Abril 26, 2024
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Encontros nacionais dos bancários dos bancos privados

Do dia 6 de junho até hoje (8 de junho), bancários de bancos privados de todo o país se reuniram em São Paulo e discutiram estratégias de mobilização e lutas para enfrentar questões relacionadas à manutenção do emprego, saúde e condições de trabalho nos bancos, além de temas que envolvem toda a classe trabalhadora, como as propostas de Reforma da Previdência, de Reforma Trabalhista e a Lei da Terceirização.

Nesse cenário a revolução tecnológica está influenciando em muito a condição de vida do trabalhador bancário, aumentando os casos de doenças ocupacionais de cunho psicológico a partir da sistematização dos serviços, sem levar em consideração os recursos humanos das instituições financeiras, com a implantação de novas tecnologias.

"Não podemos desprezar os avanços tecnológicos, mas essa evolução não pode deixar de lado os trabalhadores no que diz respeito à satisfação profissional. Esse desenvolvimento tecnológico não pode deixar de incluir o trabalhador nesse processo", enfatizou Rúbio Barros, diretor do Sindicato e funcionário do Banco Itaú.
O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense foi representado nesse encontro pelos diretores: Rúbio Barros e Silvio Brandão (Itaú), Pedro Batista e Roberto Domingos (Bradesco) e Solange Camilo (Santander).

Para Solange Camilo, do Banco Santander e também diretora do Sindicato, o encontro está sendo de grande valia: “As apresentações estão sendo de suma importância. O balanço do Santander apresentado pelo Dieese foi bastante esclarecedor, onde se destaca o aumento do lucro do banco e, em contrapartida, a diminuição do quadro funcional e aumento do autoatendimento nos canais de Mobile Bank e Internet Bank, contribuindo para a redução dos funcionários”. – declarou.

O encontro realizou três grupos de debates, que discutiram sobre: saúde e segurança no trabalho, empregabilidade e novas tecnologias.

Funcionário do Banco Bradesco e diretor do SindBaixada, Pedro Batista citou o clima instável no funcionalismo devido à compra do HSBC pelo banco o qual faz parte do quadro funcional: "Esse encontro nacional dos bancos privados foi uma grande oportunidade de colocarmos na mesa a defesa do emprego no Bradesco. A compra do HSBC está provocando uma instabilidade muito grande dentro do funcionalismo.
É inadmissível que as estratégias do banco não levem em consideração os milhares de funcionários que dedicaram suas vidas na construção da Instituição".