentados e, por isso, certamente inúmeros colegas não terão condições financeiras de arcar com os novos valores e permanecer nos planos, mesmo tendo dedicado anos e anos de trabalho para o crescimento do banco, ficando desprovidos dos benefícios dos planos na velhice, justamente quando a assistência médica é mais necessária para a saúde das pessoas”, afirma o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

 
Apesar da reivindicação feita pelas entidades sindicais na última reunião do Comitê de Relações Trabalhistas (CRT), ocorrida no dia 27 de novembro, os representantes do banco não forneceram cópia dos contratos dos planos nem dos estudos atuariais que embasaram os novos valores.

 
“Diante da negativa do Santander, reiteramos a necessidade de suspender as mudanças e garantir acesso às informações sobre os planos de saúde, pois é inaceitável que o banco altere o atendimento à saúde para reduzir custos e aumentar ainda mais os seus lucros”, conclui Ademir.

 
Também participaram da apresentação sobre os planos de saúde o diretor da Fetec-CUT/SP, Isane Pereira, o diretor da Fetraf RJ-ES, Paulo Garcez, o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Wagner Cabanal, o diretor do Sindicato dos Bancários do ABC, Orlando Pucceti, e o presidente da Afubesp, Camilo Fernandes.

 

Fonte: Contraf-CUT

Três das entidades que participam da Comissão de Negociações com o BB sobre a Cassi, coordenada pela Contraf-CUT, romperam com o procedimento unitário que vinha sendo adotado até então pelos representantes dos trabalhadores e apresentaram proposta que repassa aos associados maior responsabilidade pelo custeio da Cassi. Propõem aumentar em 54% as contribuições dos associados e do BB e abrem espaço para novos aumentos futuros.

A Contraf-CUT é contra esta proposta. Primeiro, porque onera demasiadamente os associados ativos e aposentados. Segundo, parte de premissas no mínimo questionáveis, conforme demonstram os próprios balanços anuais da Cassi. A proposta das três entidades considera que as receitas da Cassi cresceram 8,75% ao ano entre 2007 e 2014, enquanto que as despesas médicas cresceram 12,02% ao ano no mesmo período. Se tomarmos  período mais amplo, de 2004 a 2014, veremos que as receitas da Cassi (excetuando as oriundas do BET) cresceram 129%, para um aumento de 142% nas despesas com atenção à saúde, conforme a tabela abaixo, com valores em R$ milhões. Receitas e despesas cresceram em patamares semelhantes, não justificando um aumento exponencial nas contribuições, conforme propõem as três entidades.

  2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Aumento
Receitas 670 613 712 834 899 997 1.082 1.206 1.309 1.419 1.532 129%
Despesas 713 622 813  796  876 1.038 1.027 1.249 1.459 1.590  1.727 142%

Em terceiro lugar, não há nenhuma garantia de que o BB aumente suas contribuições. Uma proposta de aumento de custeio apresentada por entidades representativas do funcionalismo abre espaço para que o banco mande a conta para os associados. Desde o começo das negociações o BB se nega a aumentar suas contribuições patronais, e a Contraf entende que a proposta pública das entidades enfraquece o posicionamento dos trabalhadores na mesa de negociações.

Por último, um aumento das contribuições de tal monta não garante, por si só, ampliação da rede credenciada e melhoria no atendimento, um problema crônico da Cassi. Todos sabem que há boicote de médicos e especialistas em várias localidades, seja por orientação de cooperativas de médicos, seja porque muitos profissionais usam os planos de saúde para compor sua carteira de clientes e depois abandonam os planos, levando consigo os pacientes para cobrar altos valores pelas consultas. A solução destes problemas é extremamente complexa e não se resolve por um passe de mágica, com simples aumento das contribuições.

A proposta da Contraf

A proposta da Contraf, apresentada ao BB em consenso com as demais entidades que compõem a Comissão de Negociação, envolve, essencialmente:

1. Investimento de R$ 150 milhões por parte do BB para implantar as ações estruturantes e de sustentabilidade apresentadas pelos diretores eleitos da Cassi (melhoria de processos de regulação e racionalização de despesas, implantação de dois projetos-piloto de unidades próprias para implantação da estratégia de saúde da família, dentre outros);

2. Antecipação de contribuições patronais, para equilibrar o fluxo de caixa da entidade. A expectativa é que estas medidas tragam redução de despesas, deixando mais claro, ao final, se haverá mesmo necessidade de aumentar contribuições.

Fonte: Contraf-CUT