Maio 17, 2024
Slider

Caixa Econômica Federal cobra metas abusivas de seus funcionários durante a pandemia

Bancárias e bancários da Caixa Econômica Federal, além dos atendimentos relacionados ao auxílio e do saque emergencial do FGTS, estão sendo cobrados para entregarem mais de 120% das metas de vendas de produtos, alguns deles até com rendimento negativo. 

Na terça-feira (6), a direção da Caixa aumentou em R$ 2 milhões a meta de consignado do INSS em algumas agências. Isso em uma conjuntura de paralisação da economia que mantém mais de 13 milhões de pessoas sem emprego, e quando muitos empregados considerados do grupo de risco por causa do coronavírus estão em home office.

A cobrança acarretará em aumento no atendimento aos aposentados, que necessitam de atendimento presencial, já que a Caixa não disponibiliza de outro tipo de atendimento para este tipo de operação de crédito. Isso fará que estes aposentados, em sua maioria idosos, sejam obrigados a comparecerem às unidades de atendimento. O cenário se agrava, pois ainda estamos em meio a uma pandemia e numa região onde os casos positivos para a Covid-19 aumentam a todo momento.

Para piorar, os bancários denunciam que as regras mudam a todo momento, o que os impossibilita de sequer fazerem um planejamento para o cumprimento de metas. Em um exemplo, sem nenhuma explicação, as metas para o crédito consignado foram desmembradas com a separação entre servidores públicos e aposentados.  

A direção da Caixa implantou, também, um “Programa de Reconhecimento Regional” para “destacar os desempenhos extraordinários” na superintendência de rede. De acordo com as regras, cada unidade irá receber um “álbum de excelência” com o objetivo de completar todas as figurinhas até dezembro. A cada mês serão definidos quatro “selos de excelência” que simbolizarão as metas de vendas de produtos a serem batidas. 

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e a Apcef/SP vão enviar ofício ao vice-presidente de Rede, Paulo Ângelo, e ao presidente da Caixa, Pedro Guimarães, responsáveis por essa “brincadeira” sem graça, questionando as metas e cobrando a priorização da saúde e da vida dos empregados

Fonte: SEEB/SP